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SÍNTESE: SOBRE “POR QUE” E “COMO” ENSINAR LITERATURA E LITERATURA E ENSINO: UM TEMA E SEUS PROBLEMAS

Por:   •  31/7/2022  •  Relatório de pesquisa  •  1.010 Palavras (5 Páginas)  •  98 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI

CAMPUS: POETA TORQUATO NETO

CURSO: LICENCIATURA PLENA EM LETRAS PORTUGUÊS

DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE LITERATURA

PROFESSOR (A): STELA MARIA VIANA LIMA BRITO

ALUNO: IDIERY ARAUJO GOMES

SÍNTESE: SOBRE “POR QUE” E “COMO” ENSINAR LITERATURA E LITERATURA E ENSINO: UM TEMA E SEUS PROBLEMAS

22 DE MARÇO DE 2022

TERESINA - PI

SÍNTESE: SOBRE “POR QUE” E “COMO” ENSINAR LITERATURA E LITERATURA E ENSINO: UM TEMA E SEUS PROBLEMAS

Com o crescente declínio do uso da literatura nas escolas, o debate sobre a formação do leitor e sobre o papel da escola nessa formação se intensifica ainda mais. Mesmo a literatura trazendo consigo poderes tradicionais na escola e no mundo é encarada como um bem cultural relevante na construção de uma consciência estética, história e moral.

Inara Ribeiro por meio de seu artigo, defende que a circulação da literatura na escola deve ter como objetivo o complemento da dimensão social das práticas de leitura, conservando o discurso pedagógico e preservando o jogo estético entre leitor e texto. O foco principal são as práticas educativas em torno da literatura promovendo um encontro entre o leitor e o texto.

De acordo com o Todorov, não se deveria propor a leitura de um texto literário como apenas ilustração da intertextualidade (algo usual nos manuais didáticos brasileiros) mas, ao contrário, conduzir à descoberta da intertextualidade através da leitura continuada das obras. Os conteúdos disciplinares, organizados segundo os aportes da semiótica e da pragmática, da retórica e da poética, operam uma inversão entre meios e fins, dando ênfase excessiva aos primeiros e transformando-os na finalidade mesma do ensino da literatura (TODOROV, 2010, p.25-33).

O destaque dado à literatura pela escola, nunca foi uma garantia que as obras literárias fossem lidas e apreciadas pelos estudantes. os fragmentos de textos nas práticas de leitura escolar, registradas ao longo do tempo, sempre predominaram. A leitura de obras completas, mais árdua e difícil, nunca foi uma prática comum entre os alunos. As atuais discussões teóricas sobre o ensino da literatura buscam focar na perspectiva da formação do leitor literário. A sua contribuição para a formação subjetiva, linguística, estética e cultural, sua capacidade de construção simbólica e de organização da experiência humana.

As diretrizes oficiais para o ensino da literatura publicaram Orientações Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2006), documento que apresenta uma posição teórica e metodológica bastante diferenciada, criticando os PCNEM por negarem à literatura “a autonomia e a especificidade que lhe são devidas” (BRASIL, 2006, p. 49), e defendendo a importância de sua presença no currículo do Ensino Médio. O documento dá ênfase à formação do leitor literário através do contato direto com as obras, essa diretriz geral se direciona no sentido de diminuir a distância entre as práticas escolarizadas da literatura e as práticas socialmente efetivadas.

O que se tem observado é uma grande incidência das mesmas obras e dos mesmos autores e a exclusão de gêneros e de tipos de textos considerados de difícil abordagem didática.

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM) publicados em 2000 pelo Ministério da Educação, avaliava-se que a dicotomização decorrente da organização da disciplina Língua Portuguesa e Literatura prevista na LDB (no 5.692/71) teria acarretado o tratamento curricular em separado da gramática, dos estudos literários e da redação. Nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio, de 2006, no volume dedicado à área de Linguagens, códigos e suas tecnologias, a literatura aparece reconduzida à condição de disciplina autônoma.

De um modo geral, no entanto, a importância de ensinar a literatura decorreu de duas funcionalidades a ela atribuídas: a aquisição e consolidação do conhecimento da língua; e a sua participação na construção de um imaginário nacional. Nesse sentido, a inserção da literatura no contexto mais amplo da leitura pode indicar, ao lado da convivência necessária com diferentes gêneros textuais, a existência de desafios a serem enfrentados quando se trata da recepção de obras literárias nas escolas.

Mesmo que no Brasil haja agravantes determinados por nossa formação social, os rumos dados à leitura, em especial de obras literárias, têm sido motivo de apreensão em países com tradição bem diversa da brasileira. Outros aspectos contribuem para os problemas enfrentados no ensino da literatura na escola. Um deles, certamente, é a descontinuidade dos trabalhos desenvolvidos em cada série.

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