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Escola de Frankfurt

Por:   •  9/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.365 Palavras (6 Páginas)  •  347 Visualizações

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continuação de Adorno

- próximo ao marxismo, rejeita todas as suas formas dogmáticas. Contrário à sociologia de tipo humanista, já que os problemas não são os da consciência ou do inconsciente, porém referentes "à relação ativa entre o homem e a natureza...". Adorno criticou a sociologia de tipo empirista(positivista), pois ela seria incapaz de captar a peculiaridade típica dos fatos humanos e sociais em relação aos fatos naturais.

- perdeu-se a confiança na razão objetiva, pois o que importa não é a veracidade das teorias, e sim sua funcionalidade em vista de fins sobre os quais a razão perdeu todo direito.

- a razão é pura razão instrumental, é inteiramente incapaz de fundamentar ou propor em discussão objetivos ou finalidades com que os homens orientem suas próprias vidas. É instrumental porque só pode identificar, construir e aperfeiçoar os instrumentos ou meios adequados para alcançar fins estabelecidos e controlados pelo "sistema".

- ós vivemos em uma soecidade totalmente administrada, na qual a "condenação natural dos homens é hoje inseparável do progresso social". O aumento da produtividade econômica, por um lado, gera condições para um mundo mais justo, por outro propicia ao instrumental técnico e aos grupos sociais que dele dispõem imensa superioridade sobre o resto da população. O indivíduo é reduzido a zero. No Estado injusto, a impotência e a dirigibilidade da massa crescem com a quantidade de bens que lhe são fornecidos.

 • a indústria cultural > para alcançar sua funcionalidade, o "sistema" pôs em funcionamento uma poderosa máquina: indústria cultural.

- é constituída essencialmente pela mídia e é com ela que o poder impõe valores e modelos de comportamentos, cria necessidades e estabelece a linguagem. Essas coisas devem ser uniformes porque devem alcançar a todos. Não estimulam a criatividade, bloqueiam-na, porque habituam a receber passivamente as mensagens.

- divertimento não é mais lugar da recreação, da liberdade, da genealidade, da verdadeira alegria. É a indústria cultural que fixa o divertimento e seus horários. A indústria cultural não vincula propriamente uma ideologia: ela é a própria ideologia da aceitação dos fins estabelecidos por "outros", isto é, pelo sistema.

• Max Horkheimer > o eclipse da razão.

- para ele, o facismo está dentro das leis do capitalismo por trás da "pura lei econômica" - que é a lei do mercado e do lucro -, está a "pura lei do poder". O comunismo, que é capitalismo de Estado, constitui uma variante do Estado totalitário. O lucro por um lado e o controle do plano por outro geraram repressão sempre maior.

- a razão instrumental: a vontade de dominar a natureza, de compreender suas leis para submetê-la, exigiu a instauração de uma organização burocrática e impessoal, que, em nome do triunfo da razão sobre a natureza, chegou a reduzir o homem a simples instrumento. A mente do homem acompanha um processo de desumanização, de tal modo que o progresso ameaça destruir precisamente o objetivo que deveria realizar: a ideia do homem. E a ideia do homem, sua humanidade, sua emancipação, seu poder de crítica e de criatividade acham-se ameaçados porque o desenvolvimento do "sistema" da civilização industrial substituiu os fins pelos meios e transformou a razão em instrumento para atingir fins, dos quais a razão não sabe mais nada. A razão não nos dá mais verdade objetivas e universais às quais possamos nos agarrar, mas somente instrumentos para objetivos já estabelecidos. Quem decide sobre o bem ou o mal é agora o sistema, ou seja o poder.

- "a natureza é concebida hoje, mais do que nunca, como simples instrumento do homem: é o objeto de exploração total, à qual a razão não atribui nenhum objetivo, e que portanto, não conhece limites".

- marxista por ser contrário ao nacional-socialismo, desde o início nutriu dúvidas sobre o fato de "se a solidariedade do proletariado pregada por Marx era verdadeiramente o caminho para chegar a uma sociedade justa".

• Herbert Marcuse > a grande recusa

- a teoria freudiana de que a civilização baseia-se na repressão permanente dos instintos humanos. Na opinião de Freud, a história do homem é a história de sua repressão. A cultura ou civilização impõe constrições sociais e biológicas ao indivíduo, mas essas constrições são a condição preliminar do progresso. A civilização começa quando se renuncia eficazmente ao objetivo primário: a satisfação integral das necessidades.

satisfação > satisfação

imediata > adiada

prazer > limitação do prazer

alegria (jogo) > fadiga (trabalho)

receptividade > produtividade

ausência de repressão > segurança

- Marcuse diz que Freud descreveu essa mudança como a transformação do princípio do prazer em princípio de realidade. Para Freud, a modificação repressiva dos instintos é consequência da "eterna luta primordial pela existência que continua até nossos dias". Sem a modificação, ou melhor, o desvio dos instintos, não se vence a luta pela existência e não seria possível nenhuma sociedade humana duradoura. Entretanto, Marcuse diz que Freud considera eterna a luta pela existência, acreditando, num antagonismo eterno "entre o princípio do prazer e o princípio da realidade". Para Marcuse esse contraste não é metafísico ou eterno, devido a certa misteriosa natureza humana considerada em termos essencialistas.

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