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RELATO DE EXPERIÊNCIA ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Por:   •  21/12/2019  •  Relatório de pesquisa  •  3.867 Palavras (16 Páginas)  •  276 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES

CURSO DE LETRAS

BRUNO BOMFIM VIEIRA

ULISSES RIBEIRO GÓES

RELATO DE EXPERIÊNCIA

SALOBRINHO: nossa comunidade, nossa cultura, nossa consciência

Ilhéus - BA

2019


BRUNO BOMFIM VIEIRA

ULISSES RIBEIRO GÓES

RELATO DE EXPERIÊNCIA

SALOBRINHO: nossa comunidade, nossa cultura, nossa consciência

Trabalho apresentado como crédito na disciplina de Estágio Supervisionado de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira I, do Curso de Letras, na Universidade Estadual de Santa Cruz.

Professora orientadora: Lenilza Teodoro dos Santos Mendes

Ilhéus - BA

2019


1. INTRODUÇÃO

O projeto de Oficina, intitulado “Salobrinho: nossa comunidade, nossa cultura, nossa consciência”, foi desenvolvido juntamente com os estudantes das turmas do 8º Ano do Ensino Fundamental II da Escola Municipal São Pedro, no bairro do Salobrinho, em Ilhéus. Antes de pôr em prática o projeto da oficina, passamos por um período de estágio supervisionado de observação na escola, acompanhando a professora de Língua Portuguesa, Rosângela Machado Gilla, também Professora Supervisora desse projeto, durante suas aulas de Língua Portuguesa para turmas de 8º e 9º Anos do Ensino Fundamental II.

A respeito da citada instituição de ensino, a Escola Municipal do Salobrinho é uma escola pública e urbana, em prédio próprio, atendendo jovens residentes no bairro do Salobrinho, de classes menos favorecidas da sociedade. De acordo com o Censo Escolar 2018, a escola municipal possui 581 alunos, sendo 117 na Educação Infantil, 439 no Ensino Fundamental I e 25 alunos no EJA (Educação de Jovens e Adultos), modalidade de ensino criada pelo Governo Federal destinada a quem não teve acesso à educação na escola convencional. A Escola Municipal do Salobrinho oferece alimentação escolar para os alunos, atendimento educacional especializado e atividade complementar. Em 2017, a avaliação do Ensino Fundamental I da escola atingiu a média 4,5 no IDEB, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, indicador criado pelo governo federal para medir a qualidade do ensino nas escolas públicas.

Sobre nosso projeto de Oficina, o mesmo teve como tema central a Consciência Negra, por solicitação da professora orientadora, uma vez que a Escola promoveu atividades em comemoração ao Dia da Consciência Negra, data comemorada no mês de novembro. A oficina foi realizada no espaço da Universidade Estadual de Santa Cruz durante 3 sábados, oportunidade em que foi trabalhado com os alunos da turma o gênero textual documentário em momentos distintos: no primeiro encontro, apresentamos a noção introdutória sobre o gênero textual documentário aos alunos a partir de práticas dinâmicas fundamentadas em entrevistas; no segundo momento desenvolvemos atividades de produção de entrevistas junto com os alunos; e no terceiro e último momento, fizemos a apresentação, no auditório Paulo Souto, na Uesc, do minidocumentário desenvolvido juntamente com os alunos em que eles falaram sobre a comunidade do Salobrinho e a presença da cultura afro-brasileira em seu bairro, fazendo assim uma contextualização direta com a data do Dia da Consciência Negra.

2. METODOLOGIA

Antes de falarmos sobre nossa experiência durante o estágio de observação e a oficina trabalhada com os alunos da Escola Municipal do Salobrinho, é importante relatarmos os procedimentos metodológicos utilizados para o desenvolvimento de nossa oficina, cuja temática da Consciência Negra esteve em consonância com o tema proposto pela Escola como atividade interdisciplinar entre os alunos.

Nossa metodologia foi construída tendo como base a teoria sócio interacionista do russo Lev Vygotsky. Nesse processo metodológico, Rego (2001, p. 106) afirma que "A qualidade do trabalho pedagógico está associada, nessa abordagem, à capacidade de promoção de avanços no desenvolvimento do aluno". Ainda sobre o processo metodológico, de acordo com Rego (2001):

A escola desempenhará bem seu papel, na medida em que, partindo daquilo que a criança já sabe (o conhecimento que ela traz de seu cotidiano, suas ideias a respeito dos objetos, fatos e fenômenos, suas ‘teorias’ acerca do que observa no mundo), ela for capaz de ampliar e desafiar a construção de novos conhecimentos, na linguagem vygotskiana, incidir na zona de desenvolvimento potencial dos educandos. (p. 108)

Sendo assim, nossa metodologia foi pautada em práticas didáticas dinâmicas nas quais os alunos participaram ativamente como criadores de saberes e conhecimentos no decorrer da oficina dividida em três dias com carga horária de 4h/aula, seguindo os passos operacionais delineados.

Apresentamos um trabalho que promoveu a mobilização dos alunos a partir de diferentes níveis de letramentos, evidenciados a seguir: linguístico, que envolveu atividades de leitura, produção textual e análise linguística; digital, que possibilitou a formação de alunos habilitados para interpretação e compreensão do universo multimidiático;  tecnológico, que incluiu os alunos na exploração de tecnologias de áudio e vídeo na produção de um documentário; e científico, que proporcionou a construção de conhecimentos de mundo e o desenvolvimento da temática voltada para a divulgação das multiculturalidades afro-brasileiras existentes na comunidade do bairro do Salobrinho.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Em princípio, é essencial compreender que um projeto didático deve ser elaborado pensando, antes de tudo, em práticas pedagógicas capazes de integrar os alunos como protagonistas em busca da construção de seus pilares de conhecimento. Essa base de conhecimento foi desenvolvida por eles durante as atividades da Oficina na Uesc, tanto a partir das informações didáticas oferecidas por nós, professores em formação, quanto a partir de suas próprias vivências e saberes que ultrapassam as fronteiras da sala de aula. Entendemos que, enquanto estudantes estagiários e futuros professores de Língua Portuguesa, “o nosso é um trabalho realizado com gente, miúda, jovem ou adulta, mas gente em permanente processo de busca” (FREIRE, 2013, p. 141).

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