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Análise do discurso do filme "O grande Ditador"

Por:   •  5/5/2018  •  Artigo  •  2.232 Palavras (9 Páginas)  •  1.276 Visualizações

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 Discurso : O grande ditador

Ao final do filme, o personagem de Chaplin dá um discurso[39] falando de direitos humanos no contexto da Segunda Guerra Mundial. Segue:

"Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, gentios... negros... brancos.

Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos somos assim. Queremos viver pela felicidade dos outros, não pela miséria dos mesmos. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não vos desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbirão e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao mesmo. E assim, enquanto morrerem homens, a liberdade nunca perecerá.

Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!

Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, mas dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.

É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!

Texto retirado do filme “ O grande ditador “ Charlie Chaplin (1940) , a principio precisa-se ter um conhecimento de mundo e temporal , em qual momento da história foi escrito e qual o seu objetivo. O discurso foi escrito pelo próprio Charlie Chaplin no período da Segunda Guerra Mundial ,com o intuito de tocar o emocional das pessoas e alerta- las sobre as consequências da ganância do homem.

A respeito do discurso do Grande Ditador, precisa – se ter um conhecimento prévio sobre o período em que ele foi escrito e qual era a situação naquele momento.

O texto foi escrito para filme O grande ditador  de 1940 , que abordava de forma satírica  e critica a segunda guerra mundial, retrata  o que se passava na Europa no período entre guerras realizando uma sátira que, apesar de cômica, traz uma ácida crítica ao nazismo e ao fascismo, demonstrando o quão absurdas eram as suas ideias e apontando as nefastas consequências de suas políticas de dominação e seleção social.

Então é necessário ter um conhecimento de mundo para se fazer uma análise do texto, que de forma emotiva e com uso de palavras inteligentes, ele passa uma reflexão ao leitor a respeito de uma ditadura nazista que controla toda a sociedade alemã , expresso fortemente no trecho “Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas ideias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!”

Chaplin ainda nos faz refletir a respeito da conduta da humanidade  que tem o poder de ajudar uns aos outros , mas a ganância  e a cobiça nos cega  levando nos a atos egoístas. Ele alega que a  tecnologia que produz recursos  em abundancia , é a mesma que escraviza o ser humano que o  enclausura  e  se torna escravo se uma sociedade gananciosa

A leitura , pode ser vista por dois  pontos de vista dependendo do conhecimento do leitor

Emocional :  Ao ler o texto, este tipo de leitor pode se sentir comovido  nos trechos em que se diz sobre as consequências da ganancia humana, e que o ser humano pode ajudar uns aos outros que precisamos de mais humanidade do que inteligência artificial.

Isso poderia gerar um sentimentalismo ao leitor antes mesmo de chegar ao verdadeiro objetivo do texto , que é a critica contra o nazismo. Não teria uma opinião concreta e objetiva sobre o texto, apenas alegando se gostou ou não, sem uma justificativa argumentativa.

Racional : O leitor poderá ser mais objetivo ao compreender  que a ideia vai  além do emocional do discurso, compreender que   a mensagem do texto, é uma crítica satírica  contra o nazismo, e que precisa ter um conhecimento histórico para fazer uma análise. Poderá  ter um conceito critico e dialogo com texto principalmente nos trechos em que Chaplin , alega que o governo nazista alemã é controlador e ditatorial, punindo os judeus e controlando a população alemã privando de uma sociedade livre  e fraternal.

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