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Teorias Psico-Cognitivas

Por:   •  29/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.184 Palavras (5 Páginas)  •  2.552 Visualizações

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Teorias Psico-cognitivas

Pertencendo ao conjunto de teorias geralmente apelidadas de construtivistas, as teorias psicocognitivas defendem que “aprender é construir um conhecimento”. Abordando as dimensões psico-cognitivas da aprendizagem, esta corrente de investigações tem a sua origem em Jean Piaget e Gaston Bachelard.

Jean Piaget

Na perspectiva de Piaget, o desenvolvimento intelectual inicia-se com o nascimento e termina com a idade adulta. Explica ainda que o desenvolvimento intelectual é uma construção contínua que se vai formando mais sólida a medida que o tempo passa.

Piaget é um construtivista e interaccionista, pois, defende uma oposição que não é inatista (o património genético é determinante) nem empirista (tudo vem do meio), dado ao sujeito um papel activo na construção do seu conhecimento e do próprio desenvolvimento.

A inteligência é vista como uma adaptação do indivíduo, e das suas estruturas cognitivas ao meio. Esta adaptação é orientada pela equilibração entre as acções do organismo sobre o meio e do meio sobre o organismo.

Gaston Bachelard

Surge com as primeiras reflexões sobre a cultura preliminar do educando e sobre os obstáculos epistemológicos da aprendizagem. Para ter as capacidades de leitura, uma pessoa constrói o seu próprio conhecimento através do exame crítico dos seus conhecimentos actuais e das experiencias.

Partindo da ideia segundo a qual os indivíduos possuem concepções preliminares que podem manifestar-se como obstáculos a aprendizagem Bachelard afirma que estas desempenham um papel intermediário entre o conhecimento e as estruturas do pensamento do indivíduo. Encontramos duas tendências sobre o tratamento destas concepções preliminares.

1 – Os que acreditam na expressão das concepções preliminares;

2 – Dos que acreditam no combate cerrado a estas concepções.

Teorias Sócio-cognitivas

Abordam as condições culturais e sociais da aprendizagem e fundamentam-se em dois aspectos

1 – A constatação de pedagogos sobre a necessidade de ter em consideração as condições culturais e sociais do processo de aprendizagem;

2 – As influências de outras áreas do conhecimento como a antropologia e a psicologia social na fundamentação do quadro teórico.

Assim, as noções de cultura e contexto assumem um lugar de destaque nas reflexões sobre a educação, como também sobre o papel dos pares.

As teorias sócio-cognitivas se distinguem das teorias sociais porque elas não propõem uma mudança social mas sim limitam-se a levar em consideração factores socioculturais que afectam a aprendizagem no meio escolar. As teorias sociais também se preocupam com a influência do meio sociocultural mas interessam-se pelos problemas da sociedade.

São cinco abordagens sócio-cognitivas a saber

Teoria de aprendizagem social

Teoria do conflito sócio-cognitivo desenvolvida por vários investigadores da França

Teoria sócio-histórica

Teoria de aprendizagem contextualizada

Teorias cooperativas do ensino e aprendizagem

Teoria de Aprendizagem social

O mestre desta importante teoria é Albert Bandura, considerado pioneiro da reflexão sobre a aprendizagem social caracterizada pelos seguintes princípios:

A influência mútua – assenta sobre a noção de influência mútua dos factores socioculturais, pessoais e comportamentais na aprendizagem;

A aprendizagem indirecta – aprender observando os outros;

A percepção da sua eficácia – consiste na capacidade que a pessoa tem da sua capacidade de ter êxitos e da sua eficácia nas suas intervenções;

Auto-regulação – O ser humano tem a capacidade de se auto-regular, não estando a mercê do seu meio ou dos seus instintos. Pode agir em função das suas necessidades;

A modelação (aprendizagem acontece por imitação).

Teoria do conflito sóciocognitivo

Uma corrente francófona da investigação sobre a educação, situa-se numa perspectiva construtivista e deteve-se na noção do conflito sócio-cognitivo, regendo-se pelos seguintes princípios:

1o A construção dos conhecimentos é necessariamente social e assenta no conjunto de itinerários entre as pessoas.

2o O conflito sócio-cognitivo, está na origem da aprendizagem ou seja: é necessário que haja conflito para se aprender.

Teoria sócio-Histórica de Vygotsky

Vygotsky propõe o conceito de zona de desenvolvimento proximal (ZDP) para descrever as funções em maturação na criança.

Define-a entre a distância entre dois níveis:

O desenvolvimento actual, avaliado pela capacidade que a criança tem de resolver problemas sozinha e o desenvolvimento proximal, avaliado pela capacidade que a criança tem de resolver um problema com a ajuda de alguém.

Vygotsy, opõem-se àqueles que acreditam que o conhecimento precede a aprendizagem e também àqueles que pretendem que aprendizagem se confunde com o crescimento. Pare ele, cada sujeito, aprenderá um comportamento muito específico e determinado pelo contexto da sua aprendizagem.

Teorias cooperativas do ensino e aprendizagem

Surgem como reacção de alguns docentes alérgicos ao conservadorismo pedagógico e em particular a passividade do estudante. Como solução para estes problemas os teóricos desta abordagem viraram-se para as teorias de trabalho

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