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A Escola e Democracia

Por:   •  13/6/2017  •  Resenha  •  1.327 Palavras (6 Páginas)  •  300 Visualizações

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ESCOLA E DEMOCRACIA

DERMEVAL SAVIANI

RESENHA

        Existe atualmente por parte da população em sua grande maioria uma grande convicção no qual acreditam que a educação é único meio viável para que as pessoas possam melhorar suas vidas e sua posição social. E assim conservam as ideologias a respeito do ensino escolar.

        O livro Escola e Democracia foi uma obra elaborada na tentativa de esclarecer a educação no seu desenvolvimento ao longo da história e para pode se compreender melhor a sua relação com os diferentes aspectos da sociedade e dos momentos políticos.

        Com alguns levantamentos de dados feitos pelo autor no ano 1970 acerca da educação, no qual 50% das escolas primárias estavam formando semi-analfabetos e analfabetos em potencial se compararmos com a atualidade continua a mesma coisa, um fato assombroso, pois mesmo com tanta tecnologia e inovações, quase que em relação à educação continuamos na estaca zero.

        Devido a esta realidade surge então uma questão confrontante, qual seria a causa da marginalidade? A escolarização ou a falta dela? Longe de resolver esta questão logo no início o autor nos apresenta dois grupos  antagônicos, que tentam segundo as suas teses explicar tal fenômeno.

        O primeiro a “Teoria não-crítica”, que vê na educação o remédio milagroso para acabar de vez com a marginalidade da sociedade, e esta classificada em pedagogia tradicional que via a escola como meio de tirar o indivíduo de sua condição inferior e torná-lo cidadão, pedagogia nova que por sua vez via a educação um saída par os rejeitados e a esta cabe a função de reintegrar este aluno e por fim a pedagogia tecnicista no qual o marginalizado é o incompetente e a educação serviria para o torna capaz de contribuir para produtividade da sociedade.         

        O segundo a “Teoria crìtico-reprodutivista” considerava a educação como sendo algo discriminatório, um instrumento de repressão da classe dominante, subdividindo o sistema de ensino como violência simbólica que seria o fato das escolas imporem ao aluno algo inquestionável; Aparelho ideológico do Estado que a marginalidade era vista como a classe trabalhadora que tem que se limitar a cumprir seu papel em cima de normas vindas da classe dominante; escola dualista no qual se percebia a escola dividida em plebe e burguesia, público e privado, fortemente ligado ao modelo capitalista de sua dualidade social.

        O que se pode observar é que ambas as teorias querem explicar a marginalização na forma de relação entre educação e sociedade. Mas a causa da marginalização vai muito, além disso, pois esta fortemente ligada à desagregação da família, ou seja, à desestrutura familiar, a falta de assistência dos pais e a ausência de valores morais, sem contar com o apelo que a mídia faz, no qual bitolam na cabeça dos indivíduos que o mais importante é “ter” e não “ser”. Talvez estes sejam um dos fatos mais agravantes para tal fenômeno da marginalidade.

        Claro que as teorias acima apresentadas são de fato esclarecedor e nos faz refletir sobre qual realmente seria a mais correta. Porém todas elas possuem algo questionável, a primeira teoria por centrar a educação num primeiro estante no professor com a escola tradicional e depois no aluno com a escola nova. Mas o modelo ideal é que o verdadeiro papel do educador é gerar motivação e repassar a metodologia de busca do conhecimento com a participação ativa do aluno. E o que falar sobre a pedagogia tecnicista? Esta por sua vez está preocupada em quantidade e não qualidade.

        A segunda teoria o erro esteja talvez em não apresentar planos para modificar aquilo que eles apresentam como causador da marginalidade, que a educação só serve para acentuar as diferenças, pois sabemos que a educação como a sociedade em si é dualista, e isto que o capitalismo promove esta dualidade em dominados e dominadores, o público e o privado.

        Pode-se observar a atual política educacional brasileira, que privilegia o ensino fundamental como formação de mão-de-obra, que saiba ler para poder operar as tecnologias desenvolvidas no “primeiro mundo”.

        Num segundo estante o autor faz referência a teoria da curvatura da vara, fazendo assim uma alusão à política interna da escola que ele desenvolve a partir de três teses. Neste ponto se apresenta a pedagogia da essência e a pedagogia da existência, e nos é apresentado toda a história do homem sobre a influência desta na educação, as mudanças sociais e a luta e classes trazida pelo capitalismo que via na escola uma forma de consolidar a ordem democrática. Mostra-se também neste mesmo capitulo a relação entre ensino e pesquisa e como o “escolanovismo” tentou articular-se com o processo de desenvolvimento da ciência enquanto o método tradicional o articulava como produto da ciência, então o autor volta a falar da falta de democracia na Escola Nova.

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