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Resenha - Por uma outra globalização

Por:   •  29/7/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.861 Palavras (8 Páginas)  •  390 Visualizações

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No livro “Por uma outra globalizaçao”, o autor Milton Santos trata de dois tipos de globalizaçao e propoe uma terceira que seria a ideal, que seria mais humana e para os humanos, isto e, prevaleceria o bem comum e não apenas o bem da minoria de empresários.

A primeira globalização que o autor trata e a globalização como fabula, essa globalização e divulgada pela mídia a todo o tempo e as pessoas a assimilam sem um senso critico, pois os meios para se aderirem não estão disponíveis a estes e, por isso Bordieu diz que a “opinião publica não existe”. O principal mito propagado por esta fabula e o mito da aldeia global, pois muitas pessoas encontram dificuldades ate para se alimentar e não e diferente com a aquisiçao das novas tecnologias, outro característica importante e que as verdadeiras tribos tem mais contos com os vizinhos do que com os que se encontram longe. Outro mito e o mito do encurtamento das distancias, pois nem todas as pessoas têm condições de viajar, mas podem se sentir atraída porque a publicidade funciona a todo momento e isso muitas vezes leva a um endividamento das classes baixa.

A globalização perversa e a que se impõe a maior parte da humanidade, pois a pobreza so aumenta, o desemprego também esta crescente, as pessoas desempregadas se encontram no famoso “exercito reserva” explicitado por Max Weber em seu livro “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, isto e, o desemprego e estrutural. Vale ressaltar também que “a educação de qualidade e cada vez mais inacessível” (p. 20), todas essas mazelas estão diretamente ou indiretamente ligados ao processo de globalização.

Milton Santos, em nenhum momento esta contra a globalização, ele esta contra a globalização perversa que com a competitividade destrói a solidariedade, por isso ele propõe uma outra globalização que tem como um fator positivo à mistura de povos em um aglomerado cada vez menor levando a um dinamismo.

“A globalização e, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista” (p. 23), a historia da globalização e feita através da unicidade do estado de técnicas e do estado da política que, tem como motor único o processo de mais-valia globalizada, “Kant dizia que a historia e um progresso sem fim” (p. 24). Na historia das técnicas não existe uma técnica que não se use, mas quando surge uma nova a antiga e usada apenas em paises não hegemônicos, mas esse técnica e uma técnica invasora e por isso busca novos territórios. O computador na globalização atual e a peça principal que faz a mais-valia globalizada funcionar movendo a finança universal, quando a esse sistema não se pode falar em “produto nacional bruto”.

Nos paises que se ocidentalizam, ou seja, se globalizam, passam a viver os mesmos momentos que os outros que já fazem parte desse cruel e desumano sistema. Isso leva a uma informação instantânea e globalizada, mas não pode ser generalizada, pois as empresas de informação estão a serviço dos grandes empresários burgueses, esse tempo real que leva a globalizaçao aqui e vista “como um patrimônio coletivo da humanidade. Mas ainda estamos longe desse ideal, todavia alcançável” (p. 28). .Vivemos em um período de crise atualmente, isto e, crises sucessivas que fazem parte da estrutura perversa de globalização, mas os responsáveis por esta so desejam afastar a crise financeira e assim aprofundando as demais crises, como por exemplo, a crise social, política, moral e econômica. A globalização se instala em toda parte, influenciando direta ou indiretamente a vida da população local com suas características. “Daí a denominação globalização” (p.34), essa globalização carrega como pilares a tirania do dinheiro e da informação, pois o dinheiro em seu estado puro leva a uma divisão em classes sociais e a informaçao que e transmitida “a maioria da humanidade e, de fato, uma informação manipulada que, em lugar de esclarecer, confunde”(p. 39), essa informação se apresenta como ideologia e busca a convencer as pessoas, pois “a cidadania nesse pais nunca houve” (documentário: Por uma outra globalização), por isso não e utilizado o termo cidadão, mas vivemos em um tempo que a mudança e possível, principalmente porque nos encontramos em um pais sub-desenvolvido e a mudança acontece através desses paises e não do centro do sistema, isto quer dizer que e ingenuidade esperar por mudanças através da tríade (Estados Unidos, Japão e Europa), em suma o que Milton Santos quer dizer e que o homem deixou de ser o centro do mundo e passou a ser o dinheiro, mas os paises subdesenvolvidos podem mudar essa situação.

Nessa globalização atual se tem como um fato importante que as empresas transnacionais estão sufocando as empresas dos paises menos desenvolvidos e, por isso seria necessária uma intervenção estatal através de proibições e taxas alfandegárias mais elevadas, isto e, aderindo a um sistema nacionalista através do protecionismo e sufocando o neoliberalismo, pois o sistema neoliberal “através do desmaio do estado” esta beneficiando cada dia mais poucas empresas e a desigualdade entre os indivíduos estão aumentando. A finança esta movendo “a economia e a deforma, levando seus tentáculos a todos os aspectos da vida. Por isso, e licito falar de tirania do dinheiro” (p.44) e de globalitarismo.

A competitividade eliminou a velha concorrência e suas normas, agora se vive em uma guerra de “todos contra todos” que eliminou também a compaixão e a solidariedade. “Para tudo isso, também contribuiu a perda de influencia da filosofia na formulação das ciências sociais” (p. 47). Atualmente as empresas estão produzindo consumidores antes mesmo de produtos, através da combinação: “publicidade + materialidade ; publicidade + serviços” (...) mas esse consumismo e competitividade levam ao emagrecimento moral e intectual da pessoa, a redução da personalidade e da visão do mundo (p. 49). Outra característica fundamental da sociedade brasileira e que “as classes medias, jamais quiseram ser cidadãos; os pobres jamais puderam ser cidadãos” (p. 50) e quando seus privilégios foram sendo perdidos a classe media desacreditou da política e se afastou, movimento esse difícil de se entender, pois era de se imaginar que aconteceria o oposto disso, com isso pode se concluir que a classe media “ mais apegada ao consumo que a cidadania” (p. 136).

Milton Santos também trata de forma brilhante o capitalismo quando o compara com o imperialismo, pois no imperialismo havia uma subordinação do mercado a política e no capitalismo acontece ao contrario, ou seja, a política esta subordinada ao mercado. No capitalismo atual a ciência se afasta da busca da “verdade” e passa a legitimar ações ideológicas, isto se encaixa

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