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A LITERATURA INFANTO JUVENIL

Por:   •  11/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  7.738 Palavras (31 Páginas)  •  440 Visualizações

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A função da literatura

Literatura infanto-juvenil é um termo moderno dado a toda e qualquer forma de literatura. Levando em conta que o termo refere-se a crianças e jovens, temos em mente que estes são seres em formação e que necessitam da literatura pra sua informação e formação.

Hoje um jovem de treze anos já é considerado um leitor crítico, sendo que este, já passou desde seu nascimento, por vários processos de leitura até chegar a sua formação crítica. Por exemplo, hoje qualquer livro antes considerado literatura adulta, pode ser lido por qualquer jovem, desde que ele possua maturidade para tal leitura, já que espera-se que a partir dos treze anos ele já tenha obtido um senso critico, por este motivo a literatura infanto-juvenil é toda e qualquer tipo de leitura que informe e instrua, atingindo a autoformação do leitor.

A realidade do nosso país está um pouco distante do que se espera em relação aos leitores, infelizmente em um país com um baixo índice de leitura é difícil fazer a criança e o jovem tomarem gosto pela leitura. A maioria das crianças chegam nas escolas desinteressadas pela leitura, o que atrapalha bastante o processo de formação crítica do futuro jovem. Mesmo assim o papel principal dos professores de Língua Portuguesa ainda é o estimulo da leitura principalmente quando esta encontra-se contextualizada com a realidade das crianças e jovens. A prática da leitura é importantíssima para a autoformação dos jovens, a construção dos seus próprios conceitos morais, sociais e culturais para a transformação da sua realidade.

A literatura, manifestação cultural vivenciada através da escrita, acima de tudo, tem a principal função de autoconhecimento.

Conto: simples forma de expressão

Os contos são histórias simples com pequenos enredos e nos fazem refletir sobre ações cotidianas praticadas por muitos de nós. Com essa característica central os contos são excelentes formas de críticas a determinados comportamentos e também um ótimo remédio para a auto reflexão.

Abaixo encontraremos algumas dessas narrativas, destinadas desde crianças até um público mais maduro. Observaremos no entanto, que o primeiro mais lembra a forma de um poema, onde as rimas e a musicalidade estão presentes, contando a historia de dois gatinhos que no final traz  uma importante mensagem: a desnecessidade de brigas.  

O segundo já é menos infantilizado e contém um fundo moral mais inquietante, onde a desonestidade, a mentira e a falta de respeito com o próximo são o pano de fundo.

Os dois últimos contos são de Luis Fernando Veríssimo onde, um é uma crítica bem humorada de certo comportamento da sociedade e o outro é sua própria visão do amor, tema universal, sentimento que atinge todo e qualquer tipo de público.

Viva a paz!

Dois gatinhos assanhados
se atracaram, enfezados.
A dona se irritou
e a vassoura agarrou! 

E apesar do frio, na hora,
os varreu porta afora,
bem no meio do inverno,
com um frio "do inferno"! 

Os gatinhos, assustados,
se encolheram,  já gelados,
junto à porta, no jardim,
aguardando o triste fim! 

De terror acovardados,
os dois gatinhos, coitados,
não puderam nem miar,
lamentando tanto azar!

Sem ouvir nenhum miado,
a dona, por seu lado,
dos gatinhos teve dó,
e a porta abriu de uma vez só! 

Mesmo estando tão gelados,
os dois gatinhos arrepiados
Zás! Bem junto do fogão
surgem, sem reclamação! 

E a dona comentou:
tanto faz quem começou!
Uma encrenca boba assim
bom é que tenha logo um fim! 

E ela acrescentou, então,
não querem brigar mais, não?
E os gatinhos, enroscados,
esqueceram-se da briga, aliviados. 

Confortados, no quentinho,
com sossego e com carinho,
dormem bem, bichos queridos,
já da briga esquecidos.

Tatiana Belinky

Pedro e o lobo

Pedro era um pastor. O seu trabalho era tomar conta das ovelhas enquanto elas pastavam. Mas por vezes ficava aborrecido por estar sozinho, sem ninguém para brincar e falar.

Um dia resolveu resolveu fazer uma brincadeira para se divertir. Desatou a gritar:

-Lobo, lobo, socorro, está aqui um lobo!

Os fazendeiros que ouviram a gritaria desataram a correr para ajudar o Pedro a afugentar o lobo, mas quando chegaram lá não havia lobo nenhum.

O Pedro fartou-se de rir, mas os fazendeiros não acharam piada nenhuma à brincadeira e foram-se embora.

No outro dia o Pedro resolveu fazer o mesmo.

Desatou a gritar: 

- Lobo, lobo, socorro, está aqui um lobo!

Os fazendeiros correram para ajudar o Pedro, mas não havia lobo nenhum. O Pedro desatou a rir, mas os fazendeiros ficaram zangados e disseram:

- Este miúdo pensa que não temos mais nada que fazer! E foram-se embora.

 Passados uns dias os fazendeiros ouviram o Pedro a gritar: 

- Lobo, lobo, socorro, está aqui um lobo! 

E disseram uns aos outros: 

Não nos vamos deixar enganar. Hoje ficamos aqui.

O Pedro continuou a gritar porque desta vez era mesmo um lobo que lhe estava a matar as ovelhas. 

- Porque é que ninguém me ajudou? - perguntou o Pedro a chorar. Agora fiquei sem ovelhas.

Não te ajudamos porque pensávamos que era mais uma brincadeira - responderam os fazendeiros.

Conto popular

DIGA NÃO AS DROGAS



Tudo começou quando eu tinha uns quatorze anos e um amigo chegou com aquele papo de "experimenta, depois, quando você quiser, é só parar..." e eu fui na dele. Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de "raiz", "natural", da terra", que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco do "Chitãozinho e Xororó" e em seguida um do "Leandro e Leonardo". Achei legal, coisa bem brasileira; mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais frequente, comecei a chamar todo mundo de "Amigo" e acabei comprando pela primeira vez.

Lembro que cheguei na loja e pedi: - Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano. Era o princípio de tudo! Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... "Banda Eva", "Cheiro de Amor", "Netinho", etc. Com o tempo, meu amigo foi oferecendo coisas piores: "É o Tchan", "Companhia do Pagode", "Asa de Águia" e muito mais. Após o uso contínuo eu já não queria mais saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer a bunda como eu nunca havia mexido antes, então, meu "amigo" me deu o que eu queria, um CD do "Harmonia do Samba". Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, minha razão de existir. Eu pensava por ela, respirava por ela, vivia por ela! Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais . . . Comecei a frequentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência. Fui ao show de encontro dos grupos "Karametade" e "Só pra Contrariar", e até comprei a Caras que tinha o "Rodriguinho" na capa.

Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de loiro, minha mão tinha crescido muito em função do pandeiro, meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo. Não deu outra: entrei para um grupo de Pagode. Enquanto vários outros viciados cantavam uma "música" que não dizia nada, eu e mais 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados, sorriamos fazíamos sinais combinados. Lembro-me de um dia quando entrei nas lojas Americanas e pedi a coletânea  "As Melhores do Molejão". Foi terrível!! Eu já não pensava mais!! Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas "miseráveis" e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada. Mas a fase negra ainda estava por vir. Cheguei ao fundo do poço, no limiar da condição humana, quando comecei a escutar "Popozudas", "Bondes", "Tigrões", "Motinhas" e "Tapinhas". Comecei a ter delírios, a dizer coisas sem sentido. Quando saia a noite para as festas pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos. Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas; uns nobres queriam me mostrar o "caminho das pedras", outros extremistas preferiam o "caminho dos templos". Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: a droga limpa.

Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro: doses cavalares de Rock, MPB, Progressivo e Blues. Mas o meu médico falou que é possível que tenham que recorrer ao Jazz e até mesmo a Mozart e Bach. Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam sua visão para as coisas boas e te oferecem drogas.

Se você não reagir, vai acabar drogado: alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável e distante; vai perder as referências e definhar mentalmente.

Em vez de encher a cabeça com porcaria, pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte:

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