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A INCLUSÃO DO ALUNO AUTISTA NO ÂMBITO ESCOLAR: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Por:   •  23/10/2019  •  Tese  •  4.713 Palavras (19 Páginas)  •  422 Visualizações

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A INCLUSÃO DO ALUNO AUTISTA NO ÂMBITO ESCOLAR: DESAFIOS E POSSIBILIDADES.

LAURA ROBERTA LIRA CAVALCANTE[1]

ORIENTADORA: PROFª DRª CAMILA M. PASQUAL[2]

RESUMO

A inclusão do aluno autista no âmbito escolar: desafios e possibilidades tema abordado neste artigo, visa, sobretudo, entender as concepções que tratam desse assunto, na perspectiva de contribuir para que o autismo não seja visto como um entrave no processo escolar da criança, a fim de que o sujeito que apresenta esse problema não seja excluído no contexto social no qual está inserido, enfocando, para tanto, os principais fatores que influenciam no processo de inclusão, bem como as dificuldades que inviabilizam esta prática uma vez que,  a inclusão do aluno com autismo, compreende a sua integração entre os demais alunos, assim como com os professores e as habilidades na desenvoltura acadêmica. Assim, o objetivo principal é analisar as questões ligadas à inserção do autista na sala de aula, identificando os desafios e possiblidades na eficácia da inclusão do aluno autista no âmbito escolar, com vistas para a inclusão social. A pesquisa fez uso de métodos científicos, utilizando o método qualitativo que envolve em um estudo exploratório explicativo, por meio de um levantamento bibliográfico a partir da leitura de materiais já publicados, tais como: livros, periódicos, teses, dissertações, relatórios de pesquisa e outros materiais escritos, mídia eletrônica e outros. Assim, foi possível perceber que apesar das dificuldades enfrentadas pelo autista no campo educacional, é possível tomar medidas que favoreçam sua inserção escolar de forma mais eficaz, visando sua inclusão no âmbito da sociedade vigente.

 INTRODUÇÃO

O tema a inclusão do aluno autista no âmbito escolar: desafios e possibilidades, partiu do interesse de entender as concepções que tratam desse assunto, visando contribuir para que as crianças com autismo não sejam excluídas no contexto educacional, levando em conta, para tanto, os principais elementos que influenciam no processo de inclusão.

A importância de discutir esse tema na atualidade centra-se em entender o autismo como uma desordem em prejuízo próprio de um grupo de síndromes, os quais abrangem diferentes problemas do desenvolvimento humano, auferindo, desse modo, a expressão Transtorno do Espectro Autista, conhecido pela sigla TEA, por isso requer a oferta de elementos e condições para a eficácia da inclusão das crianças com autismo nas instituições escolares e, posteriormente na sociedade como um todo.

Este trabalho será desenvolvido por meio do método qualitativo que envolve um estudo exploratório explicativo, através de um levantamento bibliográfico a partir da leitura de materiais, tais como, livros, periódicos, teses, dissertações, relatórios de pesquisa e outros escritos, mídia eletrônica e outros.

Nesse sentido, o objetivo geral deste trabalho é analisar as questões ligadas à inserção do autista na sala de aula, identificando os desafios e possiblidades na eficácia da inclusão do aluno autista no âmbito escolar, com vistas para a inclusão social.  

No intuito de alcançar os objetivos propostos, o desenvolvimento está esquematizado da seguinte forma, primeiro faz-se uma abordagem geral acerca da deficiência, analisando concepções e discussões, assim como discorrendo acerca de alguns tipos de deficiências e, na sequência, aborda-se sobre o autismo enfatizando suas complexidades, possibilidades de inclusão e os atores e condições importantes na inclusão desse indivíduo no âmbito escolar, com vistas para a inclusão social. Além de uma breve abordagem acerca da Fundamentação Legal sobre a inserção das crianças com autismo no contexto escolar. E, por fim apresentam-se as considerações finais.

2 DEFICIÊNCIA: CONCEPÇÕES E DISCUSSÕES

        Ao discorrer sobre a temática  deficiência: concepções e discussões, nota-se que é grande o número de pessoas no contexto contemporâneo brasileiro, que possuem algum tipo de deficiência, e, em decorrência disso, frequentemente sofrem dificuldades de interação e aceitação  nas comunidades em que estão inseridas, sendo também, muitas vezes, excluídas no âmbito do mercado de trabalho.

        De acordo com a Lei nº 7.853/1989, a respeito do apoio para com as pessoas que são portadoras de deficiência, no tocante à sua integração social, foi criado a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), onde a mesma designa a tutela jurisdicional pautada em interesses sejam de cunho coletivo ou difuso desse referido público e, pela primeira vez, busca-se disciplinar a atuação do Ministério Público, definindo como crimes cometidos com relação às pessoas com deficiência.

        Apesar disso, estar em evidência na sociedade vigente esta realidade não  é recente, visto como o processo de exclusão social dos indivíduos com deficiência ou determinada necessidade especial é tão anoso quanto a própria socialização do ser humano, fato que pode gerar conflitos que minimizam o valor das pessoas perante outras.

        Segundo Araújo (2003), depreende-se que a deficiência se distingue pela dificuldade que apresenta de se relacionar, de se integrar na sociedade, sendo que o grau de dificuldade para a integração social é quem determinará quem é, ou não portador de deficiência.

        Conquanto, esses predicados não sejam precisos, muitas não se despontam assim, entretanto, cabe ratificar que existem crianças com deficiências que não exibem sintomas tão visíveis e, assim sendo conseguem se desenvolver com mais facilidade que as outras.

        A deficiência pode ser caracterizada como física, intelectual, cultural ou outras, todavia precisam ser respeitadas e valorizadas como seres capacitados que têm possibilidades e perspectivas. Mesmo que apresentem algumas limitações são capazes de atuar na sociedade de maneira autônoma, desde que tenham oportunidades.

        Eventualmente, a deficiência é posta como um obstáculo para a inclusão da criança na sociedade, contudo, essa concepção precisa ser mudada, pois o fato de uma criança apresentar deficiência, não significa que ela não possa se desenvolver.

        Desta maneira, o desenvolvimento da criança com deficiência, conforme Sawaia (2002, p.09), “Trata-se de um processo sutil e dialético, que envolve o homem por inteiro e suas relações com os outros.” Logo, nota-se que o processo escolar precisa envolver a criança e tudo está ligado a ela, tendo em vista favorecer a superação das barreiras que atrapalham seu desenvolvimento, mesmo que de maneira lenta.

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