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Literatura Inglesa

Por:   •  10/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  774 Palavras (4 Páginas)  •  566 Visualizações

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FACULDADE ANHANGUERA DE VALPARAÍSO
LETRAS 5º E 6º SEMESTRES
PROFESSOR CAMILO

ATPS DE LITERATURA BRASILEIRA


BRENDA SOARES R.A 1001801009

VALPARAÍSO DE GOIÁS
OUTUBRO DE 2013

ETAPA 2

Motivados pelas principais correntes cientificistas do século XlX: Darwinismo, Determinismo, Marxismo e Positivismo, a estética literária realista-naturalista que começava a aparecer, desejavam retratar o homem e a sociedade em sua totalidade, estando intimamente ligadas ao momento histórico e social vivido na época.

Oposto a literatura dos românticos que mostravam a face sonhadora ou idealizada da vida, Ex: Obra “Iracema” de José de Alencar.  Os autores do realismo-naturalismo desejaram mostrar a face nunca antes revelada, ou seja, a realidade sem máscaras: do cotidiano massacrante, do amor adúltero, da falsidade e do egoísmo humano, da impotência do homem comum diante dos poderosos. Enquanto o herói romântico se constrói com seu próprio esforço, O herói realista-naturalista se constrói pisando nos outros. Se o amor romântico é puro e sincero, marcado por honra e virtude, o amor realista-naturalista é marcado pelo instinto pelo desejo.

Poder de crítica, uma característica do romance realista, objetividade que faltou ao romantismo. Grandes escritores realistas descrevem o que está errado de forma natural, ou por meio de histórias. E isso acontece na obra 'O Cortiço', romance de Aluísio Azevedo, talvez seja o romance brasileiro mais representativo da corrente naturalista, que obteve boas críticas, por estar vinculado as correntes que estavam no ápice na Europa.

Têm-se os ingredientes que o fizeram um campeão de audiência da época. Alguns deles são: sexualização no enredo, zoomorfização de alguns personagens, cotidiano massacrante, amor adúltero, falsidade, egoísmo humano, impotência do homem comum diante dos poderosos, tudo se passa em um cortiço. Personagens psicologicamente superficiais, ou seja, tipos sociais. Temos João Romão, capitalista explorador; Bertoleza representa o trabalhador escravo; Miranda burguês; Jerônimo, disciplina no trabalho; Piedade, representando a mulher europeia, Rita baiana é a representação da mulher brasileira. Porém o personagem principal da obra é o próprio cortiço.

Na obra se tem duas linhas de conduta muito claras na obra: Uma delas gira em torno da Rita baiana e Jerônimo, a outra em torno do João Romão, Bertoleza e a relação entre ambos. Em torno do João Romão, se dá a visão naturalista da sociedade, do desenvolvimento social, do capitalismo, um explorando o outro. João Romão traindo quem ele puder trair pra construir a sua condição de capitalista bem sucedido. Esta é a visão social dos naturalistas. A segunda linha, em torno de Jerônimo e Rita baiana, é desenvolvida a visão sentimental dos naturalistas. Uma relação que é marcada acima de tudo por ardentes desejos e pelo sexo.

Na obra “O Cortiço” tem-se uma visão muito clara do que os naturalistas viam como realidade brasileira, e de que “o homem é produto do meio, da raça e do momento histórico” (determinismo). Em lugar de heróis, surgem pessoas comuns, cheias de problemas e limitações. Aluísio Azevedo, com uma visão objetiva, sem distorções pretendia com sua obra deixar um documento, relatando os subúrbios cariocas, esses que na época em que se passa a ação do romance. Dessa forma os realistas procuram apontar falhas talvez como modo de estimular a mudança das instituições e dos comportamentos humanos.

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