A ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

A ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

                 Silene Damasceno Nicacio¹

Gicely Albano de Souza²

RESUMO

Este estudo tem como tema: a alfabetização na idade certa nos anos iniciais do ensino fundamental. Analisa que é preciso refletir as causas que levam as escolas brasileiras a terem tanta dificuldade em fazer com que suas crianças consigam se alfabetizar na idade propicia o que demostrado em avaliação externa e pode ser facilmente presenciado nas series finais do ensino fundamental I. A partir dessas considerações surge a problemática: Quais os processos para alfabetizar criança na idade certa? Para tanto definirmos como objetivo geral analisar o processo de alfabetização nas escolas, nos anos iniciais do ensino fundamental. Os principais autores que embasaram tal pesquisa foram Soares (2007), Brasil (2007) e Frade (2005). O tipo de pesquisa é bibliográfica com uma abordagem qualitativa que nos possibilitou apontar o processo de alfabetização é mais complexo do que se imagina, pois é a partir dele que milhares de pessoas aprendem a ler e escrever. O mais preocupante é que para se alfabetizar usa-se métodos como o tradicional que engloba o analítico e sintético.

Palavras-chave: Alfabetização. Métodos. Currículos.

INTRODUÇÃO

O processo de alfabetização é de suma importância para o desenvolvimento do estudante nas demais etapas de sua vida estudantil e que uma vez esse processo ocorrendo de forma incorreta às consequências são grave e por vezes até irreversíveis, pendurando por todo o percurso escolar.

Muitas pessoas questionam os processos de alfabetização utilizados atualmente usando termos como “antigamente as crianças aprendiam a ler mais rápido, mesmo sem tantas formações para professores” ou “os métodos atuais de alfabetização servem apenas para ensinar a criança a brincar e desenhar”. Este estudo tem como tema: a alfabetização na idade certa nos anos iniciais do ensino fundamental. Analisa que é preciso refletir as causas que levam as escolas brasileiras a terem tanta dificuldade em fazer com que suas crianças consigam se alfabetizar na idade propicia o que demostrado em avaliação externa e pode ser facilmente presenciado nas series finais do ensino fundamental I.

        A partir dessas considerações surge o questionamento: Quais os processos para alfabetizar a criança na idade certa?

        Visando responder essa questão, o trabalho justifica-se por identificação com o tema e a necessidade de aprofundamento como futura docente, por entender que a alfabetização será um conhecimento importante na minha profissão, seja como docente ou gestora de Escola da Educação Básica. Busquei a partir de então, compreender melhor este processo de ensino com a ajuda de artigos, autores, os quais me possibilitaram uma maior compreensão a respeito do assunto.

Sendo assim, o objetivo geral deste estudo foi: Analisar o processo de alfabetização nas escolas, nos anos iniciais do ensino fundamental. A partir dele vêm os objetivos específicos: Destacar os processos que são utilizados na alfabetização; Mostrar quais os métodos atuais na alfabetização; Apresentar as mudanças que o currículo escolar adquiriu, depois desse método de alfabetização.

        Trata-se de uma metodologia bibliográfica com uma abordagem qualitativa, com utilização de livros, artigos e internet. Metodologicamente este estudo esta dividido em três seções: a primeira trata dos processos que são utilizados na alfabetização a segunda fala sobre os métodos atuais na alfabetização; a terceira visa as mudanças dos métodos no currículo escola. Além das considerações finais e referencias.

1 PROCESSOS QUE SÃO UTILIZADOS NA ALFABETIZAÇÃO

O processo de alfabetização é mais complexo do que se imagina, pois é a partir dele que milhares de pessoas aprendem a ler e escrever. É fato verídico e conhecido por todos que o processo de alfabetização desempenha papel fundamental na vida estudantil de que ele passa e uma vez acontecendo de forma ineficaz pode trazer sequelas que prejudique o desempenho do discente nas series posteriores.

Toda pratica pedagógica traz consigo concepções que delimitam e conduzem os processos de ensino, aprendizagem e todo o trabalho didático realizado em sala de aula. A cada contribuição teórica, novas concepções ganham espaço no cenário escolar, trazendo metodologias distintas para os processos de ensino e aprendizagem. No campo da alfabetização é visível a configuração de diversas concepções, principalmente as tradicionais, que se apresentaram de maneira marcante no decorrer da história e, até hoje os dias atuais, é possível perceber sua presença no ambiente alfabetizador. Segundo SOARES (2004):

O processo de ensino, nessa perspectiva se dá por meio de métodos que são executados a partir de sequência rígidas para a aprendizagem. E por esse motivo, receberam inúmeras crítica. Todavia, sem orientações metodológicas para alfabetizar pode-se estar contribuindo para a ampliação do fracasso escolar e para o insucesso das crianças no acesso à cultura escrita. Desta forma, as metodologias devem compreender o ensino do sistema escrita e contemplar as práticas sociais de leitura e escrita. (SOARES,2004)

Segundo a autora a sequência rígida traz consigo o fracasso na educação sendo assim recebem muitas críticas de outros autores da educação. Tem processo metodológico que auxiliam no processo da aprendizagem.

São muitas as formas de alfabetizar e cada uma delas destaca um aspecto no aprendizado. Desde o método fônico, adotado na maioria dos países do mundo, que faz associação entre as letras e sons, passando pelo método da linguagem total, que não utiliza cartilhas, e o alfabético, que trabalha com o soletramento, todos contribuem de uma forma ou de outra, para o processo de alfabetização. E com todas as evoluções surgiram vários métodos de alfabetização como: o método sintético e analítico.

Método Sintético

O método sintético estabelece uma correspondência entre o som e a grafia, entre o oral e o escrito, através do aprendizado por letra por letra, ou sílaba por sílaba e palavra por palavra.

Os métodos sintéticos podem ser divididos em três tipos: o alfabético, o fônico e o silábico. No alfabético, o estudante aprende inicialmente as letras, depois forma as sílabas juntando as consoantes com as vogais, para, depois, formar as palavras que constroem o texto.

No método fônico, também conhecido como fonético, o aluno parte do som das letras, unindo o som da consoante com o som da vogal, pronunciando a sílaba formada. Já no silábico, ou silabação, o estudante aprende primeiro as sílabas para formar as palavras.