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RESENHA TRAGÉDIA E A FARSA

Por:   •  19/8/2018  •  Resenha  •  823 Palavras (4 Páginas)  •  113 Visualizações

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RESENHA

SINGER, André. et al. da tragédia à farsa: o golpe de 2016 no Brasil. In.___. Por que gritamos golpe? : para entender o impeachment e a crise. São Paulo: Boitempo, 2016.

Neilson Nery Silva*

Michael Löwy nasceu na cidade de São Paulo em 1938, é filho de imigrantes judeus de Viena, licenciado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo no ano de 1960 e doutorou-se na Sorbonne, em 1964. Atualmente vive em Paris desde o ano de 1969, e trabalha como diretor de pesquisas no CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique) dirigiu um seminário na École des Hautes Études en Sciences Sociales. Considerado um dos maiores pesquisadores das obras Marxistas, Leon Trotski, Rosa Luxemburgo, György Lukács, Lucien Goldmann e Walter Benjamin, é uma referência teórica para militantes revolucionários de toda a América Latina. Foi homenageado, em 1994, com a medalha de prata do CNRS em Ciências Sociais. Michael Löwy é muito conhecido como historiador das idéias da esquerda, e praticamente desconhecido como militante do Surrealismo.

O autor se baseia em elementos trazidos do livro em uma reconstrução do denominador comum, e a partir dele, analisa não sua força enquanto narrativa convincente. A narrativa da questão do golpe traz a tona o temor da palavra, e traz a defesa de uma tese que defende o seu sentimento em relação ao acontecimento, ele deixa claro que a questão da narrativa de o golpe é uma narrativa que aponta o medo.

Michael sugere que o medo então se torna uma estratégia, que em nada surte efeito em relação à transformação de uma sociedade, e que apenas mantém um status de grupo. Deste modo a transformação vem da motivação da narrativa de esperança, que é capaz de apresentar ao individuo de uma sociedade o melhor horizonte possível. Cita alguns mestres da contemporaneidade, nas questões de esperança e luta social, tais como Martim Luther King, Gandhig e Nelson Mandela.

Trata do medo como não tendo o mesmo efeito, na verdade se torna um acontecimento que

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*Graduando da UFRB- Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, no curso BIS - Bacharelado Interdisciplinar de Saúde, do CCS- Centro de Ciências da Saúde - SAJ-BA

paralisa e é conservador, Lembra as conquistas da Revolução de 1917 fez a população soviética que fez suportar os desmandos do stalinismo, e o medo de suas perdas, fala também sobre o medo do comunismo, que fez o ocidente tolerar ditaduras militares cruéis. Daí a idéia de uma narrativa do golpe ser de medo, e que não se diferencia destas.

Temos segundo o autor então a repetição histórica do que foi exaustivamente debatido no processo de destituição, e que de qualquer maneira existe a comparação com o ano 1964 e os golpes que ocorreram na América latina, e que apesar de ser um acontecimento atual, não acrescenta novidades, mas o que vai estimular o debate, do não merecimento do processo de Dilma, mas também saber que ela fez o que fosse possível, pois caiu ou deixou as brechas da legalidade do processo, e então por justamente ter começado o calote, o que acabou gerando o descrédito no governo, fazendo com que adotasse os projetos de seus algozes, coisa contra o qual o Partido dos Trabalhadores e seus eleitores lutaram por muito tempo.

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