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1-) Quais são as características desse gênero?

R: As lendas Urbanas são histórias de caráter fabuloso, é um texto que se forma sob a crença e a dúvida. A divulgação desses tipos de histórias era mais comum oralmente, hoje, com o avanço da forma de comunicação, elas se propagam rapidamente através da internet e celulares (mensagens de texto). A lenda urbana é uma narrativa que contém relatos de testemunhas e provas supostamente verídicas para enfatizar a veracidade a história contada.

2-) Quais as diferenças entre lendas urbanas, fait divers e rumores?

Fait divers: Traduzindo temos o significado de “Fatos diversos”. De gênero jornalístico significa identificar aquelas notícias que só são destacadas pelos jornais porque são curiosas, inusitadas. Podemos citar um exemplo de fait diver, como: “o macaco roubou a câmera de fotógrafo e fez um autorretrato 'sorridente'”. Difere da lenda urbana porque não são textos que causam medo, alienação e que vão passando pelas épocas, são apenas textos curiosos.

Rumores: Brunvand (1981) define rumor como um "relato breve, anônimo e não verificado de um suposto acontecimento que circula de boca em boca ou pela mídia" (p. 194). Diferentemente da lenda, o rumor tende a ser não-narrativo e ter vida curta, embora possa contribuir para o crescimento e difusão de uma lenda. Klintberg (1985 apud DÉGH, 2001), por sua vez, enfatiza justamente o aspecto da difusão como sendo a marca principal do rumor - que muitas vezes se resume a uma simples declaração -, em oposição ao conteúdo narrativo, que caracteriza a lenda.

3-) Quais as considerações feitas ao ensaio sobre o conceito de gênero?

Alguns pensadores dizem que não seria possível interpretar um texto narrativo se o indivíduo não tem um conhecimento prévio sobre o conteúdo. Os gêneros seriam formas culturalmente especializadas de vislumbrar a condição humana e de comunicá-la. Pode-se dizer que a lenda não pertence ao corpus. Ela é que o sustenta, também não é um arquivo fechado, mas um material que está pronto a incorporar um novo material.

O gênero é, portanto, um operador da memória social que permite as retomadas e os deslocamentos de sentidos, que distribui papéis e institui lugares que podem ser ocupados por sujeitos historicamente situados. Assim, muito mais do que uma pura forma concluída, ele é um espaço móvel onde vêm-se encontrar o sujeito, a língua e a História. (GREGOLIN, 2005, p. 32)

Também se observa que o gênero não é algo inteiramente imutável ou conservador. O gênero é simultaneamente algo fixo e flexível. E a lenda é um exemplo muito competente disso. Ela não é um tipo textual que tem uma maneira uniforme de ser construída, não há regras específicas que exijam mecanismos para escrevê-la ou contá-la. A lenda tem, como citadas pelo ensaio, inúmeras definições, e nenhuma delas é absoluta; são extremamente variáveis.

Bibliografia

*Fonte:  http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2011/07/macaco-rouba-camera-de-fotografo-e-faz-um-autorretrato-sorridente.html

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