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Trabalho De Filosofia

Por:   •  4/5/2023  •  Bibliografia  •  637 Palavras (3 Páginas)  •  42 Visualizações

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Na tragédia a mimese ocorre por meio de ações dramatizadas, isso implica que há atuação de personagens, e, por consequência, a organização do espetáculo é uma parte que compõe a tragédia, a partir disso dá-se a organização do canto e da elocução, que é a organização dos metros da tragédia.

“[...] Entram ANTÍGONE e ISMENIA, muito jovens, conduzidas por uma escrava. Elas se aproximavam do pai...”

“[...] Entra um EMISSÁRIO, que vem do interior do palácio...”

“[...] Desatinado, ÉDIPO corre para o interior do palácio; retiram-se os dois pastores; a cena fica vazia por algum tempo...”

A mimese tem por finalidade conduzir a ação a seu termo, assim como os acontecimentos que suscitam pavor e compaixão

ÉDIPO- Oh! Ai de mim! Tudo está claro! Ó luz, que eu te veja pela derradeira vez! Todos sabem: tudo me era interdito: ser filho de quem sou, casar-me com quem me caseie e eu matei aquele a quem eu não poderia matar!

Após saber a verdade, sua mãe, e também mulher se enforcou, e Édipo, envergonhado de seus atos, perfurou os próprios olhos.  Tudo começou quando seu pai teve um filho com Jacosta. Um dos oráculos já lhe avisado sobre seu destino trágico: ser morto por seu próprio filho.

Observa-se que, nesse momento, o pavor de Édipo que causou no público ao ser descoberto que ele matou seu próprio pai e causou-se com a própria mãe, mas também a compaixão por tê-lo feito em ignorância, tentando fugir de seu destino, acabou por compri-lo.

A reviravolta e o reconhecimento são os responsáveis, em conjunto, pelas emoções causadas pela tragédia, isto é, o pavor e a compaixão, pois como foi dito a tragédia é, por princípio, a mimese de ações que acarretam tais emoções. São as duas partes do enredo, tendo, ainda, a comoção emocional.

CORIFEU- No meio de tanta amargura é natural que te lamentes, infeliz, como vítima de duas desgraças.

ÉDIPO- Tu és o único amigo que me resta, visto que tens pena deste mísero cego... Eu sei que estás aí... Na escuridão em que estou, reconheço tua voz! CORIFEU Que horrível coisa fizeste, ó Édipo! Como tiveste coragem de ferir assim os olhos? Que divindade a isso te levou?

CORIFEU- Teria sido razoável tua resolução, ó Édipo? Não sei dizer, na verdade, se te seria preferível a morte, a viver na cegueira.

É notório que o reconhecimento é o momento em que se passe da ignorância ao conhecimento, essa modificação pode ocorrer em direção da amizade ou da hostilidade, distinguindo-se entre a prosperidade e a adversidade.

Na tragédia há uma característica, onde homens que não se distinguem pela virtude e pela justiça e que chegaram à diversidade por ter cometido algum erro, mas não por maldade ou vício (desconsiderando a maldição de Édipo). Nesse caso deve sair da prosperidade para a adversidade, não por causa de maldade, mas por algum erro cometido pelo herói.

O elemento mais importante é a trama dos fatos, pois a tragédia não é imitação de homens, mas de ações e de vida, de felicidade e infelicidade que assumem caracteres para efetuar ações. Vejamos um exemplo do trecho do livro Édipo Rei que se encontrou à beira da infelicidade e arrependimento causado pelas suas ações.

Édipo- "Não quero mais ser testemunha de minhas desgraças, nem de meus crimes! Na treva, agora, não mais verei aqueles a quem nunca deveria ter visto, nem reconhecerei aqueles que não quero mais reconhecer!"

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