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Formas e Funções do Conhecimento Histórico.

Por:   •  12/9/2016  •  Resenha  •  1.386 Palavras (6 Páginas)  •  906 Visualizações

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Resenha: RÜSEN, Jörn. História Viva: teoria da história lll: formas e funções do conhecimento histórico. Tradução de Estevão de Resende Martins. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2007.

Ketlin dos Santos¹

Capitulo 2

Didática – Funções do saber histórico

A Didática teve um espaço um pouco prestigiado nesse nosso meio. Como já comentou Rüsen, a Ciência da História se concentra no desenvolvimento das questões intrínsecas ao processo de investigação do passado, para ele um dos principais princípios da Didática da História é o de ordem teórica, ou seja, discussões sobre o ensino de história. Tal alternativa alimentou uma separação entre o âmbito da Pesquisa em História e do Ensino de História. No meu ponto de vista e segundo o texto a Didática trata de como a História é repassada dentro dos espaços sociais que vão além do limite da escola, investigando o passado e como esse passado é usado como referencia na construção de identidade. Ela passa a tomar um ambiente que há muito tempo orienta a produção do saber histórico. Ela tem uma determinada contribuição dentro do campo educacional, que nenhuma outra disciplina poderá tomar o seu lugar e cumprir, ela se aproxima de outras teorias, eu disse aproxima-se, não se iguala, a fim de explicar as relações entre os eventos que estuda, pois a função da ‘’teoria’’ é a explicação. Não se pode pensar que o conhecimento sobre o passado se faz necessário pela sua mera vivência. Na medida em que o passado é investigado somo levados por acontecimentos do presente e pelo fundamental empenho em transmitir, do melhor jeito possível esse saber, que é capaz de orientar o presente e permitir novas projeções. A Didática da História tem procurado se afirmar nos princípios da diversidade e da pluralidade cultural. As novas orientações curriculares de cunho nacional afirmam estes princípios em todo o ensino básico, nas mais diversas áreas, somando-se ao discurso da cidadania e da formação para o trabalho.

Ensino de história, para mim, esse é o ponto de partida pra discutir um pouco sobre a formação da consciência histórica, que a meu ver, segundo as leituras feitas em Rüsen, é um modo especifico de orientação nas situações reais do dia a dia, que tem como função especifica ajudar-nos a entender melhor a realidade passada para compreendermos a realidade atual, o presente. Pensar historicamente é pensar na formação da consciência histórica, integrada diretamente a ‘’práxis social’’, pensamento associado já a problemática de ensinar história as próximas gerações. Ao ensino de história compete a responsabilidade de uma formação histórica do sujeito. O ensino se integra a uma dimensão do saber histórico responsável pelo inicio de organizações sociais, culturais, políticas e econômicas contemporâneas. Ela trata do passado como uma experiência, adaptando os valores morais a um corpo temporal, transformando os valores em ‘’totalidades temporais’’, recuperando toda a historicidade dos valores e a probabilidade dos sujeitos problematizarem a si mesmos, procurando as respostas entre o passado, o presente e o futuro. Dar uma função prática a identidade dos ‘’sujeitos’’, fornecendo em sua realidade vivida uma dimensão temporal, uma orientação, um guia de ação, de propósito, por meio do intermédio da memoria histórica. No ponto de vista de Rüsen, a formação histórica se organiza devido a memória social, em múltiplos campos da vida social do sujeito, assim como se estabelece institucionalmente, através da escola, do  conhecimento científico e de outros lugares sociais. Ratifica-se a ideia de que o saber histórico adquire sua função prática falando sobre distintos níveis dos conhecimentos do indivíduo, na medida em que a formação histórica do sujeito vem não apenas dos lugares em que são próprios para adquirirem conhecimentos, mas também das experiências diárias. A história científica adota um sentido pratico formativo por meio do saber histórico que age no ambiente das experiências escolares, na luta para a superação de entendimentos parciais em busca de princípios e valores universalistas.

A formação histórica acrescenta saberes, subjetividades e a práxis social, determina uma experiência de prática do aprendizado que aprecie o sujeito como o objeto principal na construção do seu próprio conhecimento. O aprendizado leva a uma grande dimensão de experiência humana, e deixa para que o sujeito decida se quer ou não se confrontar com novas experiências. Na formação histórica, incluímos a dimensão da experiência à competência de interpretação. Aprendizado é interpretação. Ele é o aumento da capacidade interpretativa do sujeito no processo histórico. O sujeito conclui o pensamento histórico quando é capaz de interpretar os tempos históricos em circulação, os modelos históricos em desenvolvimento e distinção. Interpretar é uma capacidade reflexiva da formação histórica. Finalmente, a experiência e a interpretação dos sujeitos, no aprendizado que os conduzem a ação.

A reunião deste conjunto de dimensões do aprendizado constitui algo  sólido formação histórica, feitas a partir do penar histórico. Essas dimensões  juntam a capacidade do saber histórico, e as levam para a ação. Deste modo, o pensamento histórico  firma-se sobre as experiências onde o ensino da historia se fixa como papel central. Isto nos leva à problemática dos conteúdos e diretrizes do ensino de história na construção de princípios ligados à consciência histórica responsável pela orientação de ações práticas do individuo. Assim, reafirmamos o papel do pensar histórico na construção das identidades sociais, o papel da consciência histórica como consciência construída na diversidade dos “modos de ser” humanos e o papel do pensar histórico na práxis social. Sobre a formação do professor de história podemos afirmar que a necessidade do pensar histórico não se esgota no processo formativo do professor como sujeito. A construção da consciência do pensar histórico não se limita a formação do profissional pura e simplesmente, preocupado com a pesquisa e com os preceitos da forma  historiográfica. A formação histórica transcende (deve transcender) as preocupações com as estruturas científicas das especialidades históricas em direção a construção da consciência das funções da história na escola e outras instituições educacionais. Há que se construir, discutir e refletir, na formação de professores de história, princípios do pensar histórico e da história como ciência de for-ma conectada com a funcionalidade da história e do passado social. O processo de formação de professores de história, cada vez mais, deve se preocupar em articular: as dimensões do pensar histórico e a formação da consciência histórica ligada à práxis social, aos elementos da didática da história (didática esta tratada como forma desconstruir o pensamento histórico), a formação histórica nada mais é do que uma capacidade de aprendizado especialmente desenvolvida’’ [pag 104]

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