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A Formação de Estratégia como um Processo Reativo

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Por:   •  10/10/2013  •  Artigo  •  1.724 Palavras (7 Páginas)  •  870 Visualizações

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Escola Ambiental: A Formação de Estratégia como um Processo Reativo

A formação da estratégia é vista como um processo de reação da organização ao ambiente (conjunto de forças externas).

Origem

Provém da ‘teoria da contingência’, a qual partia da suposição que quanto mais estável o ambiente externo, mais formalizada a estrutura interna, estendendo essas ideias à geração de estratégias, passando a acreditar que ambientes estáveis favoreciam o planejamento. As principais escolhas são realizadas no início e estabelecem o destino da organização.

Na Teoria da Contingência tudo é relativo, tudo depende, isto é, não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Há uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização. Dentro de uma relação funcional, as variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as técnicas administrativas são variáveis dependentes. Existe uma relação funcional entre elas, como vimos, essa relação funcional é do tipo "se-então" e pode levar a um alcance eficaz dos objetivos da organização. A administração contingencial pode ser intitulada de abordagem do "se-então", pois o reconhecimento, diagnóstico e adaptação à situação são importantes para a abordagem contingencial. Porem eles não é suficiente, necessitando as relações funcionais com as condições ambientais e as práticas administrativas ser constantemente identificadas e ajustadas.

A Visão da Contingência

A Escola Ambiental têm as suas raízes na Teoria da Contingência, a qual apareceu para se opor às afirmações da gestão clássica, onde era defendido que existia “uma melhor maneira” de gerir uma organização. Para os teóricos da contingência tudo dependia dos vários fatores do ambiente que podiam influenciar a organização – porte da organização, sua tecnologia, da hostilidade externa, entre outros.

Esses fatores que atuam no ambiente constituindo sua dimensão foram resumidos por Mintzberg, e apresentam-se a seguir:

• Estabilidade - O ambiente de uma organização pode ir de estável a dinâmico. Estável é aquele em que os clientes desejam sempre a mesma coisa, ou aqueles acostumados com o inesperado. Já os fatores que geram um ambiente dinâmico, podem ser, desde governos instáveis, mudanças inesperadas nos pedidos dos clientes, clientes que pedem frequentemente coisas novas, tecnologias que evoluem rapidamente, até a serviços que são influenciados pela meteorologia.

• Complexidade – O ambiente de uma organização pode ir de simples a complexo. Um ambiente complexo leva a organização a ter que possuir, um conhecimento alargado sobre os produtos, clientes ou técnicos. E torna-se simples a partir do momento em que esse conhecimento é racionalizável, isto é, dividido em componentes mais facilmente compreensíveis.

• Diversidade do mercado – Os mercados de uma organização podem variar de integrados a diversificados. Uma empresa que venda para um único cliente ou para uma pequena área situa-se num mercado integrado, o mercado diversificado é aquele em que, por exemplo, uma empresa procura promover alguns dos seus produtos em todo o mundo.

• Hostilidade – Uma organização pode ter um ambiente favorável ou hostil. Um exemplo de um ambiente favorável, é aquele em que um cirurgião de prestígio, escolhe os seus pacientes. Ao contrário de um ambiente hostil, que pode ser o caso de construtora ter que concorrer por todos os seus contratos. A hostilidade é influenciada pela concorrência, pelos governos, bem como pela disponibilidade de recursos com que ele conta.

Objetivo

Elaboração da estratégia a partir da percepção do ambiente (tudo que não é a organização), que estabelece os critérios de adequação. Exemplo: pequeno comércio com pouca concorrência, por anos não se preocupou em melhorar processos e inovar produtos e serviços, sendo ameaçada pelo surgimento de empreendimento concorrente, com maior diversidade dê produtos e promoções atraentes.

Com a mudança do ambiente, reage com lançamento de promoções e melhorias. A geração da estratégia se dá por espelhamento, reagindo a um ambiente que estabelece regras. O ambiente é uma das três forças centrais no processo, ao lado de liderança e organização, questionando se os líderes possuem opções estratégicas em relação ao ambiente externo. De certa forma, as organizações são passivas, determinando o ambiente as mudanças, tendendo a desaparecer aquelas que não se adaptam. Há semelhança da Escola Ambiental com a do Posicionamento, pois ambos ressaltam a importância do ambiente como um conjunto de forças econômicas. Segundo Hannam, as organizações que tiram o máximo do ambiente são chamadas especialistas, enfatizando a eficiência; aquelas que mantêm reservas estratégicas são chamadas generalistas, enfatizando a flexibilidade.

Um Exemplo da escola Ambiental é quando um pequeno mercado num determinado bairro trabalha a anos no mesmo ritmo e forma. Não se preocupa em melhorar processos e inovar em produtos e serviços. Num determinado momento, abre um novo empreendimento no bairro: outro mercado concorrente, com maior diversidade de produtos e promoções atraentes. Ao perceber que o ambiente mudou e que está perdendo clientes, o mercadinho antigo reage com lançamento de promoções e busca adequar-se a nova realidade, melhorando seu empreendimento.

Premissas da escola Ambiental

São quatro as principais premissas da escola ambiental:

1 – O ambiente, apresentando-se à organização como um conjunto de forças gerais, é o agente central no processo de geração de estratégia;

2 – A organização deve responder a essas forças, ou será “eliminada”.

3 – Assim, a liderança torna-se um elemento passivo para fins de ler o ambiente e garantir uma adaptação adequada pela organização;

4 – As organizações acabam se agrupando em nichos distintos do tipo ecológico, posições nas quais permanecem até que os recursos se tornem escassos ou as condições demasiado hostis. Então elas morrem.

PRESSÕES INSTITUCIONAIS

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