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A CONSTRUÇÃO DA CULTURA DE PAZ NA ESCOLA: Pedagogia da convivência em educação

Por:   •  6/6/2019  •  Artigo  •  5.976 Palavras (24 Páginas)  •  324 Visualizações

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Versão On-line        ISBN 978-85-8015-076-6[pic 1][pic 2][pic 3]

Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos


A CONSTRUÇÃO DA CULTURA DE PAZ NA ESCOLA: Pedagogia da

convivência em educação

Adriano do Nascimento¹ Nei Alberto Salles Filho²

Resumo

O presente artigo faz uma reflexão sobre a cultura de paz nas escolas, pois vive-se numa sociedade, na qual cada vez mais os valores de convivência como respeito, educação, diálogo, cooperação e ética estão sendo deixados de lado, comprometendo as relações humanas e apresentando reflexos profundos e marcantes nas escolas. Diante disso, este trabalho teve como objetivo principal criar um espaço de reflexão sobre a cultura de paz com os alunos do ensino fundamental, para a expressão de novas atitudes no cotidiano escolar. Para tanto, inicialmente foi apresentado à temática aos professores e equipe pedagógica da escola e, na sequência, aos pais. Posteriormente, foi realizadas atividades com vídeos, músicas, cartazes, leituras de textos relacionados ao assunto, dramatizações e apresentação dos trabalhos a toda comunidade escolar, de modo a desenvolver comportamentos e atitudes de convivência positiva. Este trabalho teve o intuito de fazer com que a comunidade escolar, principalmente os educandos, cultivem hábitos de cultura da paz e não da violência, para que possam conviver num ambiente de respeito e harmonia, fazendo com que a escola consiga atingir um dos objetivos principais, ensino aprendizagem de qualidade.

Palavras – chave: Violência. Cultura. Paz. Conflitos. Convivência.

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  1. Professo Pedagogo da Secretaria de Estado da Educação, Graduado em Pedagogia pela UEPG/PR, Especialista em Psicologia da Educação pela UEPG/PR.
  2. Docente da UEPG/PR, Mestre em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba- Unimep/SP, Doutorando em Educação pela UEPG/PR na área de Ensino – Aprendizagem. Coordenador do Núcleo de Estudos e Formação de Professores em Educação para a Paz e Convivência (NEP/UEPG).


Introdução

Cada vez os valores de convivência como respeito, educação, diálogo, cooperação e ética são deixados de lado, comprometendo as relações humanas.

Na escola constantemente vivencia-se situações onde é preciso a intervenção de professores, equipe pedagógica e direção, para auxiliar os educandos na mediação de atos de desrespeito e violência. Situações de violência ao outro são vivenciadas diariamente no cotidiano escolar. Seja ela agressão física, verbal, simbólica (bullying) e a violência silenciada (indiferença ao outro) e a violência estrutural.

Essas atitudes presentes nas escolas levam muitos alunos a se sentirem retraídos, sem vontade de estudar e até muitas vezes de frequentar a escola. Portanto, a violência na escola é um problema educacional.

A principal violência enfrentada por muitos alunos e a verbal, através do bullying onde por sua cor, religião, condição social, opção sexual sofrem muito a discriminação e o preconceito.

Para que qualquer pessoa possa assimilar conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade é preciso um ambiente de convivência positiva e tranquilidade. E a escola é local importante e privilegiado para esses conhecimentos. No entanto, se percebe que essa relação não ocorre. A sociedade está passando por profundas transformações, e com elas ocorrem transições positivas e negativas, tais como as drogas, a prostituição infantil e a violência. Diariamente vê-se nos noticiários agressões físicas, mortes, furtos, sequestros dentre outros. A escola está inserida nessa sociedade, e sofre também com essas problemáticas, sendo uma delas a violência. Sabe-se que a violência não está somente do lado de fora da escola. Ela já excedeu esses limites, pois constantemente assiste-se noticias relacionadas à violência dentro desse ambiente.

Nesse sentido, a demanda pela ampliação na discussão sobre cultura de paz na educação é crescente. O esgotamento de modelos voltados ao enfrentamento da violência (cultura repressiva) faz com que haja a intenção de buscar aspectos preventivos e educativos, nas escolas para que a violência seja contida.

Quanto mais se fala da violência, mais ela se reforça, por isso a importância de se mudar o foco, dar ênfase na questão da cultura de paz, só assim com o


passar dos anos pode-se conseguir uma escola com clima escolar positivo em que as pessoas se respeitem.

Para isso não se pode deixar de lado as famílias dos alunos, pois elas são segundo Fernández (2005, p. 36), “o primeiro modelo de socialização de nossas crianças”. Com isso se percebe que a família é responsável pelos primeiros afetos ou desafetos, amores ou desamores, não se pode mudar somente os alunos e deixar de lado os pais, é preciso o envolvimento dos mesmos para que haja uma mudança significativa de cultura nas escolas e sociedade.

Sobre isso Jares (2002, p.130), diz: “Em suma, paz, desenvolvimento, direitos humanos e democracia, são conceitos interdependentes que se requerem mutuamente. O que, logicamente, deve ter sua aplicação concreta no plano pedagógico”. Com isso se percebe a importância da escola estar preocupada em trabalhar os valores de convivência como o respeito, educação, diálogo, cooperação e ética, questões de relevância tal grande e que muitas vezes são deixadas de lado.

Preocupa-se muito com aquilo que está ocorrendo no dia a dia escolar, mas por outro lado, se esquece de trabalhar com a prevenção, ou trabalha-se de uma forma que ao invés de abordar e reforçar o ambiente de paz faz-se o contrário, enfatiza a questão da violência. Por isso da importância em se trabalhar a cultura de paz no ambiente escolar.

Fundamentação Teórica

Vive-se numa sociedade que está passando por profundas transformações sociais, educacionais, religiosas e culturais.

A escola está inserida nessa sociedade, por isso a relevância em estar atenta a essas transformações agindo e interagindo nela. É um espaço onde o seu principal objetivo é formar cidadãos, construir conhecimentos científicos historicamente acumulados pela humanidade, como patrimônio universal, fazendo com que esse saber seja criticamente apropriado pelos estudantes, contudo ela não pode deixar de lado questões relacionada aos valores e atitudes para tornar os alunos mais solidários, críticos, éticos e participativos valores que devem estar presentes na escola e sociedade.

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