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Estagio Supervisionado em Filosofia I

Por:   •  26/7/2019  •  Trabalho acadêmico  •  9.346 Palavras (38 Páginas)  •  124 Visualizações

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FELICIDADE

 Projeto de elaboração de Material Didático de Filosofia para o Ensino Médio.

Etapa I: Justificativa

       

     A finalidade desse projeto é explicar diversos tipos de conceito de felicidade na história do pensamento, ele terá um breve começo com um poema escrito por Homero, isso serve para nos mostrar que a busca pela felicidade vem muito antes dos primeiros pensadores a serem conhecidos como filósofos. Em seguida, veremos a explicação de alguns tipos de pensadores sobre a felicidade, como Platão colocando o mundo das idéias como fonte ideal para a felicidade, Aristóteles aplicando a felicidade nas virtudes dos homens, Santo Agostinho vendo que a felicidade só se encontrará em Deus e Por fim Nietzsche dando uma belíssima concepção de como devemos nos questionar sobre a vida feliz.

         

Etapa II: Objetivos

- Explicar a felicidade através de um mito, já que nossa primeira forma de narrativa era através dos mitos, sejam elas para explicar todos os acontecimentos que ocorriam no mundo, como  as tempestades, a floresta, o mar e etc. Ou seja ela para explicar nossos questionamentos cotidianos, basicamente como dizemos hoje em como “moral da história”.

- Tendo em vista essa tal busca pela felicidade que os homens na antiguidade queriam, Platão e Aristóteles tentam explicar o conceito de Eudaimonia e de como faz para que os homens possam viver uma vida mais feliz, qual é a melhor maneira de se viver, veremos abaixo que, apesar de um ser discípulo do outro, há muita divergência em tal conceito.

- Após termos dois tipos de pensadores na antiguidade questionando sobre a Eudaimonia, prosseguiremos no período medieval com Santo Agostinho. A partir desses pensamentos, o projeto mostra como o conceito de felicidade de Santo Agostinho diverge dos citados anteriormente e que rompe totalmente contra os conceitos anteriormente visto, já que Santo Agostinho deposita totalmente a felicidade a um ser único, Deus.

- Por fim, veremos Nietzsche explicar através do amor fati e do eterno retorno como podemos fazer para vivermos da melhor maneira e qual o melhor questionamento para si mesmo para chegarmos à felicidade.

Etapa III: Problematização teórica:

     Para começarmos a falar sobre a felicidade, é interessante ter como início uma passagem mitológica. O personagem escolhido para desbravarmos a vida dele foi Ulisses (ou Odisseu), seguiremos juntos destacando alguns pontos que nos sejam pertinentes das obras de Homero, que no caso são A Odisseia e a Ilíada. Tudo começa quando Ulisses é obrigado a ir para guerra de tróia e deixas para trás sua esposa, seu filho e sua cidade onde era feliz; a guerra de tróia teve duração de 10 anos. Após isso, Ulisses tenta voltar pra casa e em uma de suas aventuras, é capturado por ciclope chamado Polifemo, um gigante que tinha apenas um olho. Ulisses usa de toda sua astúcia para conseguir escapar com seus companheiros, porém ele só consegue escapar furando o único olho de Polifemo. O gigante que teve seu olho perfurado pede ao seu pai para vinga-lo, seu pai chamava-se Poseidon, Deus dos mares. Como um bom pai, Poseidon atende o pedido de seu filho e atormenta o resto da viagem de Ulisses até que ele para na ilha de Calipso. Calipso acolhe Ulisses da melhor maneira e acaba se apaixonando por ele; Calipso tentou de todas as formas seduzir Ulisses, ela era uma ninfa maravilhosa e fazia todas as vontades de Ulisses, a única coisa que ela não conseguia dar a Ulisses, era a felicidade. A felicidade de ter sua esposa Penelope de volta; a felicidade de ter seu filho de volta; a felicidade de voltar a sua cidade. Tudo isso Calipso não poderia oferecer a Ulisses. Após longos 7 anos vivendo na ilha, com coração amolecido, Poseidon aceita libertar Ulisses da ilha de Calipso, e, como tentativa de segurar seu amado, Calipso o oferece a imortalidade e a juventude enterna a Ulisses, porém ele recusa e volta para seu ligar. No final das contas, Ulisses nos ensina que é preferível ser um mortal num lugar onde você é feliz do que um Deus onde você não é feliz. A natureza de Ulisses era ser feliz em sua Pátria, a natureza dele era ser feliz com Penélope e ele não poderia fugir de sua natureza por conta da imortalidade. Para Ulisses existia um jeito certo para viver, um jeito certo da boa vida e nada que consideramos como “superior” o fez abandonar sua felicidade. Tendo isso em vista, temos ai a primeira grande lição sobre o que é felicidade.

- Conceito de Eudaimonia em Platão e Aristóteles

       Pegando o gancho da felicidade, entraremos na discussão sobre eudaimonia em Platão e Aristóteles. Eudaimonia é um termo grego cujo tem por significado ao pé da letra como “bom espírito”, porém trata-se de um conceito muito além disso, eudaimonia pode-se traduzir ou interpretar como bem-estar ou felicidade. Agora trataremos de dois grandes pensadores da antiguidade que nos servem como suporte para explicarmos a felicidade. Começaremos falando da felicidade em Platão, ele vê que a felicidade não pode ser conquistada através do mundo sensível e sim do mundo inteligível, onde nesse mundo é um mundo perfeito. O mundo da sensibilidade para Platão não é um mundo real, pois podemos facilmente ser enganados por esse mundo, com isso a felicidade fica difícil de ser alcançada. Percebemos que com isso, quanto mais nos aproximamos do mundo sensível, menos conseguiremos chegar até a felicidade, e, quanto mais nos aproximamos do mundo inteligível, o mundo onde as coisas são perfeitas, mais conseguiremos alcançar a felicidade. Quando nos aproximamos do mundo sensível, mais ficamos sujeitos a ser escravos de nossas próprias paixões e com isso nos aproximamos dos próprios animais, pois eles só vivem para satisfazer as vontades do corpo. Porém, ao contrário dos animais nós somos seres racionais, não podemos viver somente para satisfazer nossos apetite como os animais, nós precisamos transcender o espírito e não vivermos apenas de acordo com nossas natureza, a felicidade está fora de do nosso corpo, ela acontece no mundos das idéias, ou seja, a vida eudaimonica para Platão é o abandono do mundo sensível, da vida que é corruptível e após isso buscarmos a felicidade no mundo das idéias.

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