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O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Por:   •  8/4/2021  •  Artigo  •  2.550 Palavras (11 Páginas)  •  149 Visualizações

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UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

ANA CÉLIA SANTANA MORAIS

O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

UAUÁ – BA

2017

UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

ANA CÉLIA SANTANA MORAIS

O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

ANA CÉLIA SANTANA MORAIS

Artigo Científico Apresentado à Universidade Candido Mendes - UCAM, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira.

UAUÁ – BA

2017

O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

ANA CÉLIA SANTANA MORAIS

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo refletir sobre a proposta de ensino de Língua Portuguesa com o intuito de contribuir com uma nova postura e prática de ensino da mesma, bem como, a relação entre esta proposta com as normas oficiais da educação, mais especificamente com os PCNs, e as referidas contribuições da Linguística. Para que a aprendizagem seja efetiva, a intenção do educador deve ser a de extrapolar as situações de escrita puramente escolares e remeter às práticas sociais. 

Palavras-chaves: Ensino – Leitura – Aprendizagem.

SUMMARY

The purpose of this article is to reflect on the proposal of Portuguese language teaching with the aim of contributing to a new teaching posture and practice, as well as the relationship between this proposal and the official norms of education, specifically with the PCNs, and the referred contributions of Linguistics. In order for learning to be effective, the educator's intention should be to extrapolate purely school writing situations and refer to social practices.

Keywords: Teaching - Reading - Learning.

INTRODUÇÃO

A linguagem humana pode ser concebida como a representação do mundo e do pensamento, concretizada em um código através do qual os homens recebem e interpretam mensagens que refletem seus pensamentos e seus conhecimentos de mundo. Quando se interage através da linguagem, sempre se tem um objetivo, um fim a ser atingido: há relações para se estabelecer, efeitos que se pretende causar, comportamentos para desencadear, ou seja, com o uso da linguagem existe sempre a pretensão do enunciador de atuar, de alguma maneira, sobre aquele que recebe a mensagem e, assim, obter dele determinadas reações (verbais ou não-verbais).

A perspectiva que sustenta essa discussão é a de que ensinar Língua Portuguesa, nessa dimensão, é (ou deveria ser) ensinar o aluno a ser um usuário desenvolto da língua oral e da língua escrita, nas diversas situações de uso e registro, visto que há entre leitura e escrita uma relação de dependência, uma conexão fundamental para o desenvolvimento das habilidades necessárias de “leitores e usuários competentes da escrita” (Brasil, 1998, p.32.). Uma vez que a escola é o espaço legitimado de contato com a diversidade textual, esse entendimento precisa fixar raízes na escola. A partir dessas diretrizes, pretendemos refletir no escopo das teorias linguísticas algumas questões relativas ao ensino de língua portuguesa, possibilitar o entendimento de sua formação como disciplina curricular e resgatar teoricamente um de seus alicerces fundamentais: a leitura.

Nesse âmbito, conforme Azambuja (1996, p 243.), ensinar língua portuguesa hoje, é não duvidar de que a leitura confere à escrita uma característica de prática social entre sujeitos, pois é, também, por meio da prática de leitura que o leitor vai gradualmente elaborando e organizando seu discurso interno, produzindo e registrando as suas leituras, a sua história e seus textos.

De acordo com Neves, 2000, devemos enfatizar a importância do ensino de Língua Portuguesa, afinal, o compromisso da escola com a sociedade é, de fato, “ensinar o aluno a aprender a ler e a escrever” (Neves, 2000, p.13), e o desenvolvimento dessas habilidades é, ou deveria ser, um “compromisso de todas as áreas”, havendo assim uma melhoria no ensino, na aprendizagem e consequentemente, na leitura.

Desta feita, objetivamos neste trabalho, engendrar uma discussão e reflexão acerca da leitura e a escrita no Ensino de Língua Portuguesa (LP), ou seja, salientaremos a importância da leitura e a escrita no desenvolvimento intelectual dos alunos. Visando, portanto, esclarecer a relevância do ensino da língua portuguesa no Ensino Fundamental, apresentando alguns dos aspectos que estão presentes no processo de ensino e aprendizagem a fim de propiciar condições para que a nossa língua seja cada vez mais valorizada.

DESENVOLVIMENTO

  1. A RELEVÂNCIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

A língua portuguesa é um sistema de diferentes formas e significados. Sua função é desenvolver na sociedade a comunicação, o entendimento, a expressão da língua e a evolução da sociedade. Por intermédio desse sistema simbólico, podemos argumentar defender, encobrir, pensar, isto é, expressar ideias e sentimentos (BRASIL, 1997). A linguagem é a expressão de um povo, por meio dela o cidadão compreende e age no mundo. Assim, um dos objetivos da escola é trabalhar de forma significativa o ensino de língua portuguesa para que o educando tenha condições de utilizar de forma correta esse sistema simbólico. Assim sendo, é imprescindível que a escola procure trabalhar de maneira dinâmica e inteligente com seus alunos. Por exemplo, no dia a dia da criança a língua portuguesa se manifesta através das brincadeiras, dos brinquedos, dos jogos infantis, na música, na arte, na televisão, nas histórias, ou seja, ela está no cotidiano da criança e o professor do Ensino Fundamental pode utilizar essas informações na sala de aula. O importante é trabalhar de maneira coerente esta disciplina, para que o educando tenha possibilidade e capacidade para criar, inventar, interagir e explorar o mundo. Porém, muitos professores não trabalham de modo correto a língua portuguesa e isso prejudica o aluno em sala de aula. Muitas crianças no Ensino Fundamental não compreendem a sua língua materna, têm dificuldades ao escrever, ao ler e ao interpretar. Segundo LEITE (1997, p.24): Na medida em que a escola concebe o ensino da língua como simples sistema de normas, conjunto de regras gramaticais, visando à produção correta do enunciado comunicativo culta, lança mão de uma concepção de linguagem como máscara do pensamento que é preciso moldar, domar para, policiando-a, dominá-la (...). Por isso, na escola, os alunos não escrevem livremente, fazem redações, segundo determinados moldes (...). É necessário que se mude essa concepção mecânica da língua portuguesa para que a aprendizagem aconteça verdadeiramente. Também é preciso que os problemas relacionados ao ensino de língua portuguesa sejam solucionados, como por exemplo, a falta de leitura e interpretação dos textos, as evasões da língua portuguesa, a pronuncia das palavras, as concordâncias verbais, entre outras. Vale ressaltar que “a leitura é a extensão da escola na vida das pessoas. A maioria do que se deve aprender na vida terá de ser conseguido através da leitura fora da escola. A leitura é uma herança maior do que qualquer diploma.” (CAGLIARI. 1992 p.148). Portanto, o ensino de língua portuguesa precisa ser valorizado não somente na escola, mas no mundo, pois é através da linguagem que o mundo se desenvolve e se torna capaz de argumentar e interagir. É preciso termos alunos críticos diante da sociedade e para isso é indispensável o conhecimento e a valorização da língua portuguesa.

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