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Abordagens de Ensino Criança Surda Segundo Capovilla

Por:   •  3/7/2022  •  Pesquisas Acadêmicas  •  737 Palavras (3 Páginas)  •  86 Visualizações

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Universidade Federal de Alagoas

Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde

Ciências biológicas licenciatura

Disciplina: Libras

Arthur Gomes Lima da Silva - 21110421

A evolução nas abordagens à educação da criança surda: do Oralismo à Comunicação total, e desta ao Bilinguismo.

Fernando C. Capovilla, 2008

Todas as esferas das atividades humanas, por mais diversas que sejam, sempre envolvem o uso da língua (Bakhtin, 2000 p. 289). Assim, a falta da linguagem, implica um impacto bastante negativo sobre o desenvolvimento do ser humano, no âmbito social, emocional e intelectual. Mesmo antes da queda da ideia de que toda linguagem plena deve ser necessariamente oral e do reconhecimento do status da língua de sinais como sistema linguístico legítimo, alguns métodos foram desenvolvidos para educação da pessoa surda. Dentre estes métodos, as abordagens de ensino do Oralismo, da Comunicação total e do Bilinguismo foram as que mais influenciaram e ainda influenciam na educação da criança surda.

A abordagem do Oralismo

Nesta abordagem o aluno surdo é visto apenas e somente como deficiente e seu objetivo principal é o ensino da oralização para torná-lo parecido com os ouvintes, aqueles que utilizam a “língua ideal”. Dessa forma é feito um trade-off, onde o esforço para a oralização do aluno surdo acaba por suprimir, ou mesmo substituir o ensino generalista e completo necessário para o desenvolvimento das habilidades cognitivas mais elevadas. Um aspecto importante neste método é que o uso da língua de sinais era terminantemente proibido, pois, segundo os defensores da abordagem oralista, atrapalharia o processo. Ou seja, o ambiente escolar oralista era na verdade, um espaço voltado à aquisição da fala e da habilidade de leitura labial, onde o ensino das matérias era preterido.

Os resultados do método oralista foram bastante insatisfatórios. Houve rebaixamento nas habilidades cognitivas do surdo e baixíssimos resultados quanto ao desenvolvimento da fala, leitura labial, leitura e escrita, o que gerou abertura para seu questionamento, queda e ascensão do método da Comunicação Total.

A abordagem da Comunicação total

Na abordagem da Comunicação total a linguagem oral deixa de ser a vista como única forma de linguagem. Aqui o aluno surdo não é reduzido a um deficiente a ser reabilitado, ele é visto como uma pessoa, e a surdez como característica que ecoa em suas relações sociais, no desenvolvimento afetivo e cognitivo. Assim, ela defende o uso de todas os meios para facilitar a comunicação entre surdo-surdo e surdo-ouvinte, como sistemas artificiais de sinais, sinais naturais da língua de sinais e também da língua falada, com o objetivo de desenvolver a linguagem da criança surda. Contudo, vale destacar que na abordagem da Comunicação total os códigos manuais utilizados são estruturadas de acordo com a gramatica da língua oral, e não com a da Língua de Sinais. Dessa forma, pode ser percebido que a grande maioria dos esforços, como métodos, incluindo muitos sistemas de sinais artificiais refletiam ainda para surdo as regras da língua falada e escrita e foram, de fato, desenvolvidos com este mote.

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