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Resenha - A Relíquia

Por:   •  8/10/2019  •  Resenha  •  1.814 Palavras (8 Páginas)  •  220 Visualizações

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A relíquia

A história em si só começa quando Teodorico vai comorar com sua tia Dona Maria Patrocínio das Neves, cujo o apelido era "Titi", e ele sempre deveria se referir à ela assim. Teodorico fora morar com sua tia depois que seu "Papa" e sua "Mama" faleceram. Sua tia era uma senhora muito rica, muito religiosa e respeitada por outras entidades da sua religião (cristianismo).

Teodorico cresceu, sua tia o criou de forma ferrenhamente religiosa; O ensinou desde o primeiro dia que chegou á sua casa a fazer o sinal da cruz, e mais para diante, ensinou - o terço e outras tantas orações que deveria fazer todos os dias. Também ensinou a Teodorico a frequentar inúmeras igrejas e cultos, como prova de sua devoção, tanto a Jesus, como a sua tia. Porém, Teodorico não era exatamente o tipo de homem que sua tia criou para ser: Era um homem que, como diria sua tia, levava uma vida de pecado, de imundices, um "porcão". Se envolvia com diversas mulheres e uma em especial que nunca esqueceu, Adélia, mulher rapidamente o trocou por um outro homem, o novo casal de amantes vivia zombando de Teodorico.

Teodorico viu - se sem rumo, e numa discussão na mesa de jantar com outros padres sobre a sua herança, um dos padres lhe informou que havia um concorrente à sua herança; o próprio Jesus Cristo. Teodorico se desesperou, e disse em sua mente que se tivesse que competir contra o messias, então competiria. Um tempo depois, ouviu de um amigo que a França era o lugar perfeito para o tipo de pessoa como a de Teodorico: Terra de pecados, de imundices, de "porcões". Teodorico pediu permissão e dinheiro para sua Titi para que viajasse para Paris, para que pudesse conhecer as histórias igrejas e catedrais. Sua tia porém, reagiu com desgosto, suspeitou dos motivos viagem de Teodorico, e lhe disse que não precisaria ir para um lugar como Paris para ver belas construções beatas, a própria Portugal já as tinha.

Teodorico então, lembrando - se do seu concorrente para com sua herança que Titi posteriormente deixaria após sua morte, teve a ideia de viajar até Jerusalém, para provar sua devoção à Cristo e a Titi. Titi aprovou sua viagem, e só lhe pediu uma coisa: Que de Jerusalém, lhe trouxesse uma relíquia, uma capaz de curar todas as suas doenças e os mares que lhe afligira. Também disse a Teodorico, que se soubesse que durante a viagem à terra santa tivesse cometido "relaxações", ele seria escorraçado de casa como um cachorro, mesmo que Teodorico fosse sangue do seu sangue, não haveria perdão.

Ele então viajou à Jerusalém, e no meio de sua viagem, no Egito, mais precisamente em Alexandria, conheceu um arqueólogo Alemão: Topsius. Se tornaram amigos rapidamente. Topsius então, lhe contara que havia uma inglesa, Mary, dona de uma loja de luvas de cera, por qual Teodorico talvez pudesse se interessar. Teodorico então não pensou duas vezes, desceu a rua até a loja da inglesinha para conhece - la. Os dois se tornaram amigos, e ao passar dos dias viraram amantes: Teodorico a chamava de "Maricoquinhas", e ela o chamava de "Meu portuguesinho valente". Porém Teodorico tinha de partir para Jerusalém em sua jornada beata, e Mary, como recordação, deu a Teodorico sua camisa de dormir, que Teodorico relatava ter o delicioso cheiro do perfume de sua Maricoquinhas.

Teodorico e Topsius partiram para Jerusalém. Chegando lá, Topsius fora procurar relíquias a evidências dos Herodes, enquanto Teodorico fora procurar uma relíquia para enganar sua tia. Teodorico encontrou então uma árvore de espinhos, e pensou imediatamente na coroa de espinhos que os romanos usaram para torturar cristo. Recolheu um galho e o fez com suas luvas em forma de uma coroa. Perguntou à Topsius se seria o suficiente para enganar a Titi, e o arqueólogo alemão "deu a sua palavra" ao dizer que aquela era mesmo a coroa de espinhos que Jesus Cristo usara no dia de sua crucificação.

Na véspera de páscoa, Topsius e Teodorico adormeceram em uma tenda, ao lado de um rio, Teodorico caíra em sono profundo, e havia acordado na Jerusalém do século I. Estava acompanhado de Topsius, e os dois testemunharam os eventos descritos no livro sagrado: A prisão de Cristo, sua condenação, tortura, crucificação e ressurreição. Teodorico também descreveu que aquela Jerusalém era diferente: Não era uma terra fria e morta, solo sagrado de tantos mitos e religiões. Aquela terra era quente, viva, os astros brilhavam no céu de forma mais intensa e o céu era mais estrelado.

Teodorico acordou do sonho, e sem comentar nada, partiu com Topsius de volta para sua terra. No meio do caminho encontrou uma mulher pobre, miserável, chorando, lamentando e orando, com seu filho em seu colo. Teodorico lembrou então da camisa de Mary, ele não poderia voltar a Portugal com aquela camisa, era uma prova de suas "relaxações e imundícies". Teodorico carregava com si dois embrulhos: Um com a coroa de espinhos, envolta em uma grande camada de algodão para que não ferisse ninguém em sua viagem, por fora, um papel pardo e uma fita amarrando o saco. O outro, com a camisa de Mary, o mesmo papel pardo, porém amarrado com uma fita vermelha, Teodorico deu a camisa de Mary aquela pobre mulher a partiu para Alexandria, e caso Maricoquinhas ainda perguntasse, diria que bandidos romanos roubaram sua camisa.

Quando voltou para Alexandria, esperava ver sua amante de novo, porém ela havia fugido com um Italiano para as montanhas próximas que haviam dali.

Teodorico então voltou para Lisboa. Sua tia não era mais a mesma, estava mudada, e para melhor! Sua tia nunca estivera tão feliz na vida como estava agora, Teodorico ficou surpreso e feliz com a mudança na sua tia, mas ainda desejava sua morte, para que pudesse ficar com a herança. Depois de muito ensaio, abriu o pacote contendo a relíquia para sua tia, a relíquia que o faria tão santo quanto Jesus Cristo, e portanto, aos olhos de sua tia, digno de herdar seu patrimônio. Quando abriu, viu que não era coroa de espinhos nenhuma dentro do embrulho, e sim a camisa de dormir de Mary, com um bilhete: Para meu portuguesinho valente, pelo muito que gozamos juntos! Assinado: M.M.

Para o espanto tanto da Titi,

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