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A HISTÓRIA DA PEDAGOGIA NO BRASIL E NO MUNDO

Por:   •  19/6/2017  •  Monografia  •  10.758 Palavras (44 Páginas)  •  2.507 Visualizações

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CAPITULO I

1-A HISTÓRIA DA PEDAGOGIA NO BRASIL E NO MUNDO

Desde a iniciação da História da Pedagogia, o pedagogo é tido como o profissional responsável pela execução de atividades realizadas somente no ambiente escolar, sendo diretamente dentro da sala de aula, ou coordenação, direção e até mesmo supervisão escolar. O que acontecia era que Dificilmente encontravam-se profissionais dessa área inseridos em outros ambientes extraescolares, ainda que esses ambientes sejam relacionados com educação.

É de grande importância que haja um pedagogo em diversas áreas, seja para auxiliar no treinamento, na capacitação, ou seja, o pedagogo tem sempre uma função em qualquer que for o ramo a que o espaço se destine.

No ambiente hospitalar, o pedagogo tem o dever de continuar a educar os pacientes que não podem se locomover até a escola. No museu, a sua função figura em informar os visitantes, e até mesmo agendar visitas para que os trabalhos a serem feitos fora dali e com relação ao que foi visto, não seja algo isolado. Numa empresa, estando sempre em contato com a equipe, treinando, capacitando, motivação nunca faltará.

Em qualquer lugar que o pedagogo possa vir a trabalhar, seja dentro ou fora da escola, deve ele ser ter algumas características em seu comportamento profissional sendo sempre criativo, inovador, pró-ativo tomando decisões rápidas, possuir habilidade para solucionar situações problemas, ser capaz de criar novas estratégias, trabalhar em equipe e sempre estar atualizado com as novidades, visando o crescimento da instituição onde trabalha e de seus colegas de trabalho e  sua vida pessoal.

As funções do Pedagogo em áreas não escolares são similares as de uma gestão escolar: ou seja, ele responsável por estimular e difundir o conhecimento, só que de forma mais ampla que na escola.

Além dos hospitais, museus e empresas, o pedagogo e um profissional multifacetado e possui a possibilidade de trabalhar e varias áreas de atuação, atravessando os ambientes da escola para diferentes setores como:  centros de reabilitação, casas de repouso, ONG`s, hotéis, indústrias, empresas de construção civil, clubes, instituições de capacitação profissional, assessoria de empresas, rádio, TV e etc.

Essa nova perspectiva sobre a carreira do pedagogo e impressionante o resultado que se tem e os novos significados para a educação não formal, desmistificado velhos preconceitos e ideias de que o pedagogo não está apto para exercer suas funções fora do contexto escolar. Nos dias atuais, onde houver uma prática educativa, se necessitará de uma ação pedagógica. Afinal, o processo de ensino-aprendizagem é uma ação que acontece em todos setores da sociedade, levando em consideração que a educação formal caminha concomitantemente com a educação não formal, tornando-as papeis principais contra a luta da desigualdade social.

1.1 a formação do pedagogo no Brasil.

Anteriormente a Lei 5.592/71 o papel do pedagogo tinha estabelecido como parâmetro o modelo dos EUA e França. O modelo americano tinha como meta garantir: a saúde do aluno; a integração satisfatória em família e sociedade; a cidadania; a vocação; o uso adequado do tempo e do lazer e a formação do caráter, sendo estes, os norteadores na condução do processo educacional. O modelo francês assumia um perfil mais psicológico a fim de conhecer melhor o aluno, através do acompanhamento e elaboração de um dossiê de cada aluno, para fundamentar a prática pedagógica do corpo docente.

No Brasil o papel do pedagogo expandiu-se depois da década de 1970 quando se estabelece o princípio do aconselhamento vocacional em cumprimento de uma política educacional reguladora de acordo com as necessidade e realidade da escola. Portanto, a função orientadora do pedagogo escolar tornou-se um serviço técnico especializado focado na divisão hierárquica do trabalho centrada na produção eficaz do fazer pedagógico.

1.2 A estrutura atual do curso de pedagogia.

Desde sua fundação até os dias atuais, o Curso de Pedagogia tem sido marcado por discussões sobre as verdadeiras capacidades do profissional envolvido do trabalho pedagógico. Este curso foi criado no Brasil em 1939, por meio do decreto-lei nº. 1190, de 3 de abril de 1939, na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil e tinha como objetivo maior a preparação de docentes para a escola secundária.

Era prevista, também, a formação do bacharel em Pedagogia, conhecido como técnico em educação (AGUIAR, 1999).

A estrutura do curso ficou como “3+1”, onde, nos três primeiros anos, formar-se-iam os bacharéis e, no último ano, o licenciado. Em 1961, em atendimento à Lei nº. 4.024/61 (LDB) se constituiu a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Esta resultou em uma nova regulamentação do Curso de Pedagogia, sendo aprovada pelo Conselho Federal de Educação em 1962.

A nova legislação mantém a formação do bacharel em Pedagogia (Parecer CFE 251/62), abolindo a separação entre licenciatura e bacharelado. Em fevereiro de 1969, em decorrência da Reforma Universitária, o Curso de Pedagogia passa por algumas mudanças, como: a eliminação do regime seriado, a instituição do regime de créditos e a departamentalização. Educação em Perspectiva, (VIÇOSA, 2011 p. 246-268),

Com o Parecer 252/69, são inauguradas as habilitações técnicas no currículo do Curso de Pedagogia, que compreendiam: Orientação Educacional, Administração, Supervisão e Inspeção Escolar, para exercício nas escolas de 1º e 2º grau, bem como o ensino das disciplinas e atividades práticas dos Cursos Normais.

No fim da década de 70 e no  início dos anos 80, o Curso de formação em Pedagogia era caracterizado varias críticas, e o mais importante é o  que se refere à formação fragmentada, de modelo tecnicista e à ênfase na divisão técnica do trabalho na escola. De modo mais amplo, perceber-se que na quase no fim dos anos de 1970 até meados dos anos de 1980 houve iniciativas de readaptar o Curso de Pedagogia e também algumas Faculdades de Educação deram uma pausa nas habilitações tradicionais do curso, apostando em um currículo centrado na formação de professores para as séries iniciais do ensino fundamental e do curso de magistério.

Em paralelo, outras instituições de ensino superior mantiveram o Curso de Pedagogia com todas as especificidades da lei em vigor anterior ao (Parecer CFE 252/69). Objetivando delimitar a formação dos técnicos em Educação com funções especificas para atender tão somente do mercado de trabalho na área escolar, em dezembro de 1996 é aprovada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), mudando as habilitações do profissional pedagogo.

Esta configuração profissional do pedagogo em habilitações específicas permaneceu até 2006. No referido ano são homologadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia definindo a docência como a base da formação do pedagogo e ao mesmo tempo ampliando as possibilidades de atuação do pedagogo para âmbitos não formais (extraescolares).  (LIBÂNEO, 1999; 2000; 2001; 2006; PIMENTA, 2001).

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