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Resenha Urbe amazônica

Por:   •  18/6/2018  •  Resenha  •  2.202 Palavras (9 Páginas)  •  430 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

FACULDADE DE GEOGRAFIA E CARTOGRAFIA

DISCIPLINA: GEOGRAFIA DA AMAZÔNIA

PROF.ª . DRa. MARIA GORETTI TAVARES

RESENHA:

A partir das analises retiradas do Livro A Urbe Amazônida: a floresta e a cidade de Bertha Becker.

BELÉM/PA

2013

DISCENTES

MAYARA MARIANO – 11035001901

RODRIGO SARAIVA - 11035001501

RESENHA:

A partir das analises retiradas do Livro A Urbe Amazônida: a floresta e a cidade de Bertha Becker.

[pic 2]

BELÉM/PA

2013

REFERÊNCIA

BECKER, Bertha K. A Urbe Amazônida: a floresta e a cidade. Bertha K. Becker. 1. Ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2013, 88 p.

RESENHA

Primeiro Capítulo: Fundamentos da Análise.

Logo ao iniciar o livro a autora lança uma problemática na qual irá ser o seu ponto de partida para a discussão em seu livro, ela parte do seguinte questionamento: por que os núcleos urbanos não foram capazes de promover o desenvolvimento da região amazônica? Já que ela está diretamente ligada ao processo de colonização deste espaço. Posteriormente ela se propõe a analisar essa problemática em dois momentos, primeiramente analisando ele por meio da teoria da cidade como núcleo da expansão econômica e num segundo momento é fazer um levantamento histórico da origem das cidades na Amazônia, no qual irão possibilitar entender e relacionar os mais diferentes processos para o melhor entendimento sobre a região.

Para Becker é necessário partir da teoria de Jacobs para nos aprofundarmos numa discussão reflexiva e critica sobre a produção dos núcleos urbanos na Amazônia e sua incapacidade de promoção de desenvolvimento socioespacial na região. Para ela, as cidades são núcleos que expressam basicamente as mudanças e relações econômicas enquanto o papel regulador e coercitivo fica encarregado ao estado, pois são essas cidades que produzem as condições de se comercializar/ fazer/ produzir o que ira coloca-las em situação de dinâmica para a expansão econômica, pois as cidades são entidades históricas sociais criadas e efetivadas em geral por necessidades ou processos de ordens econômicas, como no caso dos comércios, porém o que irá ser um condicionante para a autora irá ser o trabalho, em geral o trabalho velho e o trabalho novo, pois ela parte disso para mostrar um dos motivos do não desenvolvimento regional por parte das urbes amazônicas, pois elas são grandes produtoras de trabalho velho, ou seja, podem produzir um crescimento econômico, mas não promover o desenvolvimento devido ao seu enrijecimento da produção e pouca diversificação nas estruturas, formas e complexidade das cidades da Amazônia. Já o trabalho vivo seria o elemento necessário para sair desse estado de inercia, pois ele é considerado o trabalho em desenvolvimento, ou seja, ele pode possibilitar além do eventual crescimento econômico, toda uma reestruturação nessas características e criar novas divisões do trabalho além da criação de novos mercados, por meio disso Becker vem nos mostrar o papel dos surtos econômicos dentro dessa logica de reprodução econômica que irá se materializar em forma de novas cidades, porém a autora ressalta que nem sempre o surto econômico conseguirá responder essas demandas, pois além dele há outros fatores articulados que podem ou não contribuir para a formação de um núcleo urbano dinâmico.

Becker também aponta para a necessidade de se realizar um dialogo das teorias de Jacobs com outros autores como Castells e Taylor. Esses dois em particular, pois nessa dinâmica eles irão propor uma proposta de analise no qual podemos identificar mais expressamente dentro da nossa região, é a analise das cidades atreladas ao estado, nesse contexto elas desenvolvem um papel de articuladoras do interesse do estado, seja eles: políticos, financeiros e/ou geográficos. Elas são cidades históricas geográficas que desenvolvem um papel importante como fluxos regionais. Esta outra visão está atrelada diretamente aos interesses do aparelho do estado e as dinâmicas do modo de produção capitalista, que são agentes transformadoras deste espaço segundo os seus interesses, nesse contexto no qual ele irá mostrar dentro dessa lógica quais são os interesses e de que forma é pensado o espaço para essas instituições, ela antes de qualquer coisa é: a natureza encarada como matéria prima para o capital.

 1.2 – A História: Origens da Urbe.

Nesse tópico a autora trata de mostrar que existiram diversos padrões de colonização na Amazônia ao invés de um único, também assinala que esses processos sempre foram ligados mais ao contexto internacional e a metrópole, ela também destaca o vazio demográfico que essa região experimentou por um longo período e seus rápidos surtos econômicos que eram seguidos por grandes períodos de estagnação, uma hipótese para o relativo atraso em relação às demais regiões da até então colônia do Brasil. Para Becker a região também é vista de forma diferenciada das demais partes do país, ela é considerado um espaço de fronteira, pois agrega um grande valor estratégico para a economia-mundo. É vista como alvo das investidas do capital como uma possibilidade de ação dessas instituições, também é vista como meio de controle politico pelo estado no processo de estruturação do território nacional, ela se apresentou como a região de novas possibilidades seja pela força do capital ou pela força de trabalho que irá ter um papel na apropriação territorial e na produção do espaço. Porém essa noção de Espaço de fronteira é construída externamente pela metrópole, sendo assim ela não consegue fazer uma leitura espacial dos atores sociais internos o que dificulta sua compreensão como região e sua articulação com o restante do território. Após isso ela irá fazer uma reflexão sobre os processos históricos e geográficos das cidades no desenvolvimento da Amazônia e vem se questionar se eles são fatores decisivos nesse processo.

Segundo Capitulo: Respondendo a questão Central.

Neste capitulo do livro a autora irá expor suas hipóteses e confirmar a teoria de Jacobs e mostrar os motivos que levaram as cidades da Amazônia a um relativo crescimento econômico, porém sem trazer um maior desenvolvimento para a região mesmo elas sendo possibilitadas de experimentar alguns surtos econômicos. Ela trabalha com a hipótese de que as cidades amazônicas não conseguiram ter o dinamismo necessário para se desenvolverem, pois o dinamismo é a condição básica para a expansão econômica, a partir disso ela define os três suas três hipóteses para o fracasso das urbes amazônicas.

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