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OS GRUPOS DE MULHERES NO ESTADO DA PARAÍBA NA CONJUNTURA DE NOVOS ESPAÇOS: Um Estudo De Caso

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Por:   •  11/11/2014  •  1.362 Palavras (6 Páginas)  •  437 Visualizações

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O texto vai discutir sobre os movimentos feministas na América Latina, no Brasil e na Paraíba, como foi que surgiu e a sua trajetória até os dias atuais, apontando suas contribuições para a criação de novos espaços na sociedade civil. Será introduzido também sobre o problema da desigualdade entre homens e mulheres, visto que é proporcional ao nível de pobreza do país, além dos problemas relacionados a preconceitos, machismo e ao controvertido papel da Igreja Católica. Visto também que os movimentos feministas modernos tem como marco o ano de 1975 (Ano Internacional da Mulher).

De acordo com a evolução histórica do movimento feminista na Paraíba, dentro do contexto nacional, os Ireland e Abath vão abordar um pouco sobre a história do feminismo, primeiramente trazendo o que Miller divide em dois períodos denominados de “onda”. A primeira “onda” culmina no início da década de 1920 enquanto a segunda “onda” destaca-se a Década da Mulher (1976-1985), porém o autor Miller não delimita claramente o período em que as “ondas” ocorreram, mas supõe que esses períodos não foram contínuos.

Já Alvarez, argumenta que o movimento organizado de mulheres na América Latina não é tão recente, tendo apoio dos governos que incluíram algumas das reivindicações progressistas de mulheres na legislação referente a 1930 e 1940, no entanto, vale salientar que esta inclusão foi mais uma tentativa de manipulação política para obter apoio das mulheres, pois as leis permaneceram longo tempo no papel sem afetar a vida da maioria das mulheres.

No Brasil, de acordo com Shumaher, não há um único feminismo, e tampouco uma única história. a partir da expansão dos movimento sentiu-se a necessidade de organizar encontros nacionais. Esses encontros tinham a finalidade de trocar ideias, de se conhecer, de se ter informações do que estava sendo feito em prol do desenvolvimento da mulher na sociedade. O 12º Encontro Nacional Feminista, em 1997, contou com a participação de 100 mulheres, bastante heterogêneas, e que ocorreu um levantamento do movimento das mulheres no Brasil, quando as participantes reconheceram o ano de 1975 como marco inicial do movimento feminista contemporâneo no País.

O 1º Encontro Feminista, em 1980, foi um encontro espontâneo, pois não instituiu representatividade, mas que se formaram grupos pioneiros do feminismo no Brasil, formados por mulheres interessadas em descobrir as raízes dos seus problemas individuais, responsáveis pela segregação e discriminação da mulher. No entanto, a publicação “Porque trabalhar com Mulheres” (OFXFAM, 1990) reporta como sendo o 1º Encontro Nacional Feminista, o realizado em 1979, durante a reunião do SBPC, ocorrida em Fortaleza. Esta discordância pode ser explicada pela ausência de um tipo de convocação prévia e especifica condição básica para a realização de um evento.

A partir do 2º Encontro, em 1981, torna-se comum a escolha de temas específicos para cada encontro e convocação prévia a grupos e/ou pessoas no evento. No 3º Encontro Nacional, no ano de 1982, começa a emergir a questão da saúde com maior visibilidade, ao mesmo tempo em que são criados Os Conselhos Estaduais de Condição Feminina, desta forma, as reivindicações de um espaço específico para as mulheres na estrutura do Estado.

O 4º Encontro, em 1983, resultou na criação de organizações de pessoas e/ou entidades em vários locais, com interesse comum às questões da mulher. Em 1984, o 5º Encontro não tem informação de destaque. O 6º Encontro, em 1985, Este Encontro tornou-se

muito importante porque todas as mulheres que tinham história participativa e visibilidade no movimento de mulheres estavam presentes, com o objetivo de ampliar a discurso sobre os direitos da mulher. Entretanto, a discurso centralizou-se em torno da criação do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) As participantes do Encontro se dividiram em duas correntes, uma favorável à criação do Conselho e outra contra a inserção do movimento no poder público, sendo esta última corrente representada por mulheres ligadas a partidos políticos. Esse Encontro foi caracterizado pela anarquia.

O 7º Encontro Nacional foi realizado em 1986, e o 8º Encontro um ano depois. As discussões centrais giraram em torno de trabalhadoras rurais, trabalhadoras domésticas, racismo e prostitutas. Já o 9º Encontro inseriu em sua programação vários temas (um tema por dia) distribuídos em 82 oficinas. Essas oficinas representaram uma revolução na metodologia de realização de encontros no Brasil, baseado na Educação Popular de Paulo Freire. Em 1990 o Encontro teve grande participação das trabalhadoras rurais.

O 12º Encontro, em 1997, teve a participação de centenas de mulheres, de diferentes ideologias, classes sociais, religiões, idades, raças, sexualidade, provenientes de cada um dos estados do País. Foram realizadas 60 oficinas, sendo pioneiro quanto à participação das mulheres negras.

Assim, pode ser compreendido pelos autores que a realização de encontros nacionais de mulheres tem contribuído para o evolução do feminismo no Brasil em vários aspectos, tais como: definição de temáticas; produção de metodologia feminista; surgimento de novos grupos; integração de raças e proporcionando, e também, a visibilidade ao movimento. Também é discutido os encontros internacionais, em que as discussões não são destacadas

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