TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Trabalho de Filosofia

Por:   •  3/7/2017  •  Abstract  •  1.857 Palavras (8 Páginas)  •  225 Visualizações

Página 1 de 8

              Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

                          Curso de graduação em Direito

 

                               Júlia Péret T. Tárcia

             

        Filosofia: razão e modernidade

Turma 01

Sala 303 – campus Praça da Liberdade

Édipo Rei e A verdade e as Formas Jurídicas – cap II

Questão 01

Sófocles nasceu em Colono, cidade perto de Atenas, em 495 a.C. É considerado um dos maiores poetas gregos, tendo escrito um total de 123 peças teatrais, obtendo 24 vitórias nos concursos trágicos, ou seja, 76 de suas obras são premiadas. Suas obras mais famosas são Antígona, Édipo em Colono e Ajax, a mais antiga, além de sua obra-prima, a tragédia Édipo-Rei, que foi utilizada como modelo de tragédia em A Poética de Aristóteles. Sua temática procura pôr o destino humano no centro mundo, juntamente com o olhar dos deuses sobre o homem, o qual sofre e é destruído. Suas tragédias são marcadas por dois tipos de sofrer: aquele que advém da paixão, e aquele que advém dos acontecimentos já marcados pelo destino, pré-determinado pelo modo como rege o universo. O dramaturgo morreu em sua cidade natal, em 406 a.C., e hoje é possível ler apenas 7 de suas obras.

Questão 02

Sucedendo a obra Édipo Rei, Édipo em Colono traz a narrativa de um Édipo agora velho, cego, mendigo e expulso de Tebas por seus filhos Etéocles e Polinices após os ter amaldiçoado por não lamentarem o infortúnio que seu pai passava. Ao ser expulso, Édipo então perambula pela Grécia como mendigo, guiado por sua filha Antígona, até chegar em Colono, subúrbio de Atenas, onde pede asilo ao rei da cidade, Teseu. Então, seu filho Polinices pede apoio ao pai para que o ajude a investir contra Tebas e destituir seu irmão do poder, porém Édipo se nega e profetiza que os dois irmãos vão se matar, os amaldiçoando. Zeus então proclama que a vida de Édipo chegara ao fim, e esse se dirige ao local de sua morte com Teseu, que nunca revelou sua localização. Sucedendo a essa peça, Antígona traz como temática um dilema do direito natural, após Antígona fazer questão de sepultar e prestar as honras fúnebres de seu irmão, conflitando com Creonte, então rei de Tebas, que era contra a ação. A narrativa se passa ao redor desse conflito, no qual Antígona procura mostrar que seu direito é mais válido que o do rei. Sendo assim, Antígona seria a primeira demonstração de manifestação contra os governantes.

Questão 03

    Os antecedentes da história de Édipo Rei giram em torno do abandono de Édipo por seus pais, após Laio ter se envolvido romanticamente com Crísipo e tê-lo raptado, sendo amaldiçoado pelo pai de Crísipo. A maldição consistia na profecia de que seu filho primogênito o mataria. Então, após Laio ter casado com Jocasta e a engravidado, logo que seu filho nasceu, ele fora abandonado pelos pais e mais tarde, fora adotado e criado pelo rei Pólibo e sua mulher. Mais tarde, Édipo retorna a Tebas, matando seu pai e rei Laio no caminho devido a uma desavença, sem saber que esse era seu verdadeiro pai. Ao chegar em Tebas, ele conquista o trono e se torna rei.

Questão 04

    Após Édipo ter sido abandonado por seus pais, Laio e Jocasta, ele é adotado pelo rei de Corinto, Pólibo, e sua mulher. Já em idade adulta, Édipo ouve de um bêbado que era adotado e, transtornado, vai ao oráculo de Apolo procurar respostas que nada lhe diz sobre a adoção, porém lhe confessa sua profecia e maldição: ele mataria o seu próprio pai e se juntaria com sua mãe. Assustado, Édipo foge de sua cidade e se dirige em direção a Tebas, pensando que assim se livraria da maldição. No caminho de sua viagem, ele mata Laio devido a uma desavença, sem saber que esse era seu verdadeiro pai e, ao chegar em Tebas, desvenda o enigma da Esfinge que amedrontava a população e conquista o trono, casando-se com sua mãe e viúva Jocasta. A peça inicia-se quando Édipo pede ao seu cunhado Creonte procurar respostas no oráculo devido a uma praga que assolava sua cidade, e recebe como resposta que era devido à presença do assassino do antigo rei na cidade. A narrativa gira em torno de Édipo sentenciando o assassino, sem saber que se tratava dele mesmo. Ao descobrir sua desgraça, Édipo se cega para não ter de ver o horror daquilo que fizera.

Questão 05

  Escrito em uma época na qual o mito era a principal fonte de conhecimento, os deuses gregos foram descritos na obra como uma força maior sobre tudo o que existia, e ao longo da narrativa é possível perceber que atitudes só eram tomadas com a permissão divina, e que a população sempre procurava a proteção dos deuses, como é possível perceber nestes fragmentos:

“Diante disso, filha rutilante de Zeus supremo, outorga-nos depressa a tua sorridente proteção! Faze também com que Ares potente que agora nos ataca esbravejando e sem o bronze dos escudos queima-nos vá para longe, volte-nos as costas, procure o leito imenso de Anfitrite ou as revoltas vagas do mar Trácio, pois o que a noite poupa o dia mata!”

Zeus pai, senhor dos fúlgidos relâmpagos, esmaga esse Ares com teus trovões!”

“O meu desejo, Apolo, é que dispares com teu arco dourado flechas rápidas, inevitáveis, para socorrer-nos, para nos proteger; o mesmo espero das tochas fulgurantes com que Ártemis percorre os montes lícios (...)”

Questão 06

 “Foi Apolo! Foi sim, meu amigo! Foi Apolo o autor de meus males, de meus males terríveis; foi ele! Mas fui eu quem vazou os meus olhos. Mais ninguém. Fui eu mesmo, o infeliz! Para que serviriam meus olhos quando nada me resta de bom para ver? Para que serviriam?”. Esse trecho me interessou pois demonstra a atitude de Édipo em relação ao acontecido, quando ele percebe que Jocasta havia suicidado, ele mesmo se cega, justificando que não há mais nada de bom para ver após a desgraça que cometera. Édipo se torna então cego, mas em “Édipo em Colono”, Édipo será capaz de enxergar coisas e fazer com que outros enxerguem por ele. Assim, ele se esvazia para então ser preenchido. Além disso, esse trecho exemplifica a famosa frase de Michael Foucault, “Édipo não se cegou por culpa, mas por excesso de informação”

...

Baixar como (para membros premium)  txt (10.7 Kb)   pdf (162.5 Kb)   docx (15.8 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com