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Resenha - Deuses do México Indigena

Por:   •  15/10/2017  •  Resenha  •  2.016 Palavras (9 Páginas)  •  380 Visualizações

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[pic 1]  Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Graduação: História Bacharelado Noturno

Matéria: História Americana antes da Conquista Europeia

Professor: Fernando Torres-Londoño

Aluno: Matheus Alves Batista

[pic 2]

Resenha: Deuses do México indígena – Capitulo 1 – Pag. 37-104

DOS SANTOS, Eduardo Natalino, 2002

 São Paulo, 4 de Abril, 2017

                              Introdução

                                       

  Eduardo Natalino dos Santos, professor da USP, é bacharel e licenciado em historia pela USP. Seu mestrado abordou sobre os povos pré-colombianos da América central e México, com a tese “Deuses do México Indígena”. A resenha trata-se do primeiro capitulo de sua tese.

               Sobre o capitulo...

 Eduardo Natalino Dos Santos aborda neste primeiro capitulo a trajetória das populações indígenas antes da chegada dos europeus. Logo no primeiro capitulo, o autor nos apresenta a cidade de Tenochtitlan, a partir do ponto de vista dos primeiros espanhóis a pisarem na terra recém-descoberta. Afirmando ser uma civilização recente, mas que se desenvolveu ao longo de 3000 mil anos, o autor explica que os missionários espanhóis que planejavam converter aquele povo encontraram dificuldades para seu oficio, visto que a comunicação era difícil por conta da língua diferente e um sistema de escrita pictográfico.

 Além disso, como o próprio Eduardo Natalino afirma “os missionários instalados na Nova Espanha (...) estavam lidando com convicções muito antigas e que se encontravam disseminadas por uma enorme região” (Natalino, 2002, pag. 39). Isto é, os missionários teriam que tentar converter uma população com uma cultura muito antiga e enraizada por um vasto território, sendo que já não conheciam a língua e a escrita local. Além disso, os colonizadores perceberam que não lidavam com pessoas rústicas, mas com populações civilizadas e com características culturais em comum, e para conseguir compreender e cristianizar essa sociedade, seria necessário conhecer seus deuses que surgiram de longo processo histórico e cultural.

 “Sei que, num primeiro momento, o leitor poderá ter alguma dificuldade com tantas datas e nomes estranhos que serão citados” diz Eduardo, nos dizendo que nós, ocidentais, temos uma visão sobre os indígenas como sociedades selvagens, ligadas com a natureza, sem a compreensão de que cada povo possuía culturas, sistemas civis desenvolvidos dependendo da região, como é o caso da Nova Espanha. É valido citar que a visão do colonizador seria a de ele era um “salvador”, trazendo a “luz” da sociedade europeia e a cristandade para essas pessoas.

 A região da Mesoamérica, termo criado por Paul Kirchhhoff em 1943, após estudar outras autoridades no assunto, engloba todas as civilizações das regiões do México e América Central, que possuíam muitas características em comum, unindo-os culturalmente. Alguns exemplos práticos são instrumentos de plantio feito com madeira de ponta afiada e endurecida com fogo, o cultivo do milho e cacau; práticas religiosas ligadas aos sacrifícios humanos e autoflagelação entre outros. Puxando para um campo cosmológico, essas tribos compartilhavam uma crença de uma dualidade que criou tudo que existe, e que deve ser alimentada por sangue humano para que o universo continue existindo.

 Logo em seguida, o autor aborda sobre a antiguidade da historia americana, usando de exemplo a descoberta de arqueólogos brasileiros de objetos com datação de aproximadamente 30.000 anos; a reconstrução facial do crânio de Luzia, com traços mais próximos das populações africanas e aborígenes do que dos nativos americanos e os estudos no Peru sobre as cidades que datam por volta de 2.600 a.C. Essas evidencias levaram a uma nova base de estudos, que mostram que o homem já estava presente na América a mais tempo do que se acreditava, cerca de 4o.000 anos, vindos da Ásia pelo estreito de Bering.

 Eduardo também diz que “Na região da Mesoamérica, os vestígios humanos mais antigos remontam a 10000 a.C. 6 , embora vestígios não humanos - como artefatos de pedra associados a fósseis animais - sugiram uma presença que date de pelo menos 33000 a.C.” (Santos, 2002, pag. 44), querendo dizer que essas populações viviam de caça, deduzindo-se então viveram como nômades por muito tempo. Ao longo dos séculos desenvolveram-se objetos mais reninados, “dentre os quais se destacam as pontas de lança, as facas, as lâminas e os raspadores” (Santos, 2002, pag. 46), mostrando um possível desenvolvimento na sociedade desses povos, porém desconhecida, afirma o autor.

 Através de achados arqueológicos, acredita-se que a agricultura se iniciou na região da Mesoamérica por volta do quinto milênio a.C. Os principais produtos eram a abóbora, pimenta malagueta, feijão e o milho, levando a “um processo de transição entre a simples apropriação do que a natureza oferecia e a produção sistematizada” (Santos, 2002, pag. 47) que acarretou no modo de vida e crenças dessas populações, como entidades e explicações para a origem da vida ligadas ao milho. O autor cita como exemplo uma crença maia de que o mundo começara aproximadamente em 3113 a.C., próximo ao inicio da agricultura nessas regiões.

 Com a prática da agricultura, ocorreu um aumento da população, acompanhado de novas técnicas “de armazenamento e transformação dos alimentos” (Santos, 2002, pag. 49), como cerâmicas, usadas tanto na pratica de armazenar e cozinhar alimentos colhidos, as pedras de moer grãos de milho, levando a sedentarização desses povos, seguida de uma urbanização por volta de 1300 a.C., nas regiões de Tabasco e Veracruz, no México, chamada na época de Olman, terra dos olmecas.

 Essa tribo, a partir de seu processo de urbanização, desenvolveu práticas de comércio, ritos funerários, artesanato e sua religião, ligada a sacrifícios humanos. O autor afirma que essa cultura se difundiu para as regiões vizinhas, e o período ficou conhecido como Pré-clássico, entre 1500 a.C. e 200 a.C. Através dessa difusão, centros urbanos e cerimoniais surgiram nas regiões vizinhas, sendo uma das que mais chamam atenção a cidade de Teotihuacan, a cidade dos deuses, construída no Altiplano central do México, que servia para como enterramentos funerários, por exemplo. Sua importância na historia se deve a tradição oral vinda das lendas e códices, que registram as migrações dos primeiros povos que vieram a habitar essa região.

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