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A INFLUÊNCIA DA LIBRAS NO MÉTODO EDUCACIONAL DOS ESTUDANTES SURDOS

Por:   •  13/4/2018  •  Artigo  •  2.532 Palavras (11 Páginas)  •  288 Visualizações

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A INFLUÊNCIA DA LIBRAS NO MÉTODO EDUCACIONAL DOS ESTUDANTES SURDOS.

 O ensino inclusivo vem sendo uma realidade cada vez mais desafiadora para os meios de ensino, tendo em vista que o direito á educação não se reduz apenas ao acesso, mas sim, garantir a inclusão do aluno no ambiente escolar, e também sua aprendizagem, participação e desenvolvimento enquanto sujeitos. Buscamos abordar os temas considerados primordiais para aumentar práticas de inclusão na educação de alunos surdos, focalizando mais especificamente a Libras como meio essencial e imprescindível, quando o objetivo primeiro baseia-se na afetiva inclusão de surdos nas escolas regulares de ensino pois, percebe-se que a tentativa de efetivação da educação inclusiva de alunos surdos esbarra na farra de comunicação entre o aprendiz e o professor. Consequentemente, o desenvolvimento cognitivo do aluno surdo ira ficar comprometido, uma vez que a linguagem, a comunicação da pessoa surda e suas formas de

DO SURGIMENTO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS ATÉ NOSSOS DIAS ATUAIS

Não há certeza de como surgiram às línguas de sinais das pessoas surdas, mas considera-se que estas são instituídas por homens que tentaram desempenhar o funcionamento acessível por meio dos demais canais por terem uma dificuldade física: a surdez.

Para Maria Aparecida Leite Soares[1] a Língua Brasileira de Sinais é um preceito linguístico natural e legitimo, empregado pela sociedade surda brasileira, de modalidade gestual-visual e com composição gramatical autônoma da Língua Portuguesa articulada no Brasil.

De acordo com Marcia Goldfeald a Libras não é a simplesmente gestualização da fala portuguesa e sim uma língua a parte que se exibe como um código linguístico de difusão de conceitos e acontecimentos. Os sinais nascem da combinação de conformações de mão, de pontos e de movimentos de articulação-locais no ambiente ou no corpo onde os sinais são gerados, unidos compõe as unidades fundamentais da língua brasileira de sinais.[2]

Em 1835, um deputado brasileiro, Cornélio Ferreira, expôs à Assembleia um projeto de lei que designava o cargo de "professor de primeiras letras para o ensino de cegos e surdos-mudos", ideia que não conseguiu ser aprovada. Anos depois, a convite de D. Pedro II, veio para estabelecer a primeira escola para meninos surdos, o professor Hernest Huet adepto da ideia do abade L'Epée, que usava o método combinado.

Implantado no dia 26 de setembro de 1857, a escola ganhou o nome de Imperial Instituto de Surdos-Mudos, uma espécie de abrigo, onde só eram acolhidas pessoas do sexo masculino que fossem surdas. Abrigava surdos de todo o país e muitos deles eram desamparados pelas suas famílias.

No panorama mundial, em decorrência do progresso e da exposição das técnicas pedagógicas com surdos, foi efetivado, em 1878, em Paris, o I Congresso Internacional sobre a Instrução de Surdos, no qual se fizeram entusiasmados debates sobre experiências e impressões sobre o trabalho concretizado até então. Naquela conferência determinados grupos defendiam a ideia de que falar era melhor que utilizar sinais, mas que estes eram muito importantes para a criança poder se comunicar. Ali, os surdos tiveram determinadas conquistas extraordinárias, como o direito a assinar documentos, arrancando-os da marginalidade social, mas ainda permanecia afastada a probabilidade de uma adequada integração social.[3]

No ano de 1880, houve o II Congresso Internacional, em Milão, que originou uma grande mudança nos rumos do ensino de surdos e, precisamente por isso, ele é considerado um marco histórico. A conferência foi preparada por uma maioria oralista com o objetivo de dar força de lei às suas teorias no que dizia respeito à surdez e à educação de surdos. O processo alemão vinha ganhando cada vez mais simpatizantes e estendendo-se progressivamente para a maioria dos países europeus, seguindo o destaque político da Alemanha no quadro internacional da época.

Os debates do congresso foram animadíssimos. Compareceram vários surdos que possuíam uma boa fala, para revelar a força do processo oral. Menos a comissão americana e um docente britânico, todos os partícipes, em sua maior parte ouvintes europeus, votaram por ovação a aceitação do modo exclusivo e absoluto da técnica oralista e a abolição da língua de sinais. Acreditava-se que o modo de gestos e sinais afastava o surdo da aprendizagem do dialeto oral, que era o mais admirável panorama social. As decisões do congresso foram decisivas em todo o mundo, principalmente na América Latina e na Europa.

Entretanto, em todo mundo, depois Congresso de Milão, o oralismo foi o referencial alcançado e as técnicas educacionais ligadas a ele foram amplamente desenvolvidas e espalhadas. Essa abordagem não foi, praticamente, criticada por quase um século. Os resultados de muitas décadas de tarefas nessa corrente, no entanto, não alcançaram grandes sucessos. Grande parte dos surdos profundos não expandiu uma fala socialmente aceitável e, em geral, esse aumento era tardio e parcial em relação à obtenção de fala proporcionada pelos ouvintes, gerando um declínio de desenvolvimento global significativo. Vinculadas a isso ficavam os problemas ligados à aprendizagem da grafia e da leitura: cheia de dificuldades, consecutivamente tardia, revelava-se sujeitos, muitas vezes, somente parcialmente alfabetizados depois de anos de escolarização.

Nada de extraordinário sobreveio em relação ao oralismo até 1950, com as novas descobertas técnicas e a probabilidade de se "protetizar" crianças surdas muito pequenas, uma nova abordagem era oferecida na educação voltada para a vocalização. Foram estendidos novos processos, desenvolvidos aparelhos com o intuito de melhorar os níveis de audição e expandir as capacidades das pessoas surdas, sobre aspectos da astúcia auditiva e de leitura labial da linguagem falada. Uma grande parte de artifícios inovadores e conceituados como: o processo "Materno-reflexivo" de Van Uden e a técnica "Verbo-tonal" de Guberina surgiram, dando ensejo a períodos de nova esperança de que, por meio desses métodos e do uso de próteses, se pudessem ensinar e induzir crianças com surdez grave e densa a ouvir e, por conseguinte, a falar. Contudo, os surdos ainda evidenciavam pouco desenvolvimento em relação aos não-surdos.

Em 1960 surge, no Brasil, o primeiro curso linguístico sobre a Língua de Sinais, até então somente um meio de linguagem, conseguido por William Stokoe, Klima e Bellugi. Esta análise aspirava comprovar as particularidades que fazem da linguagem de sinais uma língua equivalente à verbal, com gramática própria tanto no grau fonético, assim como a nível semântico e fonológico, contestando o conceito que até então se tinha, no qual a linguagem de sinais era avaliada pobre, sem estrutura e rudimentar.

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