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A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Por:   •  29/10/2018  •  Projeto de pesquisa  •  5.863 Palavras (24 Páginas)  •  313 Visualizações

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FACULDADE PADRE JOÃO BAGOZZI

ESCOLA DE EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E AMBIENTE

PÓS-GRADUAÇÃO EM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

 (Fonte: Arial 14, maiúscula e negrito)

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

 (Fonte: Arial 14, maiúscula e negrito)

VALDENICE CARDOSO

CURITIBA

2018

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

VALDENICE CARDOSO

RESUMO

As brincadeiras e os jogos sempre estiveram presentes na vida da criança, contribuindo para o seu desenvolvimento físico, emocional, intelectual e psicomotor, além de auxiliar na interação social também irão contribuir no seu aprendizado quanto ao ensino regular na alfabetização. Dessa forma, buscou-se, entender o significado e as possibilidades do uso e vantagens das brincadeiras na Educação Infantil. Através de uma pesquisa bibliográfica, este trabalho teve o objetivo de primeiro, definir jogos e brincadeiras para, em seguida, analisar as diferentes fases do desenvolvimento da criança, na visão de autores como Piaget e Vygotsky e ver como podem ser trabalhadas em sala de aula, de acordo com as diferentes faixas etárias. Dentre os pontos de destaque estão os benefícios da atividade lúdica e como esta pode estimular a imaginação e a psicomotricidade da criança, promovendo bem-estar físico e emocional.

Palavras Chaves: alfabetização, desenvolvimento emocional e intelectual, jogos.

INTRODUÇÃO

Quando o assunto é Educação Infantil, a ideia de brincadeira vem, automaticamente, à mente, porque brincar sempre foi considerada uma atividade tipicamente de criança.  Entretanto hoje já é possível afirmar, diante de diversos estudos e pesquisas sobre o assunto, que a brincadeira contribui de forma muito significativa para o processo de desenvolvimento integral da criança, envolvendo desde o aspecto motor ao psicossocial até a integração com o contexto social em que vive, além de potencializar sua capacidade de aprendizado.

Nos primeiros anos de vida, a brincadeira permite à criança desenvolver a inteligência, aprender gradativamente e de maneira prazerosa a representar sua realidade simbolicamente, a diminuir o egoísmo ajudando-a a ver o outro que é diferente dela e a conviver com o mundo.

Ao brincar, a criança cria situações imaginárias, onde desejos irrealizáveis podem ser realizados, o que ajuda a aliviar a tensão, a acomodar conflitos e frustrações da vida real.

Através da brincadeira, a criança se expressa, passa mensagens, mostrando como ela enxerga o mundo e o ambiente em que vive. Conforme afirmou Paulo Freire na obra intitulada A Importância do Ato de Ler (1988). Essa leitura de mundo precede a leitura da palavra. Com base nessa afirmação, podemos dizer que o lúdico não está nos brinquedos ou nas técnicas utilizadas pela educação, mas nas crianças que as imagina, organiza e constrói, constrói um mundo a sua volta baseando-se no imaginário e no lúdico. O lúdico tem papel fundamental para o ser humano durante toda a sua vida e deve fazer parte da rotina, pois favorece a convivência social.

A ideia deste trabalho surgiu a partir do momento em que observamos que a criança possui necessidades e características próprias e que o professor e a escola têm um papel fundamental quanto a isso, que é favorecer o aprendizado e o desenvolvimento por meio de brincadeiras significativas, agradáveis e saudáveis.

Partindo desse pressuposto, e por acreditar que, na maioria das vezes, as brincadeiras não têm o espaço que deveriam ter na vida e no currículo da Educação Infantil, seja por desconhecimento ou por desleixo, propomos por meio deste trabalho, uma reflexão sobre a forma adequada de aplicar a brincadeira pedagogicamente nas escolas e quais os benefícios que podem advir disso.

Por meio desta pesquisa, procuramos demonstrar de que maneira as brincadeiras utilizadas como atividades de estimulação são capazes de contribuir para o desenvolvimento cognitivo, físico, social e emocional da criança na Educação Infantil, levantando informações sobre o que são jogos e brincadeiras, como podem ser utilizadas no espaço escolar, conforme a idade e o desenvolvimento psicomotor, além de analisar qual deve ser o papel do professor como mediador durante essas atividades.

Ao realizar esta pesquisa, tomamos como base pesquisas bibliográficas, desenvolvidas a partir de livros e artigos de revistas que tratam da importância da brincadeira e dos jogos na Educação Infantil.

1.  O BRINCAR: JOGOS E BRINCADEIRAS

Brincar é uma prática cultural e uma necessidade própria da infância. Por meio da brincadeira a criança desenvolve formas de comunicação e se acostuma com processos de interação social, tais como aprender a ouvir o outro, aguardar sua vez, negociar, rir, inventar, criar (LIMA, 2007).

O brincar promove o convívio social entre crianças de culturas diferentes, logo é possível ver que meninos e meninas compartilham a mesma brincadeira permitindo então, que eles estejam inseridos no mesmo espaço sem preconceitos e adquirindo o respeito mútuo.

O ato de brincar é tão remoto quanto o próprio homem. Há indícios de prática de jogos de mímicas, lutas, danças, que o homem encontrou para expressar seus sentimentos durante a sua evolução. Desde os primeiros meses de vida uma das brincadeiras mais comuns entre as crianças é a de esconder e mostrar o rosto.  A partir do quarto mês, ela começa a brincar com seu próprio corpo e os objetos ao seu redor, devido à necessidade de tocar tudo que vê, segundo ABERASTURY (1972).

Enquanto a criança brinca, ela raciocina, tem liberdade, iniciativa, alegria, motivação, descanso interno e externo, esses fatores comprovam o quanto o brincar é significativo e que desde os primeiros anos ela cresce com determinação, aprende a compartilhar e agir com seus próprios impulsos principalmente na fase pré-escolar, período em que a mesma está em desenvolvimento.

Em um passado não muito distante, o modo de brincar da criança era mais independente dos adultos, pois era ela quem tomava as decisões: do que ia brincar, como, onde e quando seria a brincadeira. Atualmente, principalmente nos grandes centros urbanos, com o desenvolvimento rápido e complexo da sociedade e o aumento da violência, a criança brinca cada vez menos e em espaços mais restritos, e quando brinca a decisão muitas vezes é tomada pelos adultos, devido à preocupação com segurança (LIMA, 2007)

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