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As contribuições da literatura para a formação do aluno leitor

Por:   •  22/4/2016  •  Resenha  •  961 Palavras (4 Páginas)  •  254 Visualizações

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Atividade 1

Fichamento

Aluno(a):   Joelson Geraldo de Freitas                                                                                        Grupo:  LB_15

CANDIDO, Antonio. O Direito à Literatura. In: Vários escritos. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2011, p. 169-191. Disponível em https://culturaemarxismo.files.wordpress.com/2013/08/candido-antonio-o-direito-c3a0-literatura-in-vc3a1rios-escritos.pdf acesso em 31/03/2016.

As Contribuições da Literatura para a formação do Aluno Leitor

Ao escrever o texto O Direito à Literatura, Antonio Candido, tinha por finalidade dar ênfase à ligação que há entre os direitos humanos e a arte voltada para a Literatura. Para o autor, além da desigualdade social que existe com relação aos direitos físicos do ser humano, há ainda as limitações sociais a que ele é submetido diariamente. Isto talvez se deva ao fato de vivermos em uma sociedade que vê somente no alimento, na moradia, uma necessidade do ser humano, o que leva o autor a questionar, sobre onde fica o papel humanizador da literatura. “Ora, se ninguém pode passar vinte e quatro horas sem mergulhar no universo da ficção e da poesia, a literatura concebida no sentido amplo a que me referi parece corresponder a uma necessidade universal, que precisa ser satisfeita e cuja satisfação constitui um direito” (p. 4).

O autor comenta que nos dias atuais atingimos um grau elevado de racionalidade, evoluímos muito comparado a eras passadas, temos a oportunidade de resolver problemas sociais, já que a tecnologia está tão avançada, porém temos a possibilidade de destruir vidas. Ele afirma que todos têem direito às necessidades básicas como alimentação, saúde, educação e lazer, em contrapartida não vemos a necessidade e não apoiamos como direito de todos o acesso à cultura. Para Candido, não fazemos por mal, apenas não vemos os direitos do ser humano como algo igualitário, e ressalta que: “Assim chegamos ao ponto de discutir sobre “os bens compressíveis” e os bens “incompressíveis”, claro que certos bens incompressíveis como o alimento, a casa, a roupa, já outros são compressíveis como o uso de cosméticos, enfeites, entre outros” (p.3).

Na segunda parte do texto, Candido, considera o ser humano como um ser egoísta que só vê as suas necessidades.

Vale então refletir no que consideramos como direito do ser humano, uma vez que se pensarmos que todo cidadão tem direito a alimentação, saúde e lazer, porque não pensarmos que este mesmo cidadão tem direito à literatura? Talvez acreditemos que a palavra direito é neste caso relativa, uma vez que somos individualistas e não acreditamos que o que é importante para uns seja importante para outros. Candido faz uma referência a esse contexto quando afirma que:

Porque? Porque pensar em direitos humanos tem um pressuposto: reconhecer que aquilo que consideramos indispensável para nós é também indispensável para o próximo. Esta me parece a essência do problema, inclusive no plano estritamente individual, pois é necessário um grande esforço de educação e auto-educação a fim de reconhecermos sinceramente este postulado. Na verdade, a tendência mais funda é achar que os nossos direitos são mais urgentes que os do próximo (p. 2).

Ainda na concepção que Candido aborda dentro do texto, faz duas considerações que focalizam a relação da literatura com os direitos humanos, uma vez que, para ele, não tem como imaginar que o ser humano seja privado deste direito:

Primeiro, verifiquei que a literatura corresponde a uma necessidade universal que deve ser satisfeita sob pena de mutilar a personalidade, porque pelo fato de dar forma aos sentimentos e à visão do mundo ela organiza, nos liberta do caos e, portanto, nos humaniza. Negar a fruição da literatura é mutilar a nossa humanidade. Em segundo lugar, a literatura pode ser um instrumento consciente de desmascaramento, pelo fato de focalizar as situações de restrição dos direitos ou de negação deles, como a miséria, a servidão, a mutilação espiritual. Tanto num nível quanto no outro ela tem muito a ver com a luta pelos direitos humanos. (p. 9).

Por fim, Candido coloca a literatura não só como parte dos direitos adquiridos que o ser humano possui, mas também como uma estrutura de ação que o levará a fazer considerações sobre este direito, uma vez que é preciso pensar na literatura como um todo, ou seja, pensar se esta seria causa de desorganização pessoal se faltasse na vida do ser humano.

Portanto, a luta pelos direitos humanos abrange a luta por um estado de coisas em que todos possam ter acesso aos diferentes níveis de cultura. A distinção entre cultura popular e cultura erudita não deve servir para justificar e manter uma separação iníqua, como se do ponto de vista cultural a sociedade fosse dividida em esferas incomunicáveis, dando lugar a dois tipos incomunicáveis de fruidores. Uma sociedade justa pressupõe o respeito dos direitos humanos, e a fruição da arte e da literatura em todas as modalidades e em todos os níveis é um direito inalienável. (1988 p. 12)

 

O tema “direitos”, sempre tem algo a contribuir na construção de um fato, de um texto, de um debate e tantas outras questões que levam o individuo a refletir sobre suas ações e conquistas. Assim, os pontos abordados acima serão de grande ajuda na elaboração do artigo, uma vez que são ideais de busca de direito pelo ser humano, além do que a maioria dos seres humanos consideram como uma necessidade. O texto de Antonio Candido nos faz ver a literatura como uma continuidade de nossos sonhos, no entanto, este quando estamos acordados.

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