Trabalho da Filosofia da Educação
Por: Elabela • 18/11/2025 • Trabalho acadêmico • 1.645 Palavras (7 Páginas) • 4 Visualizações
TRABALHO DE FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
ALUNO: Marcelo De Carvalho Mendes
INTRODUÇÃO
A educação vem, ao longo da História, dando ao ser humano a possibilidade de crescer intelectualmente, dando a esta espécie a possibilidade de descobrir e crer no que bem entender.
Demonstraremos algumas formas de educação que aconteceram ao longo de nossa História, fazendo perceber que, mesmo com métodos distintos e, objetivos aparentemente diferentes, a ideia da educação sempre foi a mesma: preparar o indivíduo para ser independente e, ao mesmo tempo, conviver em seu meio, em harmonia.
AS TRANSFORMAÇÕES DA MENTALIDADE: DO MITO À RAZÃO.
O surgimento da filosofia na Grécia não é na verdade um salto realizado por um povo privilegiado, mas a culminância de um processo que se fez através de milênios e para o qual concorreram diversas transformações.
- A escrita gera uma nova idade mental fixando a palavra, e consequentemente, o mundo para além daquele que o profere.
- A pólis se faz pela autonomia da palavra: não mais a palavra mágica dos mitos, concedida pelos deuses e, portanto, comum a todos, mas a palavra humana do conflito, do discurso, da argumentação.
- A filosofia, "filha da cidade": a filosofia surge como problematização e discussão de uma realidade antes não questionada pelo mito. A visão que os gregos tinham do mundo os distinguia de todos os demais povos do mundo antigo, ao contrário destes, os gregos em vez de colocarem a razão humana a serviço dos deuses ou dos deuses monarcas, enalteceram a razão como instrumento a serviço do próprio homem.
- O descobrimento do valor humanom, do homem em si, da personalidade, independentemente de toda autoridade religiosa ou política.
- O reconhecimento da razão autônoma, da inteligência crítica, liberdade de dogmas ou considerações extrínsecas.
- A criação da ordem, da lei, do cosmo, tanto na natureza como na humanidade.
- A criação da vida cidadã, do Estado, da organização política.
- A criação da liberdade individual e política dentro da lei e do Estado.
- A invenção da poesia épica, da historia, da literatura dramática, da filosofia e das ciências físicas.
- O reconhecimento do valor decisivo da educação na vida social e individual.
- Consideração da educação humana em sua integridade: física, intelectual, ética e estética.
- O princípio de competição e seleção dos melhores, na vida e na educação.
Tudo isto e muito mais criou o povo grego em alguns séculos, embora sua influência durasse muito mais na história. Ao passo que nos povos orientais o desenvolvimento cultural foi lento e vacilante, realizou-se no povo grego como um relâmpago que iluminou toda a história humana.
A EDUCAÇÃO HEROICA OU CAVALHEIRESCA
A história da Grécia começa aproximadamente no terceiro milênio antes de Cristo, com uma cultura mediterrânea chamada cretense ou minóica, que chega a alcançar alto grau de desenvolvimento. Desde o século XVII a.C. começaram as invasões de povos árias, os aqueus, procedentes do centro da Europa, que assimilam a civilização minóica. Depois, no século XII, ocorrem as invasões dos dórias, também centro-europeus, que a destroem, tal como mais tarde os bárbaros ao invadir o Império Romano. Desde aquela época a cultura grega sofre colapso, até o século IX a.C., quando ressurge renovada, e constitui a autêntica civilização helênica.
A sociedade helênica primitiva era aristocrática, baseada nos feitos bélicos.
O ideal da educação dessa época está, como sempre, em consonância com os ideais e as aspirações da sociedade e, pois que se tratava de tempos heróicos e guerreiros, teria a educação o mesmo caráter.
Essa educação heróica ou cavalheiresca baseava-se essencialmente no conceito da honra e do valor, no espírito de luta e sacrifício, assim como na capacidade e excelências pessoais.
Outro traço essencial é o espírito de emulação, o desejo de sobressair, de figurar entre os primeiros, de ser superior, uma espécie de competição desportiva.
A EDUCAÇÃO ESPARTANA
A Grécia achava-se dividida em Cidades-Estado, das quais as mais conhecidas são as antagônicas Esparta e Atenas.
Esparta foi fundada pelos dórios, no século. IX a.C. Tornou-se notável pelo espírito militarista que desenvolveu e desde a sua fundação, parecia-se mais com um grande acampamento militar. Os espartanos precisavam desenvolver práticas militares para defender seu território, pois ocupava o fértil vale do Rio Eurotas, na região da Lacônia, ao sudeste da península do Peloponeso.
No oitavo e no sétimo século a.C, Esparta travou uma guerra com Missênia. Essa guerra teve por motivo básico o desejo de Esparta de se apoderar das terras férteis dessa região, que eram as melhores de todo o Peloponeso. (PEDRO. Antônio & CÁCERES. Florival. História Geral. p. 48.
Por volta do século IX, o legislador Licurgo organiza o Estado e a educação. De início os costumes não são tão rudes, e a formação militar é entremeada com a esportiva e a musical. Com o tempo e, sobretudo no século IV a.C. quando Esparta derrota Atenas - o rigor da educação se assemelha à vida de caserna (ARANHA. Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. p. 38).
Para manter seu domínio sobre as populações e as terras conquistadas, as primeiras gerações de espartanos dividiram sua sociedade em três camadas:.
Os espartanos – numericamente muito inferiores, impuseram aos espartanos severíssima disciplina militar. Possuíam direitos políticos.
Os periecos – dedicavam-se ao comércio e ao artesanato. Eram livres, mas não tinham direitos políticos. No exército não passavam de soldados de infantaria.
Os hilotas – Eram escravos pertencentes ao Estado e cultivavam as terras dos espartanos. Constituíam a maioria da população, não podiam portar armas, nem sair à noite, nem cantar canções dos guerreiros.
A educação em Esparta preocupava-se apenas com
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