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OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO PRÁTICA NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Por:   •  19/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  8.128 Palavras (33 Páginas)  •  221 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

História

JEAN OTONI FIGUEIREDO

ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II –

7º SEMESTRES (RECUPERAÇÃO) – OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO PRÁTICA NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

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Araçuai

2017

JEAN OTONI FIGUEIREDO

ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II –

7º SEMESTRES (RECUPERAÇÃO) – OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO PRÁTICA NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho apresentado ao Curso de História da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina  Estágio Curricular Obrigatório II –7º Semestres(Recuperação ) -150 horas.

Tutor eletrônico: Fernando César Gouveia

Tutor de sala:Sanzio de Carvalho e Silva

Pólo de Apoio Presencial:Araçuai

Araçuaí

2017

Leitura dos Artigos e/ou Livros.

História e Memória

Ainda que possam ser tomadas como categorias fortemente vinculadas, pois segundo a mitologia grega a história (Clio) era filha da memória (mnemosine), mas cada uma diz respeito a processos da cultura com distinções e especificidades importantes; ambas são importantes componentes do saber histórico escolar e ambas possuem lugar na matriz disciplinar da história.

Alguns autores nos têm levado a pensar na memória como um fenômeno político e social, através da obra da releitura da obra benjaminiana pode se ver além da deia de crise das tradições, como a memória projeta-se com força propulsora para o sentido da construção de sentidos de continuidade de vida, pois segundo George Orwell (1979) “quem controla o futuro e quem controla o presente, controla o passado”, ou seja, a memória segue sendo um tema central ao atendimento da sociedade e da política.

A memória está entranhada por toda parte em nossa vida cotidiana, Biografias se convertem em Best-sellers por todo mundo, lembrancinhas e presentinhos para demarcar datas especiais se converteram em mercadorias padronizadas, recebemos diariamente propagandas voltadas para ofertas de revelações de fotos, filmagens, dentre outros, portanto damo-nos conta de que o consumo da memória ter se convertido em uma nova mercadoria na contemporaneidade.

Segundo Andreas Huyssen (2000) esse fascínio pela memória denominado por Ele de “sedução pela Memória” revela um movimento contemporâneo nas sociedades ocidentais, de interesse pelo registro e pela preservação das lembranças, essa prática está relacionada aos processos de aceleração do tempo e da História, nossa forma de se relacionar como tempo mudou significativamente. Essa mudança está vinculada ao declínio da visão celeológica da historia., na qual o futuro se abria caminhos previsíveis, o que segundo Nora (1993) hoje as projeções de futuro estão fortemente vinculadas a um desejo de memória e resvalam numa produção excessiva, chamada por ele de lugares de memórias.Diante da possibilidade de esquecimento disseminada em uma sociedade que produz diariamente  montanhas de informações, o que nos leva a produzir cada vez mais recursos de memória, são frequentes os movimentos de determinado grupos sociais mobilizando discursos de memória, antes esquecidos ou silenciados no tempo, a fim de reivindicar seu lugar no mundo como sujeitos na história.

Dessa forma quando falamos dos usos e abusos da memória no mundo contemporâneo, faz sentido pensar nas considerações de Sônia Meneses Silva que inspirando- seem Pierre Nora, nos propõem que a memória produzida hoje é bem diferente da memória gestual, intuitiva, transmitida entre silêncios e saberes reflexos ela é sobretudo memória vivida como um dever e não mais espontânea ( Silva, 2009 pag. 234).

Nora (1993) afirma que a memória se tornou na contemporaneidade, “historicizada”, ou seja, tudo que ganhou status de memória não mais se constitui como tal, pois sua legitimação não se da de forma espontânea, por exemplo, a multiplicação de museus e discursos patrimoniais institui que cabe aos grupos sociais preservar tais memórias ali selecionadas, sem que isso implique sua vontade genuína. Dessa forma a memória quando e historializada, deixa de ser pratica e torna-se dever social, o dever de nada esquecer!

Ao Passo que a Historia nada mais é do que uma representação imperfeita, porque é parcial, do passado, constitui-se como operação critica da memória, cheia de intencionalidade e distancias já que seu encontro com o passado é mediado por rastros, vestígios e silêncios. Nora sintetiza que a memória é o absoluto e a historia só conhece o relativo. A memória ao se projetar Omo saber especifico e, portanto, distinto do campo da historia a tarefa perdeu significativamente seu espaço discursivo no interior o saber escolar. È como se coubesse a História a tarefa de destituir a memória de seu lugar de certezas, restringindo a aula de Historia a um discurso historiográfico desprovido de bases que torne plausível. O desafio interposto ao ensino de historia consiste em aprofundar o caminho de diálogos possíveis entre os dois campos de saber a fim de promover uma educação que evidencie as operações da memória como elementos potentes para formação do saber histórico.

      Então se História e memória não são sinônimos, o que é História e o que é memória? O que as difere o que as aproxima? Uma prescinde da outra para poder existir? Ivo Mattozzi nos fala que “na historiografia ocidental se encontra a vontade de usar a memória para fazer dela outra coisa que tomou o nome de História” (2008, pag. 10). Entretanto, lembraro passado e escrever sobre ele não são a mesma coisa. Ainda assim, após séculos de discussões, a historiografia nos apresenta que os debates em torno da mnemosine e Clio são ambíguos, fluidos e estão longe de serem resolvidos.

.Análise do Texto dos Parâmetros Curriculares Nacionais Para o Ensino Fundamental.

PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais.

Implantado em 1997, também nos respondem. Em primeiro lugar, deve se registrar que eles oficializaram em âmbito nacional a separação das disciplinas “História e Geografia” nos anos iniciais do ensino fundamental. Após anos de lutas e críticas à sua fusão, predominante nos currículos escolares durante e após o governo da ditadura civil-militar (é ressaltar que fusão é anterior a 1964). Essa mudança curricular já havia sido realizada em alguns estados da Federação como Minas Gerais e São Paulo no movimento de reforma curricular da década de 1980. A estrutura do Ensino Fundamental definida pelos PCNs, em 1997 pôs fim aos estudos sociais como componentes curriculares fossem como área ou como disciplinas. Em relação ás intencionalidades educativas, ao papel e a importância da disciplina, o documento em consonância com o movimento acadêmico e político reforçou o caráter formativo da História na constituição da identidade, da cidadania, do reconhecimento do outro, do respeito a pluralidade cultural e da defesa do fortalecimento da democracia. Para os quatro anos iniciais do Ensino Fundamental, o estudo de dois eixos temáticos: História local e do cotidiano, Subdivididas em localidades e comunidades indígenas, História das organizações populacionais, Subdivididas em: Deslocamento populacional, organizações de lutas de grupos sociais e étnicos, e organização histórica e temporal.

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