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Resenha crítica do texto Hipóteses contemporâneas de pesquisa em Comunicação

Por:   •  20/10/2017  •  Resenha  •  615 Palavras (3 Páginas)  •  1.004 Visualizações

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Resenha crítica do texto “Hipóteses contemporâneas de pesquisa em Comunicação”.

A ciência da comunicação abrange diversas teorias que tem como estudo o reflexo dos meios de comunicação de massa ao comportamento humano. Além dessas teorias, foram desenvolvidas hipóteses que explicam de variadas óticas estes reflexos e expandiram novos caminhos para analisar este fenômeno. O que difere a teoria da hipótese é justamente o fato de que as teorias são paradigmas fechados e irrefutáveis, ao contrário das hipóteses que podem ser complementadas ou contestadas de acordo com experiências. HOHLFELDT as diferencia da seguinte maneira:

Uma teoria [...] é um paradigma fechado, um modo acabado e, neste sentido, infenso a complementações ou conjugações, pela qual traduzimos uma determinada realidade segundo um certo modelo. Uma hipótese, ao contrário, é um sistema aberto, sempre inacabado, adverso ao conceito de erro característico de uma teoria. [...] uma hipótese é sempre uma experiência, um caminho a ser comprovado e que, se eventualmente não der certo, naquela situação específica, não invalida necessariamente a perspectiva teórica. (2001, p.189, grifo do autor)

Dentre as hipóteses existentes, o texto expõem a Hipótese do Agenda Setting, formulada por Maxwell McCombs e Donald Shaw, na década de 1970. Trata-se, sucintamente, de um agendamento entre a mídia e o receptor, onde há uma seleção do que é relevante para ser comentado e discutido diariamente entre os indivíduos. Para que haja essa hierarquização, é necessário que o receptor possua uma bagagem de informações não processadas que se acumulam no processo de entropia, gerando o que McCombs classifica como efeito enciclopédia.

O texto contextualiza a Agenda Setting no cenário político brasileiro, aplicando-a aos casos de Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e à relação da mídia com o episódio Diretas Já. Sobretudo, é apresentado o estudo pioneiro da hipótese, realizado por Maxwell McCombs e Donald Shaw, no qual 2 campanhas eleitorais para a presidência dos Estados Unidos foram acompanhadas, em um primeiro momento apenas estudada através da análise de conteúdos da mídia massiva, e, em um segundo momento, foi realizada uma pesquisa com cerca de 230 eleitores, que resultou em pontos que fundamentam a hipótese.  Segundo HOHLFELDT, à partir dos resultados da pesquisa, foi o possível comprovar que: os meios de comunicação influenciam a agenda dos indivíduos, porém o inverso também acontece de forma equiparada; não há agendamento se o indivíduo não classifica o tema como relevante; quanto mais as eleições se aproximam, maior é o interesse do público para obter informações sobre os candidatos; existem líderes de opiniões que servem como intermediadores entre as mídias e o receptor, podendo assim influenciar nas agendas pessoais. E, por fim, o autor pressupõem 10 conceitos básicos sobre a Hipótese que complementam o que havia foi supracitado.

A Hipótese do Agenda Setting está presente comumente nos veículos de comunicação de massa e é facilmente identificada. Com a implantação da era digital, a relação entre mídia e receptor se tornou ainda mais refém do agendamento, fazendo com que haja uma dependência mútua, de certo modo, pois as informações agora não são de domínio exclusivo da mídia hegemônica, sendo assim, qualquer individuo com acesso à internet pode se informar e informar milhares de outros indivíduos conectados à rede (desde que haja credibilidade na informação), podendo um assunto que surgiu dentro da rede, agendar facilmente os grandes veículos de massa, e vice-versa. A internet facilita o surgimento de novos líderes de opinião, que mediam esse vínculo entre a mídia e o receptor através de laços emocionais criados pelos seus seguidores. Sendo assim, o agendamento é uma hipótese que está em constante estado de renovação, se adequando ao surgimento de novos meios de hegemonia da mídia, mas sempre causando os mesmos impactos, independente da forma em que é utilizada.

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