O Ensino de Sociologia na Educação Básica

1. De acordo com Amaury Cesar Moraes (texto 01) ensino de sociologia na escola sempre foi um tema controverso nas Ciências Sociais no Brasil. E ao refletir sobre o tema, nos apresenta um balanço histórico de como esse tema “o ensino de sociologia na educação básica” tem sido tratado pelos estudiosos dessa ciência. Com base neste autor e em outros que nos foram apresentados durante aulas, disserte sobre como tem sido os debates sobre ensino de sociologia na educação básica brasileira.

Não é de hoje que se debate o ensino de sociologia dentro do ensino básico do país, um debate que sai e volta à cena constantemente, e que divide opiniões. Afinal, é necessário ensinar sociologia para os discentes? Em seu texto, o professor Amaury Moraes aborda como vem ocorrendo esses debates e apresentando as principais questões referentes ao ensino de sociologia nas escolas do país. Para o autor, a intermitência do ensino da disciplina, a fragmentação das pesquisas, as dificuldades na estabilização de conteúdos mínimos e de material didático, são os pontos chaves para não ocorrer de vez a consolidação do ensino de sociologia na educação, e destaca ainda a própria vaidade dos cientistas sociais, que em certa parte, discriminam aqueles que se dedicam a licenciar. A divisão em bacharelado e licenciatura, é um dos pontos muito abordado por Amaury e diversos autores que buscam compreender a instabilidade da sociologia nas escolas, pois nasce logo o debate se de fato um licenciado pode ser um pesquisador, desencadeando assim um desentendimento na própria área. Em 1954 surgia um dos primeiros debates acerca do ensino de sociologia na educação básica, e já naquele momento se pensava na reformulação das ciências humanas para as escolas. Diversas reformas foram iniciadas, algumas nem chegaram a serem postas em prática, e nelas ou a sociologia ficava como optativa, ou era retirada de vez da grade, como ocorreu na reforma Capamema. Em seus debates o que sempre se levava, era a necessidade e importância da disciplina.

1.  Tomando por base as reflexões propostas Ileize Silva (texto 2 e 3), comente os principais desafios institucionais para a consolidação do ensino de sociologia no ensino médio e como alguns estados tem enfrentado tal situação.

                    . O processo de institucionalização do ensino de sociologia nas escolas brasileiras, depende dos contextos histórico-culturais, das relações sociais, e demais fatores que influenciam na relação da sociologia com o sistema de ensino. Desta forma, Silva coloca o ensino de sociologia como parte de sistemas simbólicos da sociedade moderna. Toda base curricular, é influenciada diretamente pelas as alterações de poder que ocorre dentro do Estado, afinal, trata-se também de uma disputa ideológica, que infelizmente atinge diretamente o campo acadêmico, intensificando ainda mais o ciclo de: tira sociologia, coloca sociologia obrigatória, coloca sociologia optativa. Por mais que sejam discutidas no âmbito acadêmico, quem acaba por decidir são os órgãos governamentais. Dessa maneira é que se observa também os discursos pedagógicos, que é formulado nessa comunicação academia e governo, e disseminado e articulado pela sociologia, que é contextualizado e recontextualizado, até chegar ao ponto que todas as partes envolvidas no processo, tenham um “acordo”. Ao se debater a importância e o modelo de currículos da sociologia dentro das escolas, nos deparamos com quatro modelos: currículo clássico-científico, regionalizado tecnicista, regionalizado competências e científico. E claro, que cada modelo se encaixa de acordo com o momento histórico-político do país. Com todo esse impasse, são realizados por meio de diversas instancias diálogos para buscar suprir esses desafios institucionais que o ensino de sociologia sofre. Alguns Estados fazem suas articulações para superar essa situação, como no Paraná, que a própria UEL, desenvolveu laboratórios, para propagar a pesquisa e o ensino de sociologia.

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