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Resenha do capítulo Consumo versos Consumismo

Por:   •  10/6/2018  •  Resenha  •  410 Palavras (2 Páginas)  •  654 Visualizações

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Sociologia

Resenha do capítulo Consumo versos Consumismo.

No capítulo Consumismo versus Consumo, do livro Vida para o Consumo, Bauman retrata a ascensão do consumismo e, consequentemente, da sociedade consumista. Analisa que enquanto o consumo constitui uma característica e ocupação de todos os seres humanos enquanto indivíduos, o consumismo, alerta o estudioso, é um atributo da sociedade.

Em primeiro lugar, o autor conceitua consumo, dizendo que este é uma atividade rotineira, cotidiana e até mesmo banal, mas que de certa forma é o nosso elemento de sobrevivência biológica. O nosso consumir é uma versão ligeiramente modificada das modalidades anteriores, por isso que há uma certa continuidade do nosso modo de consumir até que houve uma passagem desse consumo para o consumismo o qual Bauman vai chamar de Revolução Consumista. Em um determinado momento da história houve uma revolução consumista onde o próprio ato de consumir se tornou o propósito da existência.

O sociólogo vai dizer que na fase sólida da modernidade existia uma sociedade de produtores, e nessa sociedade o papel-chave era dado ao trabalho. Essa sociedade era, também, orientada pela segurança, pela solidez, longo prazo, por um futuro seguro, permanência, resumindo, por uma estabilidade. Já com a revolução consumista, quando o consumismo entra em pauta, o papel chave não é mais dado ao trabalho, mas sim aos desejos, às vontades e aos anseios das pessoas. Com isso, o conceito de felicidade é modificado também, pois o que era ligado a uma segurança, uma estabilidade, agora é uma intensidade dos desejos sempre crescentes. Não é você suprir o desejo, mas ter desejos cada vez mais intensos e cada vez em quantidades maiores. É isto que define a etapa consumista na fase da sociedade líquido – moderna.

Bauman comenta que nessa transcrição de desejos, a estabilidade deles e a insaciabilidade de necessidades vão fomentar uma cultura do agora, pois os desejos não são em longo prazo, eles têm que ser cumpridos e realizados o mais rápido possível e, assim que o indivíduo realiza os desejos, ele já tem mais dois outros novos. O autor diz que nessa sociedade “agorista”, nesse tempo fragmentado, o impulso de consumir já está ligado ao descartar. Ele comenta que essa sociedade consumista vai prosperar enquanto ela conseguir tornar perpétua a não satisfação. Esclarece ainda que existe uma economia do engano e que ela não estimula a razão, mas sim a irracionalidade dos consumidores.

BAUMAM, Zygmunt. Vida para o consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Zahar, 2008, p.37-69.

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