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LITERATURA INFANTO-JUVENIL: DESCOBERTA DE NOVOS MUNDOS

Por:   •  27/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.292 Palavras (18 Páginas)  •  945 Visualizações

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CURSO DE PEDAGOGIA

MÓDULO

Literatura Infanto-Juvenil  –  60h

 

Acadêmico(a): Vanda Maria Mendes Santos  

Turma MAI - Turma 7/2013 - Data: 31 de março de 2015

UNIDADE 1

LITERATURA INFANTO-JUVENIL: DESCOBERTA DE NOVOS MUNDOS

1- Após ter conhecimento do contexto histórico do surgimento da Literatura Infantil no mundo, pense no contexto brasileiro e redija um texto sobre a literatura infantil no Brasil, ou seja, desde as primeiras manifestações literárias voltadas para o publico infantil produzidas em território nacional até os anos de 1970.

A literatura infantil em seu surgimento foi dividida em duas partes, a oral usada pelas mães para contar as lendas a seus filhos e assim se comunicar com eles, em seguida a escrita. Neste contexto os então conhecido Irmãos Grimm, vão a campo pesquisar sobre mitos e fantasias em temas comuns da Época Medieval pesquisando sobre as narrativas de lendas e sagas germânicas, como as histórias não eram para as crianças os pesquisadores enquadraram-nas como leituras infantis. Enquanto isso na Europa a literatura surge juntamente com a burguesia onde as crianças nobres eram educadas com a leitura de obras clássicas da época e as crianças pobres tinham contato com as lendas e contos folclóricos populares. Entre os anos de 1628 a 1703 a literatura fica marcada com alguns livros conhecidos até hoje e escritos por Perrault e após isso muitos escritores surgem com seus livros infantis. No Brasil a literatura fica marcada a partir do Sec XX com o surgimento de alguns escritores com temas totalmente para as crianças, e o surgimento de Monteiro Lobato que se torna grande expressão na história infantil fazendo o passado submergir no presente. Lobato cria um arsenal de literaturas escritas por ele necessárias para as crianças, que diante de tantas obras com qualidade rara acaba por encantar não só os pequeninos, mas os adultos também, com personagens elaborados com critério afim de contribuir para a formação pessoal de seus leitores.

2- Semelhante a qualquer outro tipo de manifestação artística, a literatura Infanto-Juvenil tem o compromisso consigo mesma, ou seja, tem como objetivo o entretenimento. Porém, nem sempre esse tipo de literatura foi utilizado com esse fim. A partir do conteúdo estudado nesta Unidade, o que significa a função utilitário-pedagógica da Literatura Infantil?

Para Maria José Paulo e Maria Rosa D oliveira, Dentro do contexto da literatura infantil, a função pedagógica implica aação educativa do livro sobre a criança. De um lado, relação comunicativa leitor-obra, tendo por intermediário o pedagógico, que dirige e orienta o uso da informação; de outro, a cadeia de mediadores que interceptam a relação livro-criança: família, escola, biblioteca e o próprio mercado editorial, agentes controladores de usos que dificultam à criança a decisão e escolha do que e como ler. Extremamente pragmática essa função pedagógica tem em vista uma interferência sobre o universo do usuário através do livro infantil, da ação de sua linguagem, servindo-se da força material que palavras e imagens possuem, como signos que são de atuar sobre a mente daquele que as usa; no caso, a criança.

3- Monteiro Lobato é destaque não apenas na Literatura Infantil Brasileira, mas também no contexto da Literatura Universal. Escreva um parágrafo sobre a importância deste escritor para a literatura infantil, citando como desenvolveu os principais personagens do sítio do pica pau amarelo.

Não há como discutir Literatura Infantil brasileira, sem destacar a importância da produção literária de Monteiro Lobato que fez o passado submergir no presente,encontrando, assim, um novo caminho criador e fértil de que a nossa literatura necessitava.Na Literatura Infantil brasileira, a obra de Lobato constitui um arsenal de obras com qualidade rara entre os clássicos da literatura que encantavam não só as crianças, como também os adultos, ultrapassando os valores da sua época. Os personagens de Lobato eram elaborados de forma criteriosa, com audácia e encantamento, eram os elementos chave que contribuíam e contribuem até hoje para a formação pessoal e psicológica da criança. Como exemplo do papel de formação e aprimoramento dos pequenos leitores que a literatura pode assumir, cita-se o Sitio do Pica-pau Amarelo, do próprio Lobato; obra cujas personagens desempenham papéis representativos na sociedade. A personagem que se caracteriza por atitudes verdadeiramente humanas é a “boneca” Emília: símbolo da criança curiosa, questionadora, criativa e impulsiva que possui inteligência e pensamentos sarcásticos, porém sempre bem-humorados e criativos.  Outra personagem, Dona Benta, no papel de avó, corresponde ao adulto que aceita a liberdade da criança, com atitudes características desse elemento social, quase sempre condescendentes com as ações dos netos. Com a mente sempre aberta e tranquila, colabora com a criatividade das crianças e as estimula a evoluir emocional e psicologicamente. Tia Nastácia, alegre e companheira, reflete o adulto sem o conhecimento científico, sempre procurando motivos sobrenaturais a fim de explicar os fatos que se diferem ou se estranham com o cotidiano. Contrastando com Tia Nastácia, há a personagem Visconde de Sabugosa, um sabugo falante, em forma de gente, representativo do saber enciclopédico, que vive no meio dos livros e faz leituras diversificadas, representando, assim, o conhecimento científico. O espaço maior em que ocorrem as aventuras, repletas de peripécias, é um sítio, isto é, um terreno fértil para a produção de movimento e ação. Outros espaços são trabalhados no decorrer das narrativas, inclusive espaços que envolvem o maravilhoso, uma das características de Lobato é mostrar o maravilhoso na obra, sendo isso possível tanto para as crianças como para os adultos. misturando o imaginário com a realidade concreta, ele mostra, no cotidiano, a possibilidade de aventuras maravilhosas e emocionantes, que só era possível, até então, nos contos de fadas.

4- Faça um resumo com as principais idéias do Item – Literatura Infantil no Brasil.

  • Chega ao Brasil no século XIX:  antes prevalecia a literatura oral, mesclada ao misticismo e ao folclore da cultura indígena, africana e europeia;
  • A chegada da família Real ao Brasil (1808) traz a impressa e a publicação de livros infantis:

                1º) tradução de As aventuras pasmosas do Barão de Munkausen de autor Erich Rudolf Raspe;

                2º) coletânea de José Saturnino da Costa Pereira, Leitura para meninos (1818), contendo uma coleção de histórias morais relativas aos defeitos ordinários às idades tenras, e um diálogo sobre geografia, cronologia, história de Portugal e história natural (p. 15).

  • Com a Proclamação da República e a Abolição (fim do século XIX e começo do século XX), tem-se um momento propício ao surgimento de uma literatura infantil mais fértil. Surge os grandes centros urbanos, com público consumidor de produtos industrializados (p. 15).
  • Era necessário modernizar a sociedade brasileira. Assim, surgem campanhas para alfabetização e pela frequência à escola, fatores que vinham ao encontro da necessidade de se fortalecer a literatura infantil brasileira. Com isso, muitos se dedicam à produção de livros infantis para professores e alunos, atraindo o mercado editorial.
  • Carlos Jansen e Figueiredo Pimentel traduziram e adaptaram obras estrangeiras para crianças, como Contos seletos das mil e uma noites (1882); Robinson Crusoé (1885); Viagens de Gulliver (1888); e D. Quixote de La Mancha (1901).
  • Do final do século XIX e início do século XX, datam ainda Contos Infantis (1886), de Júlia Lopes de Almeida e Adelina Lopes Vieira; Contos pátrios (1904), de Olavo Bilac e Coelho Neto; Histórias de nossa terra (1907), de Júlia Lopes de Almeida; Através do Brasil (1910), de Olavo Bilac e Manuel Bonfim; Era uma vez (1914), novamente de Júlia Lopes de Almeida; e, em 1919, Tales de Andrade vem com o romance Saudade (p. 16).
  • Em 1921, Monteiro Lobato publica Narizinho Arrebitado, concretizando em texto literário sua preocupação em escrever para crianças, em linguagem que despertasse o interesse delas. As histórias são escritas não mais do ponto de vista do adulto, mas pelo olhar da criança, sem o autoritarismo do adulto. O sítio é um lugar autônomo, autossuficiente, utópico.
  • Após a década de 70, houve um grande desenvolvimento da literatura para crianças com a entrada de grandes editoras no mercado. Com isso, a produção brasileira de literatura infanto-juvenil, até a década de 70, foi esporádica, constituindo-se basicamente de traduções de clássicos e de algumas coleções estrangeiras de grande apelo comercial.
  • A Literatura Infantil contemporânea empenha-se também em buscar a representação da realidade brasileira, aderindo à temática urbana, denunciando a crise social e invertendo valores, procedimentos que não deixam de ser, também, uma preocupação educativa (p. 16).

5. Escolha três autores da produção literária infanto-juvenil atual, ou seja, após os anos 70. Escreva um texto explicativo sobre o estilo literário de cada um deles e cite suas principais obras, ou seja, as premiadas e/ou mais vendidas.

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