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A Consequências da Colonização

Por:   •  16/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.337 Palavras (6 Páginas)  •  161 Visualizações

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    No século XV, Portugal e Espanha disputavam o poder político e tinham como objetivo a obtenção de riquezas e a expansão de seus domínios territoriais. Com a chegada de Cristóvão Colombo à América em 1492, essa competição ficou mais acirrada. Para evitar o aprofundamento dos conflitos, o papa Alexandre VI propôs um acordo, assinado em 1494, que ficou conhecido como Tratado de Tordesillhas.

    De acordo com esse tratado, as terras localizadas a oeste da linha de Tordesilhas poderiam ser exploradas pela Espanha e as terras a leste por Portugal.

     Portugal e Espanha organizaram então novas expedições para conquistar essas terras. Em 1500, uma expedição portuguesa sob o comando de Pedro Álvares Cabral aportou nas terras que hoje correspondem ao Brasil.

    Após o desembarque de Cabral, várias expedições portuguesas estiveram nas terras recém-conquistadas somente para explorar o pau-brasil, cuja resina os portugueses vendiam na Europa.

    O rei de Portugal, com medo das invasões de outros povos, principalmente os franceses, resolveu incentivar a ocupação e o povoamento de novas terras. Era o início da colonização.

     Os portugueses, ao chegarem às terras que hoje pertencem ao Brasil, começaram por instalar-se no litoral. Cerca de trinta anos depois, dom João III, rei de Portugal, decidiu que a melhor forma de ocupar a região seria por meio de sua divisão em grandes faixas de terra, as capitanias hereditárias. Cada capitania teria um donatário, que seria responsável por seu povoamento e usaria os próprios recursos para promover seu desenvolvimento. Somente as capitanias de São Vicente e de Pernambuco prosperaram. Nessas capitanias, os donatários exploraram a mão-de-obra de grupos indígenas e deram início ao plantio de cana-de açucar. Na capitania de Pernambuco, particularmente, as condições de clima e solo eram muito favoráveis a essa cultura. Logo surgiram engenhos de açucar em Pernambuco, em São Vicente e também na Bahia.

     Entre suas funções, os donatários tinham o poder de doar grandes terras em suas capitanias. Essas propriedades eram chamadas de sesmarias. Elas eram doadas a portugueses ricos, que tinham recursos para explorar e cultivar as terras. Porém quem trabalhavam eram os indígenas primeiramente. A doação de sesmarias foi um aspecto importante, porque permitiu a formação de latifúndios. Houve na Colônia imensas sesmarias, de limites mal definidos e que, normalmente, não eram usadas para o cultivo. A estrutura que se tem atualmente é originária desse período. E até hoje existe uma grande concentração de terras improdutivas nas mão de poucas pessoas.                                                                                  

      A maioria das capitanias foi um fracasso. Então dom João VIII decidiu nomear um governador-geral, Tomé de Souza, a quem os donatários passaram a prestar contas. Os investimentos na colônia passaram a ser feitos pelo governo de Portugal.

Foi através do sistema colonial que o comércio e a navegação se desenvolveram. As colônias proporcionaram comércio às manufaturas. Mas o hoje é reflexo do ontem, a distribuição de rendas no Brasil é totalmente desigual e o desenvolvimento econômico do país foi totalmente afetado porque tudo que era plantado, era exportado e , então, o Brasil não foi se desenvolvendo como um país autônomo, mas como um país dependente.

    Além de muitas pessoas que vieram da Europa na esperança de encontrar riquezas, vieram também os Jesuítas junto com Tomé de Souza. Na sociedade imaginada pelos Jesuítas, os indígenas, embora não fossem escravos, também não seriam totalmente livres: deveriam obedecer aos padres, seguir uma moral rígida e abandonar muitos de seus costumes e tradições. Em troca da proteção dos Jesuítas contra a escravidão, os indígenas tinham de abandonar certos hábitos considerados inaceitáveis pelos padres. A partir disso já se pode observar a implantação da cultura portuguesa no país. O catolicismo que era arraigado em Portugal, estava sendo disseminado aqui através da catequização dos povos originários.

    Como os indígenas estavam sendo protegidos pelos padres jesuítas e os traficantes de africanos capturados estavam oferencendo-os aos portugueses que tinham terras na colônia, não foi difícil substituição para os trabalhos nas capitanias.

       Os africanos eram trazidos à força ao Brasil em embarcações conhecidas como navios negreiros. A viagem durava mais de um mês, a alimentação e as condições de higiene eram péssimas. Muitos escravos morriam durante a viagem. Os que sobreviviam chegavam aos portos brasileiros bastante enfraquecidos e eram vendidos como mercadorias.

       As melhores terras para o plantio da cana-de-açucar eram as do Nordeste e as do Sudeste do Brasil, regiões nas quais foram instalados os primeiros engenhos e para onde foram levados os africanos escravizados. O fato de as escravas africanas terem sido responsáveis pela cozinha dos engenhos,casas-grandes e fazendas propiciou a difusão da influência africana na alimentação que temos até hoje. São exemplos culinários da influência africana o vatapá, acarajé, pamonha, mugunzá, caruru e também a feijoada, mas a feijoada foi originada das senzalas, era feita das sobras de carnes que os senhores de engenhos não comiam.

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