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É POSSÍVEL QUE HAJA CULTURA FORA DA MIDIATIZAÇÃO

Por:   •  13/12/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.055 Palavras (5 Páginas)  •  181 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS – UNIDADE DIVINOPOLIS

COMUNICAÇÃO SOCIAL – PUBLICIDADE E PROPAGANDA

ANDRÉ TORQUATRO DA CUNHA

É POSSÍVEL QUE HAJA CULTURA FORA DA MIDIATIZAÇÃO?

DIVINÓPOLIS

2020

ANDRÉ TORQUATRO DA CUNHA

É POSSÍVEL QUE HAJA CULTURA FORA DA MIDIATIZAÇÃO?

Atividade apresentada à disciplina de Comunicação e Cultura do curso de Comunicação Social-Publicidade e Propaganda da Universidade do Estado de Minas Gerais, como requisito a obtenção de pontuação.

Prof. Gilson Soares Raslan Filho.

DIVINÓPOLIS

2019

Abordando o termo midiatização como aspecto chave para buscar responder à questão sobre “se é possível que haja cultura fora da midiatização?”, se faz necessário conceituar o termo midiatização em nossa condição contemporânea, "A midiatização se refere a um processo […] segundo o qual as instituições sociais e culturais e os modos de interação são alterados como consequência do crescimento e da influência dos meios de comunicação.” (HJARVARD, 2008, p.66), portanto, a midiatização é um processo fluído “Por sua própria definição, está sempre vinculada ao momento e ao contexto cultural” (KROTZ, 2007, p.39).

Em vista disso, a nossa condição contemporânea é de estar inundados pela mídia, sendo uma consequência do impacto da revolução da comunicação. “O que é midiatizado não é o que sai na imprensa diária, na televisão ou no rádio: é o que é reinterpretado pela forma do signo, articulado em modelos e administrado pelo código” (Baudrillard, 1994, p.175). Como dito pelo sociólogo Jean Baudrillard, a sociedade passa a experienciar o mundo hiper-real, como exemplo, a maioria dos rostos dos quais não veríamos em nossa vida será vista em formas de imagens, nosso contato com o real passa a ser mediado pela mídia e significam nossa forma de ser e estar no mundo.

Como consequência, a sociedade se submete a uma dependência da mídia e de sua lógica produtiva, experienciamos o conceito posto em discussão pelo sociólogo Theodor Adorno em “Indústria cultural” (1975), termo que “Ressalta o mecanismo pelo qual a sociedade como um todo é construída, sob o escudo do capital, reforçando as condições vigentes.”(HENRIQUE, 2013, p.135). As indústrias culturais produzem uma infinidade de produtos, geram uma cultura popular que progressivamente inunda completamente a vida cotidiana, se trata da reprodutibilidade técnica da arte e alienação pelo consumo, sendo uma consequência direta da lógica capitalista de produção.

Neste contexto, o conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais passam a ser moldados por uma ótica midiatizada que se firma em um suporte ideológico do qual, se mantém a serviço de quem detém poder material e ideológico, ou seja, a classe dominante vigente. É valido ressaltar que não se trata de um suporte ideológico imposto e sim uma relação sutil e espontânea com a sociedade na qual a ideologia predominante produz meios através da midiatização, para que cuide da assimilação dos indivíduos, isolando-os e obscurecendo a distância que se estabeleceu entre as pessoas e entre as pessoas e as coisas, além de, também obscurecer as condições de consumismo, objetificação e fetichização. Assim, podemos configurar o problema da midiatização ser sobre quem a controla e com quais fins.

Podemos observar que esta relação entre a ideologia dominante e a mídia são marcadas pela hegemonia burguesa, além da força material que ela exerce, também se sustenta através de argumentações e estratégias próprias para persuadir a população, dando manutenção para a desigualdade do poder e isolamento dos indivíduos. Como foi dito anteriormente é um processo sutil, “A hegemonia não existe passivamente como forma de dominação. Renova-se continuamente, recria-se, defende-se e modifica-se. Sofre uma resistência continuada, limitada e desafiante” (WILLIAMS, 1999).

Para a reconstrução de uma cultura democrática, que supere a cultura hegemônica se faz necessária a organização da classe trabalhadora junto aos socialistas, que sejam alinhados a construção de uma nova cultura contra hegemônica, assim, “normas e valores de uma nova sociedade […] substituiria o consenso da burguesia. Assim, a arena da consciência seria reconstruída com uma nova visão de homem e de mundo”.(MORAES, 2015, p.3) Uma das possibilidades são os movimentos sociais e partidos formados a partir dessa organização poderem se utilizar da mídia alternativa, podendo assim expressar uma visão alternativa em relação á que é dada pela mídia tradicional.

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