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O Estágio Supervisionado em Filosofia

Por:   •  21/3/2022  •  Monografia  •  4.205 Palavras (17 Páginas)  •  115 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO - UERJ

Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH

Bacharelado em Filosofia

Disciplina: CAP05-08964 – Estágio Supervisionado em Filosofia III - CAp

Professor: Vladimir Moreira Lima Ribeiro

Avaliação

2020.2

Aluno:

Washington Juarez de Brito Filho

2021


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PROFESSOR ORIENTADOR: VLADIMIR MOREIRA LIMA RIBEIRO

NOME DO ESTAGIÁRIO: WASHINGTON JUAREZ DE BRITO FILHO

LÓGICA CLÁSSICA PARA O ENSINO MÉDIO

Resumo: A partir da indagação “como identificar um raciocínio logicamente correto?”, propõe-se abordar, dentro do tema amplo da Lógica Formal Clássica, o Cálculo Proposicional Clássico: Proposições, Conectivos Lógicos, Operações Lógicas, Tabelas-verdade, Falácias.

Palavras-chave: Lógica Formal Clássica; Cálculo Proposicional Clássico; Proposições; Conectivos Lógicos; Operações Lógicas; Tabelas-verdade.

Abstract: From the question "how to identify a logically correct reasoning?", it is proposed to approach, within the broad theme of Classical Formal Logic, the Classical Propositional Calculus: Propositions, Logical Connectives, Logical Operations, Truth Tables, Fallacies

Key-words: Classical Formal Logic; Classical Propositional Calculus; Propositions; Logical Connectives; Logical Operations; Truth Tables.

SUMÁRIO: 1 – Introdução. 2 – Objetivos. 3 – Resumo Teórico. 4 - Tópicos Centrais. 5 - Meios auxiliares de problematização e a respectiva avaliação. 6 – Texto final.

1 – Introdução.

O cálculo proposicional clássico, também conhecido como cálculo sentencial ou cálculo de enunciados, é uma lógica de primeira ordem, de ordem zero (sem quantificação), que permite, de forma simples, representar um grande número de formas de argumento comumente empregadas e a demonstrar sua legalidade ou ilegalidade.

As disciplinas de Lógica por muitas vezes são desprezadas nos programas de Ensino Médio regular, até porque, ao menos até agora, não costuma ser exigidas nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Também, costuma-se, no Ensino Médio, evitar abordar aspectos concernentes à Lógica, mesmo a formal clássica. Não obstante, a matéria é de muita importância na formação do raciocínio lógico-quantitativo dos alunos, algo que tem feito falta na construção da estrutura cognitiva dos jovens.

Ademais, o tema selecionado apresenta significativo valor na história da filosofia, sendo facilmente relacionado com qualquer perspectiva histórica da história da Filosofia ou da Matemática. Também se presta a, no que toca às configurações socio-históricas contemporâneas, servir como ferramenta útil no entendimento de diversos aspectos da teoria da informação, algo que pode ser objeto de abordagens especificamente direcionados, em momentos posteriores.

2 – Objetivos.

Em época de verdadeiro bombardeamento aos estudantes, por parte dos diversos meios de comunicação, de uma quantidade muito grande de informações, muitas delas que não resistem a uma análise lógica meramente formal, é relevante que sejam transmitidos instrumentos para que o adolescente ou jovem possa ter alguma base quando se indagar “como eu posso identificar um raciocínio logicamente correto?”

Como sabemos e vivenciamos diariamente, a manipulação de informações tem sido, muito recentemente, empregada como meio de forjar pensamentos e raciocínio e, o que é pior, incutir ideologias, muitas das quais completamente contrárias a conhecimentos consolidados na ciência ou na história. Certamente que o ambiente escolar não terá a felicidade de corrigir esse estado de coisas. Porém, pelo menos, é importante que sirva para atenuar essa realidade.

A Lógica é útil a qualquer área que exija raciocínios elaborados, bem como em casos práticos do nosso dia a dia. O conhecimento básico de Lógica é indispensável, por exemplo, para estudantes de Matemática, Filosofia, Ciências, Línguas ou Direito. Seu aprendizado auxilia os estudantes no raciocínio, na compreensão de conceitos básicos e na verificação formal de provas, preparando para o entendimento dos conteúdos de tópicos mais avançados.

Devemos destacar o papel especial da Lógica como ferramenta para nos apropriar de objetos matemáticos (definições, representações, teoremas e demonstrações) bem como um poderoso recurso na organização do pensamento humano.

Tenciona-se, portanto, desenvolver as seguintes competências e habilidades, ao final da aula:

- identificar se os argumentos trazidos estão adequados à forma das proposições da Lógica Clássica;

- comparar a estrutura dos raciocínios apresentados à estrutura formal dos raciocínios padrão aprendidos;

- verificar se há correção formal nos argumentos e nos raciocínios identificados nos passos anteriores;

- detectar a ocorrência de falácias formais ou não-formais.

3 – Resumo Teórico.

Pode-se entender a Lógica como o estudo dos métodos e princípios usados para distinguir o raciocínio correto do incorreto. Dito de outra forma, é a disciplina que estuda a relação de consequência dedutiva, tratando entre outras coisas das inferências válidas; ou seja, das inferências cujas conclusões têm que ser verdadeiras quando as premissas o são. A lógica pode, portanto, ser considerada, para tais autores, como “o estudo da razão” ou “o estudo do raciocínio”.

A história da Lógica Clássica inicia-se propriamente com Aristóteles, no século IV a. C. (384-322 a. C.). É notória a tendência dos gregos no cultivo e na prática do argumento e pela ciência que o tem por objeto, a Retórica (literalmente, a arte/técnica de bem falar).

Nos trabalhos de Platão, dá-se muita relevância ao comportamento dos sofistas, classe de tutores privados da Grécia antiga, que ofereciam seus serviços remunerados aos mais jovens. Discute-se muito quanto ao trabalho desses profissionais, mas tem se convencionado mencionar que empregavam, costumeiramente, argumentos falaciosos – aqueles que, a partir de premissas aparentemente verdadeiras e por passos aparentemente válidos, levam a conclusões falsas, porém aparentemente válidas, e que, por essa característica negativa tornaram-se conhecidos na Grécia antiga. A par da conveniência e adequação dessa fama depreciativa atribuída a esses profissionais, o importante é entender que a presença de representantes dessa corrente em diversos diálogos socráticos, como Protágoras, Górgias e Trasímaco entre outros, revela a importância desse movimento na evolução do pensamento grego.

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