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AS RELAÇÕES ENTRE IDENTIDADE NACIONAL, CULTURA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO NO GOVERNO VARGAS (1930-1945)

Por:   •  23/9/2022  •  Relatório de pesquisa  •  2.784 Palavras (12 Páginas)  •  89 Visualizações

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           UNIVERSIDADE DO NORTE DO PARANÁ

[pic 1][pic 2]                  LICENCIATURA EM HISTÓRIA

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................3

DESENVOLVIMENTO................................................................................................4

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................9

REFERÊNCIAS.........................................................................................................10

INTRODUÇÃO

O presente trabalho reflete observações e reflexões sobre a construção da identidade nacional na Era Vargas (1930-1945). O uso político da memória coletiva pelo governo Vargas para a realização de seu programa político no sentido de conduzir o povo brasileiro no caminho da ordem e progresso. Solidificados através de elementos de uma política de formação cultural e sentimento de pertencimento à nação. De acordo com Mirabeau (1989, p.15), “é necessário fazer com que o povo ame nosso projeto político e social, é necessário apoderar-se da imaginação do povo”. O imaginário de um povo constituído na crença de certas tradições com a finalidade de impor novas práticas ou legitimar tradições existentes por meio de sentimentos de pertencimento a uma nação. O governo Vargas usou os elementos do imaginário popular para respaldar o seu projeto de um novo Estado.

O período de 1930 a 1945 é apontado pela reconstrução e popularização de uma identidade nacional brasileira. Importantes mudanças ocorreram na estrutura educacional do país em decorrência das ações adotadas pelo Ministério da Educação e Saúde. Através da reforma Francisco Campos como na reforma empreendida por Gustavo Capanema, proporcionadas através da Constituição Federal de 1934. O caráter político-ideológico da educação possuía vigorosos princípios em sua conduta governamental para servir ao Estado na tarefa de dirigir o povo brasileiro na linha da ordem, representado por meio de rituais cívicos, imagens, heróis e símbolos nacionais.  Assim o período que começa na Era Vargas foi fundamental para a implantação de uma nova ideologia educacional, que coloca a escola como a principal via na construção de uma identidade cultural do povo brasileiro.

AS RELAÇÕES ENTRE IDENTIDADE NACIONAL, CULTURA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO NO GOVERNO VARGAS (1930-1945)

No Brasil, o Estado na Era Vargas foi o agente promotor da elaboração da identidade nacional do povo brasileiro. Que contou com a participação de inúmeros intelectuais da época em prol da unidade do povo brasileiro. O popular, conforme Hanna (2003) “passa a ser a medida das coisas e a mestiçagem perde seu estigma, ganhando ares de positividade”. O Estado teve papel fundamental neste processo de construção da identidade nacional explorando questões da cultura popular, como na criação de heróis nacionais como Tiradentes e Duque de Caxias. Passando para o fortalecimento de símbolos como a bandeira e escudo nacional, bem como o enaltecimento de costumes, edificações, música/samba e esporte/futebol.  

São formuladas no Estado Novo as políticas culturais de preservação de nosso patrimônio histórico material e imaterial. Durante a era Vargas foram lançadas inúmeras ferramentas de educação coletiva com o desejo de lançar a educação de bons hábitos. Que são promovidos através da educação. A cultura popular simbolizando a nação, como exalta Velloso.

Nessa reconceituação do popular há um elemento novo: a positividade. De modo geral, o nosso pensamento político vinha localizando no povo as raízes da problemática nacional e do nosso descompasso. Assim, as origens raciais, o caráter inato eram ideias recorrentes, através das quais as elites procuravam justificar a defasagem do Brasil em relação aos centros hegemônicos europeus. Essa visão ideológica começaria a ser reformulada no fim da década de 1910, mais precisamente em 1918. A tese da saúde pública, apontando a doença e o analfabetismo como fatores responsáveis pelo atraso, viria então isentar a figura do jeca-tatu dos males do Brasil (VELLOSO, 2013, p. 173).

No ano de 1937 através do Decreto nº 25 foi criado o Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). Projeto idealizado pelo escritor Mario de Andrade cujo teor previa a divulgação do patrimônio histórico e artístico nacional e a sua transformação em elemento inteligível para ser difundido na mentalidade do povo brasileiro. Também é destacada a atuação de museus nacionais no processo de difusão do patrimônio nacional. Com a criação de museus responsáveis para a divulgação os bens culturais que já estão sob a chancela de proteção do Estado. Dentro dos objetivos do SPHAN, estaria o de determinar os bens tombados, conservar, defender e enriquecer o patrimônio brasileiro.

Segundo Nogueira (2005),

Nota-se que o caráter pedagógico do departamento, “educação totalizadora de sua gente”, centralizava as ações da Divisão de Educação e Recreio a partir de suas frentes que tinham como foco a criança. A prática da educação infantil e a diversão pública. Nos dois casos a preocupação constante era moldar os filhos dos proletários da cidade (migrante e imigrante) de acordo com o “controle dos poderes públicos” para a constituição de uma sociedade moderna e civilizadora [...] Também a preocupação com a construção de uma identidade paulista e brasileira justifica a direção dessas ações. A pluralidade de etnias e suas respectivas identidades, ameaçava o projeto homogenizador da elite dirigente, por isso era necessário resgatar e reinventar práticas culturais populares que estava-se perdendo nessa amálgama cultural da cidade. Somente a partir de festas e brinquedos tradicionais essa população poderia ser incorporada no projeto nacional dos intelectuais do Departamento (NOGUEIRA. 2005 p. 214).

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