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A INCLUSÃO ESCOLAR DO SÍNDROME DE DOWN

Por:   •  13/6/2017  •  Artigo  •  4.236 Palavras (17 Páginas)  •  261 Visualizações

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RESUMO

Este trabalho levanta uma discussão sobre a Inclusão escolar de Portadores de Necessidades Especiais, mais especificamente dos Portadores de Síndrome de Down (SD), fazendo descrição dessa alteração genética que atinge alguns milhares de brasileiros, além de um breve histórico da síndrome. Além de esclarecer sobre a lei que regulamenta a inclusão dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) no Sistema Regular de Ensino, o trabalho tenta aprofundar o conhecimento sobre as crianças com SD, descrevendo suas características físicas, que são acompanhadas de alterações genéticas, e como ocorre seu desenvolvimento, demonstrando até que ponto vão suas habilidades, limitações, seu potencial psicogenético para uma bem sucedida inclusão e integração dentro da escola. A grande dificuldade encontrada por educadores de incluir e trabalhar com eficácia com essas crianças e ainda a alegação da falta de conhecimento e de capacitação docente são discutidos neste trabalho, que também apresenta uma metodologia melhor adequada às necessidades dos alunos com SD leve ou moderada. Também é levantada a importância da família, de uma escola preparada (e nela, distingue-se todos os envolvidos na comunidade escolar) e da própria sociedade no processo de aprendizagem do aluno portador de SD. O trabalho traz ainda uma reflexão sobre o papel de cada um desses segmentos e as mudanças e adaptações sócio-educativas que deverão ocorrer, a partir do próprio modo dos educadores em encarar a problemática e aceitar este novo aluno, para que haja uma bem sucedida inclusão. E para finalizar vem abordar o papel do pisicopedagogo frente ao trabalho com estes alunos.

Palavras-chave: integração – inclusão – reflexão – educadores

1 INTRODUÇÃO

A Constituição Federal garante a todos o acesso à escola e com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional - LDB (Lei 9394/96) estabeleceu, entre outros princípios, o de "igualdade e condições para o acesso e permanência na escola". Desde então, a temática da inclusão vem rendendo, tanto no meio acadêmico quanto na própria sociedade, novas e acaloradas discussões embora, ainda, carregue consigo sentidos distorcidos.

A sociedade atual apresenta certa rejeição a conviver com as “diferenças” entre os indivíduos e tem o que podemos chamar de “péssimo hábito” de discriminar aqueles que não apresentam um padrão pré-determinado de conduta.

No entanto, sabemos atualmente que a síndrome se trata de uma alteração genética e que os portadores da síndrome, embora apresentem algumas dificuldades podem ter uma vida normal e realizar atividades diárias da mesma forma que qualquer outra pessoa, mesmo que precisem de condições especiais para aprendizagem e estimulações adequadas para se desenvolver.

A partir de leituras e pesquisas, propõe-se nesse trabalho aprofundar nosso conhecimento sobre as crianças com Síndrome de Down, suas habilidades, limitações e sua inclusão, e, o papel do psicopedagogo no auxilio a esta inclusão já que a cada dia nos deparamos mais com essas crianças em nossas salas de aula e precisamos estar preparados para recebê-las e atendê-las de forma a auxiliá-las em seu desenvolvimento. Tudo isso dentro de um processo que envolve familiares, educadores e especialistas da saúde, que poderão estimular adequadamente a criança, propondo para esta um grande desenvolvimento.

2 A INCLUSÃO ESCOLAR DO SÍNDROME DE DOWN

Este capítulo, vem abordar a evolução genética e histórica da Síndrome de Down (SD), as características e o desenvolvimento da criança portadora, além da importância da família, como parceira fundamental no processo de inclusão.

Em nosso organismo, possuímos 46 cromossomos em cada célula normal. No entanto, se uma célula germinativa, óvulo ou esperma, tiver um cromossomo adicional (ou seja, 24 cromossomos) e a outra célula tiver 23 cromossomos, isso levará, no momento da concepção a uma nova célula contendo 47 cromossomos. E, se o cromossomo extra for o cromossomo 21, o indivíduo, se não ocorrer um aborto natural, nascerá com Síndrome de Down.

Portanto, a Síndrome de Down é decorrente de uma alteração genética ocorrida durante ou imediatamente após a concepção. A alteração genética se caracteriza pela presença a mais do autossomo 21, ou seja, ao invés do indivíduo apresentar dois cromossomos 21 (um do pai e outra da mãe) possuiu três, o que levou ao termo trissomia 21 (trissonomia simples). Geneticistas detectaram que além deste, havia outras alterações cromossômicos em crianças com Síndrome de Down denominado translocação e mosaicismo, porém são menos freqüentes.

Independente do tipo, quer seja trissonomia simples, translocação ou mosaicismo, é sempre o cromossomo 21 o responsável pelos traços físicos específicos e função intelectual limitada observados na grande maioria das crianças com Síndrome de Down.

A ocorrência da Síndrome de Down está associada com a idade avançada da mãe, ou seja, quanto mais velha a mãe, maior o risco de ter uma criança com Síndrome de Down. Os médicos e os geneticistas recomendam que mães acima de 35 anos de idade façam exame pré-natal para determinar se o feto está afetado. Ainda esta havendo muitos estudos sobre a causa desta Síndrome.

Os pais necessitam de aconselhamento genético específico, sabendo que uma vez tido um filho com trissonomia 21, o risco de um outro filho nascer com Síndrome de Down é cerca de 1 em 100.

Os autores CRONK, CULLEN, SCHNELL & ZAUSMER (1984) presumem que a expectativa de vida do indivíduo com Síndrome de Down pode ser um tanto reduzida, demonstrando processos acelerados de envelhecimento. (p. 112).

2.1 DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN

Embora as crianças com Síndrome de Down demonstrarem atraso em todas as áreas de função biológica, apresentam progresso constante em seu desenvolvimento global. Elas possuem talentos e qualidades definitivas que, na presença de um ambiente familiar carinhoso e das oportunidades sociais de educação disponíveis atualmente para nossas crianças, geralmente, podemos observar grandes progressos.

O fato de a criança não ter desenvolvido uma habilidade ou demonstrar conduta imatura em determinada idade, comparativamente a outras com idêntica condição genética, não significa impedimento para adquiri-la mais tarde, pois é possível que madure lentamente. (SCHWARTZMAN, 1999, p. 246).

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