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A Cultura da Convergência

Por:   •  25/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  954 Palavras (4 Páginas)  •  374 Visualizações

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TEMA: A convergência além de impactar as mídias, altera a relação entre produtores e consumidores de conteúdo.

IDEIA CENTRAL: “ajudar pessoas comuns a entender como a convergência vem impactando as mídias que elas consomem, e ao mesmo tempo, ajudar líderes da indústria e legisladores a entender a perspectiva do consumidor a respeito dessas transformações.” 

  1. A cultura da convergência caracteriza onde as velhas e as novas mídias colidem, onde mídia corporativa e mídia alternativa se cruzam, onde o poder do produtor de mídia e o poder do consumidor interagem de maneiras imprevisíveis. Com isso, surgem três conceitos: convergência dos meios de comunicação, cultura participativa e inteligência coletiva.

  1. A convergência seria o fluxo de conteúdos através de múltiplas plataformas de mídias, à cooperação dos públicos pelos meios de comunicação, que vão a quase qualquer parte em busca de experiências de entretenimento que desejam. Envolve transformações tecnológicas, mercadológicas, culturais e sociais.
  2.  Já a cultura participativa se refere ao contraste com noções mais antigas sobre a passividade dos espectadores dos meios de comunicação. Assim, considera-se participantes interagindo de acordo com um novo conjunto de regras, que nenhum de nós entende por completo. Ou seja, nem todos os participantes são criados iguais e o consumo tornou-se um processo coletivo.
  3. E por fim, a inteligência coletiva que trata da expressão de Pierre Lévy:  Nenhum de nós pode saber tudo, cada um de nós sabe alguma coisa; e podemos juntar as peças, se associarmos nossos recursos e unirmos nossas habilidades. Então, pode ser vista como uma fonte alternativa de poder midiático.
  4. Com isso, a cultura da convergência abrange, portanto, diversos aspectos da cultura geral da sociedade atual, desde as características de interação, comunicação e informação até os aspectos mercadoló- gicos e criativos. Entretanto, todos esses aspectos somente são possíveis através do desenvolvimento tecnológico e quando distribuídos nas mídias.
  1. É importante que a primeira convergência notada pela sociedade em geral pode ser considerada a da evolução de possibilidades dos aparelhos tecnológicos em realizar diferentes funções. Assim, o  primeiro aparelho a deixar clara essa questão foi o celular, que, de acordo o exemplo de Jenkins (2006), já não existe mais no mercado segundo unicamente a sua função inicial de telefone móvel.

2.1 Percebe-se, então, que nos últimos anos, os celulares se tornaram cada vez mais fundamentais nas estratégias de entretenimento, aparelho o qual seria suficiente para realizar todas as funções de comunicação, imagem e som (e até mesmo, talvez, atender outros sentidos). Desse modo, Jenkins chama atenção para o fato de cada vez termos mais aparelhos com as mais diversas finalidades e, alguns deles, até mesmo capazes de realizar as mesmas funções.

2.2 Conclui-se, então, que não existe mais aparelho celular com função única (fazer/receber chamadas). Ninguém quer. Essa é uma poderosa demonstração de como os celulares se tornaram fundamentais no processo de convergência das mídias. Com isso, os mercados midiáticos estão passando por mais uma mudança de paradigma. Acontece de tempos em tempos. Nos anos 1990, a retórica da revolução digital continha uma suposição implícita, e às vezes explícita, de que os novos meios de comunicação eliminariam os antigos, que a Internet substituiria a radiodifusão e que tudo isso permitiria aos consumidores acessar mais facilmente o conteúdo que mais lhes interessasse.

O Profeta da Convergência

No entanto, professores de história dizem-nos que os velhos meios de comunicação nunca morrem – nem desaparecem, necessariamente. O que morre são apenas as ferramentas que usamos para acessar seu conteúdo – a fita cassete, a Betacam. São o que estudiosos dos meios de comunicação chamam de tecnologias de distribuição (delivery technologies).

É por isso que a convergência parece mais plausível como uma forma de entender os últimos dez anos de transformações dos meios de comunicação do que o velho paradigma da revolução digital. Os velhos meios de comunicação não estão sendo substituídos. Mais propriamente, suas funções e status estão sendo transformados pela introdução de novas tecnologias.

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