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A HISTÓRIA SOCIAL DA INFÂNCIA E DA FAMÍLIA

Por:   •  15/9/2020  •  Resenha  •  695 Palavras (3 Páginas)  •  233 Visualizações

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Bibliografias utilizadas:

ARIÈS, P. História social da infância e da família. Tradução: D. Flaksman. Rio de Janeiro: LCT, 1978.

LARROSA, J. O enigma da infância ou o que vai do impossível ao verdadeiro. In: ______. Imagens do outro. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. p. 67-86.

PULINO, L. H. C. Z. . Acolher a criança, educar a criança: uma reflexão. Em Aberto, v. 18, p. 29-40, 2001.

        A infância é um tema muito estudado e abordado no nosso cotidiano, temos a sensação de que compreendemos aquelas “pequenas crianças” e que sabemos como orientar e educa-las parasse que em seguida se torne “grandes pessoas”. Mas ao mesmo tempo que a vimos com uma sensação de compreendimentos encaramos o vazio do desconhecido, vimos o mistério e como ainda é tão incerto. A dualidade de desconhecer e conhecer aquilo que fomos um dia. Seria a criança a ausência de um adulto ou o adulto seria a ausência de uma criança? Apesar de haver muitas respostas acerca do tema, ainda temos também muitas perguntas, e percebemos que quando nós referimos as criança há ideias sobre o que são, entretanto, não sabemos o que elas realmente são.

        O recém-nascido quando chega a sociedade vem fragilizado e livre de toda influencia interna, seria como uma tela em branco para o pintor, sendo o pintor seus pais/responsáveis. Neles é depositado toda uma expectativa que moldam quem são, expectativas essas que já são idealizadas antes mesmo do nascimento.

        É importante visualizar a sociedade como um todo, perceber que as expectativas impostas nas crianças não vêm unicamente de seus genitores e/ou responsáveis. Há também um impacto muito forte da sociedade inserida, a organização social, econômica e politica do lugar, com suas crenças e valores.

 As expectativas sobre a criança foram mudando com o passar do tempo, hoje é comum a criança desde quando começa a falar suas primeiras palavras ser incentivada a dizer o próprio nome, o nome de seus pais e/ou sua idade. Costume que no século XVI ou XVII não era comum, não havia essas exigências de identidade civil.

        Para conhecer a criança é preciso fugir do impulso de bombardeá-las com nossas expectativas e nossa visão de mundo. A verdade na infância não é o que dizemos dela, e sim o que ela nos diz enquanto algo novo entre nós. Precisamos saber receber as crianças e escutá-las, renunciando toda a vontade de dominá-las

Quando se coloca expectativa na criança não é levado em conta que a língua da criança não é necessariamente a mesma dos adultos, e essa incompatibilidade pode gerar inúmeros traumas. E é assim que nós observamos que nos adultos também carregamos nossa infância consigo, pois a infância não se refere apenas as crianças, pois nós estamos em constantes reinvenção tal quais as crianças.

É um desafio ficarmos cara a cara com o mistério que é a infância, sendo um sujeito da experiência, e assim quem sabe se tornar em um sujeito disposto a se transformar numa direção desconhecida.

Esse mistério do que vai ser visto ao encarar o misterioso que causa assombro em momentos tão sombrios, como períodos totalitários. Algo que de início foi difícil a compreensão, mas que faz todo sentido! Uma criança quando surge, no ideal, surge livre de todos os paradigmas, de tudo que nos cercam e nos transformara no que somos hoje. E o que seria uma criança em um sistema totalitário? Talvez o suspiro de uma liberdade. E esse é o medo, que a voz de liberdade ecoe junto com a criança. É preciso ver a infância não apenas como algo que devemos instruir e orientar, mas assim como algo a apreender. É necessário escutar e dar voz as crianças, em vez de mostra-las como falar.

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