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QUE GRAMÁTICA ENSINAR NA ESCOLA?

Por:   •  4/9/2016  •  Resenha  •  546 Palavras (3 Páginas)  •  362 Visualizações

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RESENHA: QUE GRAMÁTICA ENSINAR NA ESCOLA?

A discussão do texto está pautada na abordagem gramatical aplicada ao âmbito escolar sob uma perspectiva ampla e a concepção da sociedade sobre essa disciplina, relacionando o que de fato ocorre no funcionamento da linguagem nas aulas de Língua Portuguesa, e aquilo que está arraigado no que se entende por vícios de gramática. Para tanto, a autora teve a intenção de encontrar respostas às seguintes indagações: Qual a natureza dos enunciados linguísticos que são trazidos às aulas de gramática nas nossas escolas? Qual seria a razão de a gramática escolar passar longe de enunciados como esses? De acordo com o exposto, percebemos que a gramática é uma questão que têm incomodado a todos que trabalham com língua e linguagem, principalmente no ensino fundamental e médio. Ela recebe uma visão negativa tanto pelos profissionais da área, como dos envolvidos exteriormente (pais e os próprios alunos). No nosso dia-a-dia temos uma concepção de que a gramática é um sistema de princípios que organizam os enunciados, pelos quais, os falantes de uma determinada língua se comunicam. Quando estávamos em âmbito escolar, formamos diversas concepções sobre a gramática. Ela fazendo parte de uma língua em funcionamento, não possui regras rígidas de aplicação, não sendo necessário estudar as regras para fazer o uso da língua, pois mesmo tendo um conhecimento prévio de uma língua, qualquer pessoa é capaz de se comunicar e escrever com o básico. A “noção gramatical” seria uma disciplina que mostra como funciona a linguagem. Quando tocamos nesse ponto, aparecem as divergências, não apenas elas, mas também as distorções, que marcam as ações educacionais que possuímos em nossa história. Repetimos e repetimos lições de gramática para que os alunos aprendam os nomes das categorias e das funções, e as subclassificações dela, tendo como noção “o que é gramática”. Segundo a comunidade, isso acaba sendo prejudicial aos alunos, porque estudar gramática é desnecessário. Desse modo, podemos considerar que a aquisição da linguagem ocorre antes de frequentarmos a escola, e o mesmo fenômeno se realiza com a gramática que a organiza. Essa aquisição verifica-se mediante a capacidade linguística de qualquer falante que, lidando com as restrições da língua materna, é capaz de adequar o seu discurso a todas as possíveis situações e contextos sociais. Conclui-se, a partir daí, que não existe discurso independente de gramática, mas que igualmente não existe gramática sem discurso. Em contrapartida, no ambiente escolar, o tratamento da gramática precisa respeitar a natureza da linguagem, pois, a fim de preservar o equilíbrio do sistema linguístico, a língua – sempre dinâmica – conserva os atributos de variabilidade e adaptabilidade, admitindo, somente na esfera sociocultural, a existência de modelos e moldes. Destarte, a gramática não pode ser mapeada para, em seguida, ser preenchida com exemplos. Entretanto, há, lamentavelmente, escolas que ainda permitem a mera transmissão e registro de paradigmas como fórmula ideal para o aprendizado. A escola clássica, cuja ideologia se afina com o que se apresenta como inadequado e ultrapassado, não deveria coexistir com a escola dos nossos dias, visto que, se as nossas escolas aceitarem antigas metodologias de ensino, estarão recorrendo a esquemas mudos de esqueletos inexplicáveis.

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