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A Sociologia e Filosofia

Por:   •  23/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.054 Palavras (5 Páginas)  •  251 Visualizações

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Marx e Engels compreenderam que as relações estabelecidas entre as classes são, em geral, marcadas pela opressão de uma classe sobre a outra. Ou seja, as relações sociais de produção eram baseadas na exploração do trabalho de uma classe sobre a outra e, em geral, esse processo era acompanhado de altas doses de violência. Para os autores, ao longo da história, os conflitos de classe são a mola propulsora das transformações e das mudanças.

Segundo Marx (2014), a ideologia é um instrumento de dominação de uma classe social sobre outra, é um sistema de crenças ilusórias que impede que o indivíduo conheça a sua própria realidade e não reconheça a sua verdadeira condição social. O sistema de crenças dominante em uma sociedade não foi criado em acordo, por todos os integrantes desta sociedade mas, na verdade, foi imposto por uma classe dominante sobre a outra, dominada.

Para Marx (Estanque, 2017), diferentemente de outros pensadores, como Hegel, com a teoria da expansão da consciência individual e Comte (absorção de tipos de conhecimentos), as mudanças necessárias para a evolução da sociedade têm base puramente econômica e são (devem ser) frutos das lutas entre as classes sociais, geradas pelos conflitos de interesses entre a classe dominante e a dominada, ou seja, o mundo somente vai evoluir em função da luta entre as classes trabalhadora e empregadora. Este conflito sistêmico seria o “motor” que faria o mundo e desenvolver. (Ferreól, 2007)

Observando os sistemas socioeconômicos anteriores ao capitalismo (tribal, comunal, feudal) verificaremos que as relações entre os membros daquelas sociedades emergem de uma certa igualdade de direitos (propriedade) e evoluem para relações mais segmentadas, basicamente em função de fatores de dominação de uma classe sobre a outra, que eram impostos pela força física e pelo poder religioso divino (do Rei).

No capitalismo, como visto por Marx, esta falta de igualdade nas relações e nas propriedades é enorme e indica que aponta que o poder dominante é regido pelo capital, ou por aqueles que o possuem (burgueses). Ele afirma que o sistema capitalista é extremamente desigual e não saudável, pois os verdadeiros produtores de riqueza são os trabalhadores (proletariado) mas quem a acumula é a classe burguesa, detentora do capital (dinheiro, meios de produção, terras etc.). Questionava ainda que, além da classe dominante acumular o capital, esta mantinha um mecanismo de dominação que impediria a ascensão socioeconômica do proletariado e perpetuaria condição dominante da classe burguesa.

Segundo Marx (2014), a sociedade capitalista está alicerçada nos valores burgueses, ou seja, o ter (bens) no lugar do ser (conhecimento/habilidades). E esta é a sua grande crítica a este sistema que começa a dominar o mundo a partir da Revolução Industrial, tornando-o cada vez mais desigual. Ele critica também o papel do Estado (governo) nessas relações e, a partir daí, sugere sistemas econômicos como o socialismo e o comunismo, que é a ausência do Estado.

Para ele, o Estado é o grande explorador responsável em manter as condições necessárias à perpetuação do poder burguês x o proletariado trabalhador. Ou seja, segundo Marx (2014), o Estado existia para manter o status quo garantindo a hegemonia da classe dominante. Nesse contexto, seria uma estrutura que defenderia os interesses dos burgueses sobre o proletariado. Através das normas do Direito do Estado e na formulação de contratos de trabalho que beneficiavam os burgueses, garantia e perenizava os mecanismos de exploração da burguesia, Dessa forma, o Estado também pertencia à classe dominante burguesa.

Assim, a classe proletária deveria se rebelar, e esta seria a única forma, para tomar o poder (do Estado) e sair da sua condição subjugada. Criaria-se a “Ditadura do Proletariado”, que viabilizaria o sistema socialista, onde tudo seria repartido entre todos e, posteriormente, o comunismo. De acordo com o estudioso alemão, o comunismo seria o modelo ideal de um sistema socioeconômico onde tudo seria repartido entre todos, não haveria classes dominantes nem desigualdade, perfeição total! Mas o que Karl Marx não previu foi que sempre haverá uma classe dominante, que detêm o poder, a classe política!

Como as relações sociais de produção e o Estado são importantes para a compreensão do capitalismo.

O Capitalismo é um sistema socioeconômico onde o capital (dinheiro) e os meios de produção (fábricas, indústrias, terras etc.) são de propriedade privada, ou seja, têm um dono. Nele, muitas pessoas (classe proletária) empregam o seu trabalho para produzir riquezas (que são acumuladas) para poucas pessoas (classe burguesa). Um modelo desigual, onde há dominação de uma classe sobre a outra, que tem sido o sistema predominante nas relações socioeconômicas, inicialmente conhecido como Mercantilismo, depois como Capitalismo Industrial (Revolução Industrial) e, atualmente, denominado Capitalismo Financeiro.

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