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A IMPORTANCIA DO PLANEJAMENTO

Por:   •  13/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.744 Palavras (7 Páginas)  •  422 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

O ato de planejar acompanha o homem desde os primórdios da evolução humana. Todas as pessoas planejam suas ações desde as mais simples até as mais complexas, na tentativa de transformar e melhorar suas vidas ou as das pessoas que as rodeiam.

Mas não é só na vida pessoal que as pessoas planejam suas ações, o planejamento atinge vários setores da vida social. Se o ato de planejar é tão importante, porque algumas pessoas ainda resistem em aceitar este fato, principalmente no contexto escolar?

Assim, este trabalho objetivou-se em mostrar a importância de utilizar o plano de aula como um norteador da ação pedagógica. Para tanto, faz-se necessário relatar uma experiência vivida por alguém, na qual esteve relacionada ao planejamento escolar. Será realizado um plano de aula para séries iniciais do Ensino Fundamental da EJA, na disciplina de Ciências, abordando as principais etapas para a elaboração do plano de aula.

Considerando esses aspectos, veremos referenciais que mostram que o planejamento torna-se crucial no sentido de atingir sobre os propósitos da educação, reconhecendo o contexto nacional, regional e comunitário que o indivíduo participa.



  1. DESENVOLVIMENTO

O relato da experiência trata-se de uma situação vivida por uma colega de trabalho que assumiu uma turma de Educação infantil no início do II Trimestre do ano letivo, o começo de sua vida profissional como professora de Educação Infantil.

Ela nos relatou que a principio iniciava suas aulas de maneira insegura, com pouco conhecimento prático de como agir e abordar em sala com crianças da Educação Infantil, em pleno desenvolvimento.

A turma não apresentava interesse pela a aula, e conforme as aulas foram passando foi necessário mudar o foco, pois ela notava que a metodologia que utilizava não os motivava.

No inicio, a sua postura, sem nenhum aparato de superioridade na sala, fez com que perdessem o respeito por ela, não exercia autoridade de nenhuma natureza, sobre eles resultando em grande desordem em sala. Os alunos corriam por cima das carteiras, se escondiam para não fazer e o que era proposto, dificultando as possibilidades dos poucos que queriam fazer as atividades e tinham facilidade em provocar alvoroço brigando com os colegas. Para conseguir formar um simples circulo perdia meia hora da aula e nos poucos segundos que havia na mudança de uma atividade para a outra já era o suficiente para que se dispersassem.

Porém, esta história mudou quando a professora modificou a maneira de estruturar seus planejamentos. Começando em planejar aulas mais dinâmicas, tornando as atividades norteadoras de resultados significativos. O tempo que levava de uma atividade para outra ficava imperceptível, fazendo com que um assunto saísse do outro, sem parecerem blocos que abordam assuntos diferentes, então a mudança de uma atividade para outra fluía com mais segurança.

A partir disto as coisas já estavam diferentes, as crianças já haviam estabelecido o respeito por ela. E para chegar neste ponto, de planejar uma aula partindo da anterior e relacionando com a posterior foram necessárias muitas tentativas, onde os erros também foram importantes.

Através de orientação e correção seus planejamentos tornaram-se mais coerentes com a realidade da sala de aula.

Esta mudança de estratégia e postura que teve fez com que seus planejamentos tivessem metas diárias, e fez com que ganhasse a confiança dos alunos.

Segundo a professora, a mudança na elaboração do planejamento mudou o rumo das aulas e ao construir um plano de aula hoje, ela procura pensar até mesmo na posição em que irá colocar os alunos em determinada atividade, utilizando esta posição também na atividade seguinte ou modificando-a se necessária, mas sempre pensando em organiza-los de maneira que não gere desordem na sala e também relacionando uma atividade com a próxima dentro do planejamento.

Mediante a experiência acima relatada, entendemos         que de fato o planejamento sempre foi uma necessidade básica e necessária em qualquer hora de trabalho do ser humano. E dentro das unidades escolares o ato de planejar tem grande importância, pois é através dos planejamentos que o professor se organizar e ministra suas aulas diárias.

“Hoje vivemos a segunda grande onda do planejamento. A primeira entra em crise na década de 70. A década de 80, embora, na prática, se apresente como uma grande resistência ao planejamento, contém os mais efetivos anos em termos da compreensão da necessidade, do estudo, do esclarecimento e da confirmação desta ferramenta.” (Gandin, 2008, p.05)

A citação demonstra a dimensão da necessidade de se compreender a importância do ato de planejar, não apenas no nosso dia-a-dia, mas principalmente, no dia-a-dia de sala de aula.

O planejamento deve ser uma organização das ideias e informações. Gandin (2008, p.01) sugere que se pense no planejamento como uma ferramenta para dar eficiência à ação humana, ou seja, deve ser utilizado para a organização na tomada de decisões.

O planejamento de sala de aula desemboca na prática do professor e do aluno por isso exige muito compromisso associado a algumas limitações e possibilidades. O que acontece em muitas instituições de ensino é a banalização do ato de planejar, para muitos professores tornou um “ritual” que deve ser comprido semanalmente.

O planejamento é um conjunto de ações que são preparadas projetando um determinado objetivo, em ouras palavras é “um conjunto de ações coordenadas visando atingir os resultados previstos de forma mais eficiente e econômica”. (Luckesi, 1992, p.121). Sendo assim podemos afirmar que o planejamento é também uma ação de organização, fundamental a toda ação educacional.

O planejamento educacional torna-se crucial no sentido de atingir os verdadeiros propósitos da educação do cidadão, primeiramente, o planejamento busca direcionar a educação considerando o contexto nacional, regional, local e comunitário que o indivíduo está inserido, buscando sempre:

"Uma educação que, pelo processo dinâmico, possa ser criadora e libertadora do homem. Planejar uma educação que não limite, mas que liberte que conscientize e comprometa o homem diante do seu mundo. Esta é o teor que se deve inserir em qualquer planejamento educacional" (OLIVEIRA. 2007 p.27).

É de suma importância o planejamento no processo de ensino aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos, pois, o público da EJA traz consigo vivências de trajetórias escolares descontínuas, geralmente se sente inferior aos demais alunos que estão dentro da relação idade/série, se cobra por às vezes apresentar ritmo de aprendizagem lento em comparação com o de crianças e adolescentes. No entanto, esse público desconsidera a extensa jornada de trabalho a qual está submetido e a influência das atribuições domésticas, dos problemas de saúde e familiares no desempenho escolar. Além disso, desconhece que alguns professores não adaptam a metodologia, os exercícios, as avaliações ao perfil dos alunos dessa modalidade de ensino.

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