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Mapas da Antiguidade: Projeção de Mercator

Por:   •  16/11/2018  •  Seminário  •  4.406 Palavras (18 Páginas)  •  220 Visualizações

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Universidade de São Paulo

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

Departamento de Geografia

Profª Fernanda Padovesi Fonseca

Trabalho escrito referente à Seminário de Cartografia – Mapas da Antiguidade

Projeção de Mercator (1569)

Aluizio de Barros Fagundes Jr.

Leonardo Silva

Pedro Favale

Thiago Lima

Ygor Scripnic

  1. Gerardo Mercator

         Gerardo Mercato, também conhecido pelo seu nome latinizado de Gerardus Mercator, o qual nascera Gerhard Kremer, filho de Hubert e Emerentia Kremer, foi um dos mais importantes cartógrafos de todos os tempos. Sua projeção, a “Projeção de Mercator” é utilizada até os dias de hoje na confecção dos mais variados mapas.

        Nascido no dia 5 de março de 1512 na região de Flandres, atual Bélgica, ou mais precisamente na região de Rupelmonde no município de Kruibeke, Mercator viveu até os 82 anos, vindo a falecer no dia 2 de dezembro de 1594 na região de Duisburgo, onde hoje é a Alemanha.

        Filho de lavradores, Gerhard não possuía grandes expectativas de estudo, ou de seguir uma carreira que não fosse a mesma de seus pais. No entanto, foi graças a um dos irmãos de seu pai, Gisbert, que a oportunidade de estudo surgiu para Mercator e seus irmãos. Gisbert,que era padre e havia sido educado na Universidade Católica da Lovaina, tinha a esperança de que um de seus sobrinhos seguissem carreira religiosa, e por conta disso decidiu que iria ser responsável pelo estudo deles.

        Após mostrar-se um aluno brilhante na escola, aprendendo conceitos da matemática, religião e Latim, Gerhard mostrava que poderia ter um brilhante futuro. Muito provavelmente foi por isso que seu tio, após a morte do pai de Gerhard quando este tinha apenas 14 anos impediu que este largasse de seus estudos para trabalhar.

        Após a morte de sua mãe em 1527, Gerhard abandonou seu nome de nascença e adotou o sobrenome de Mercator com o  qual ele passaria a ser conhecido pelo resto de sua vida.

        Em 1530 Mercator se matriculou na mesma Universidade que seu tio havia frequentado, a Universidade Católica da Lovaina, no curso de ciências humanas e filosofia. Apesar de ter se formado em apenas 2 anos, Mercator decidiu não seguir carreira acadêmica, pois naquele tempo ele encontrava dificuldade em conciliar os seu aprendizado sobre a origem do mundo (mais precisamente os ensinamentos de Aristóteles) com as definições bíblicas sobre este mesmo assunto.

        Enquanto passava por essa crise pessoal, tentando conciliar a ciência com a religião, Mercator passou a viajar pela Europa, o que provavelmente despertou nele o interesse pela Geografia e de como ele poderia contribuir na representação geográfica da terra com seus conhecimentos.

        Ao retornar à Universidade no ano de 1534, Mercator passou a interessar-se pela matemática como uma ferramenta a ser utilizada em seus trabalhos realizados na geografia. Sob a tutela de Gemma Frisius (outro importante cartógrafo da época), Mercator começou a desenvolver a sua formula matemática para a confecção de seu planisfério.

        Totalmente dedicado a Cartografia nesse momento da sua vida, Mercator passou a ganhar a vida confeccionando instrumentos matemáticos e também para navegação, alem de ministrar aulas de matemática na mesma universidade em que se formara. Nesse mesmo ano, Mercator confeccionou seu primeiro globo terrestre a pedido do Imperador Carlos I da Espanha. Mercator viria a produzir o seu primeiro mapa “solo” no ano de 1537, tal mapa que foi um da Palestina.

        A partir do ano de 1538, quando a projeção de Mercator já havia sido utilizada na confecção de um mapa mundi, a carreira de cartógrafo de Mercator passou a ganhar cada vez mais destaque. Não foi por menos que após 2 anos, os trabalhos de Mercator já estavam sendo novamente requisitados, dessa vez para a confecção de um mapa da região de Flandres, com grande conotação política.

        Em fevereiro 1544 Mercator foi preso pela Inquisição sob a acusação de heresia, tanto por conta de seus ideais protestantes quanto pelas recorrentes viagens que este realizava, mesmo que tais viajem ocorressem com o intuito de obter dados para os seus mapas. No mês de novembro do mesmo ano Mercator foi solto, no entanto sua carreira como cartógrafo havia sofrido um grande abalo.

        Os anos seguintes de sua vida foram ocupados na produção de mapas sob encomenda, na confecção de instrumentos para produção de mapas e também dando aulas na cidade Duisburg onde Mercartor vivia com sua esposa e filhos.

        No ano de 1569 Mercator produziu aquele que sem duvida foi o maior trabalho de sua vida. Um mapa mundi nomeado como “Mais nova e completa representação do mundo para o uso de navegadores” composto de 18 placas medindo 202 x 124 centímetros.

        Em dezembro de 1594 Mercator veio a falecer. Seus trabalhos que haviam ficado incompletos foram terminados e publicados pelo seu filho mais velho Rumold Mercator.

  1. A Idade Média e o Mapa Mercator de 1569

A idade média foi marcada por uma série de acontecimentos que resultou na transformação do mundo feudal para a era moderna. Fatos como as Cruzadas, o estabelecimento do comércio com as Índias, a peste negra / bubônica, os movimentos culturais e religiosos (humanismo / renascimento, protestantismo e contra reforma), a queda do Império Bizantino e a ascensão das grandes navegações são elementos que causaram desdobramentos sociais, políticos e econômicos. O objetivo aqui é tratar um pouco sobre cada uma dessas questões com a finalidade de conceber um embasamento um embasamento teórico de como se encontrava a Europa no século XVI, época da criação do Mapa de Mercator – 1569, bem como verificar a influência histórica, social e política sobre Mercator.

        A período histórico das cruzadas aconteceu entre os séculos XI e XIV (ano 1000 a 1300). Foram três séculos de luta e massacre humanos onde pessoas de todas as idades, inclusive crianças, perderam sua vida por uma causa “cristã” no qual o único beneficiado foi a igreja e os senhores feudais latifundiários. No começo do século XI, a Europa passava por uma calmaria econômica. Precisava-se criar um fluxo de mercadorias, inclusive repassar a colheita excedente dos suseranos. Outro aspecto foi a busca da igreja católica em querer expandir os seus domínios. Com a tomada de Jerusalém pelos Mulçumanos, os cristãos ficaram impedidos de realizar visitas à cidade santa. Assim, a igreja católica declarou guerra aos mulçumanos, dando início as Cruzadas.

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