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A RESPONSABILIDADE MORAL' DE DWIGHT FURROW

Por:   •  1/10/2019  •  Resenha  •  679 Palavras (3 Páginas)  •  390 Visualizações

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No capítulo 7 do livro do professor de filosofia estadunidense, aprendemos sobre atribuições de responsabilidade moral tendo em vista o nosso relacionamento com outras pessoas. Furrow argumenta que ver as pessoas, inclusive a si mesmo, como merecedoras de elogio ou repreensão é dar responsabilidade moral aos seus atos (2007, p.165). Ele também indica que não devemos confundir este conceito com outros usos da palavra “responsável”, pois apenas estamos falando de responsabilidade moral quando uma pessoa “tem caráter moral o suficiente para compreender e levar a sério exigências morais” (FURROW, 2007, p.166). Para poder ser julgada, a pessoa deve ter feito uma escolha e agido livremente. Só assim podemos atribuir a chamada responsabilidade moral sobre um certo ato e suas consequências.

Furrow discute também como o determinismo ameaça essas atribuições de responsabilidade por se basear na ideia de que todo o evento é causado por estados de coisas antecedentes (2007, p.167). Desta forma, toda a ação é considerada o produto de reações bioquímicas no cérebro; então, o indivíduo não tem como fazer uma escolha livre, já que as suas ações e os seus resultados são determinados. O autor afirma que um determinista acreditaria na experiência do livre arbítrio apenas porque não possuímos conhecimento detalhado sobre a complexidade do nosso cérebro, que seria responsável, por fim, por definir o que fazemos.

Para a ética e as suas teorias, entretanto, adota-se uma visão baseada na possibilidade de que somos capazes de sermos responsáveis moralmente pelas nossos atos. Em alguns casos, os teóricos baseiam-se no oposto do determinismo, outros no compatibilismo. De acordo com o último, somos sempre influenciados por fatores ambientais ou genéticos. O conceito de responsabilidade moral se torna complexo quando pensa-se sobre o livre arbítrio, buscando uma explicação coerente do mesmo para a sua justificação que não envolva a metafísica.

Então, para isso, pensamos no nosso relacionamento com os outros. “Desse modo, para Strawson, as atitudes reativas expressam a natureza interpessoal da existência humana. Ser uma pessoa é existir com outras pessoas e ser tanto capaz dessas atitudes reativas quanto ser um alvo delas.” (FURROW, 2007, p.171) Afinal, somos seres sociais e existimos com os outros. O que torna as escolhas racionais não são conceitos de liberdade como foram abordados anteriormente no texto, mas sim o fato de que são reflexos de como devemos interagir para manter o nosso relacionamento com outras pessoas. Para Furrow, podemos compreender os fenômenos morais de melhor forma se nos concentrarmos nos relacionamentos. Contudo, ele também aponta uma objeção à esse tipo de lógica, que vê as atitudes como parte da nossa natureza e que devem apenas serem aceitas.

Pensando nisso, o autor traz os conceitos de diferentes tipos de controle que possuímos sobre o que fazemos. Há, primeiramente, o controle de direcionamento, em que podemos controlar a sequência efetiva que leva a uma ação. Em segundo lugar, há o controle regulador, que nos dá a habilidade de agir de outra forma. Temos, então, pelo menos um tipo de controle sobre as nossas ações sempre. Possuindo o controle de direcionamento, podemos ser responsáveis moralmente. “Quando atribuímos responsabilidade moral às pessoas, assumimos que se lhes fosse dada razão suficiente para não

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