TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A PESSOA COM SÍNDROME DE DOWN E SUA INCLUSÃO

Por:   •  13/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  5.048 Palavras (21 Páginas)  •  292 Visualizações

Página 1 de 21

A PESSOA COM SÍNDROME DE DOWN E SUA INCLUSÃO

Fabiana de Souza ARDENGHI[1]

RESUMO: Observando algumas crianças, pode-se perceber que há perceptíveis semelhanças na aparência entre crianças, com atraso mental. Este tipo de anormalidade pode ser chamado de síndrome de down, esta síndrome é o resultado de uma mudança genética. Para que a criança com down tenha um bom desenvolvimento, é necessário que os pais, desde o nascimento, se preocupam em apresentar e incluir a criança na sociedade. Por outro lado na maioria das vezes isso não acontece, pois alguns pais reprimem-se com medo do preconceito alheio, e também com intuito de proteger a criança de opressões. Com isso esta situação apesar da inclusão escolar para a criança down aparentar ser complicada, é importante os pais não desistirem, isso porque, o objetivo da criança ir para a escola não é apenas aprender a ler e a escrever, e sim estimular a sua integração além de aprender na prática, as regras do nosso cotidiano e, ao mesmo tempo, ensinar para colegas, discentes e até mesmo os funcionários, que a vida é feita de diferenças e possibilidades e que é possível lidar com as mesmas sem ter que buscar modelos convictos. Com o que foi explicitado acima o principal objetivo deste estudo foi pesquisar a importância da inclusão social, na educação para o desenvolvimento de crianças portadoras de síndrome de Down. Priorizando o papel da família nesta inclusão e discutindo os preconceitos que ainda existem.

PALAVRAS CHAVES: Síndrome de Down; Inclusão Social; Instituição Escolar.

1 INTRODUÇÃO

A história mostra que a forma como a sociedade relaciona-se com as pessoas com necessidades especiais está relacionada às conquistas dessa mesma sociedade. Várias foi às concepções de deficiência que permearam o debate sobre esta população dentro da sociedade e, principalmente, seu acesso à educação, sendo que as atitudes sociais estão atreladas aos conceitos e atributos da saúde, da doença e da deficiência.

A Educação Especial percorreu então, segundo Aranha (2000) três paradigmas, o da Institucionalização, o dos Serviços e de Suportes, estando esse último fundamentado técnico-cientificamente no conhecimento sobre os ganhos em desenvolvimento pessoal e social provenientes da convivência na diversidade e, sócio politicamente, no princípio da igualdade, que aponta para a inclusão, entendida como:

o processo de garantia do acesso imediato e contínuo da pessoa com necessidades especiais ao espaço comum da vida em sociedade, independentemente do tipo de deficiência e do grau de comprometimento apresentado (ARANHA, 2000, p.13).

O tema inclusão tem despertado inúmeros debates sobre vantagens e desvantagens, enfatizando posições polêmicas e controversas entre os educadores e especialistas. Tem quem defenda a inclusão de todos os alunos em classes comuns, inclusive de alunos com algum tipo de deficiência, eliminado assim serviços de apoio e recursos auxiliares, outros se posicionam e veem a inclusão como inviável e utópica em nossa realidade educacional.

Percebe-se, porém, que a preocupação na nossa política educacional é que haja “educação para todos”, e que de preferencia que ela aconteça em classes comuns de ensino regular, evidenciada em leis e normas já aprovadas.

De acordo Voivodic (2004) apud Mazzotta, pelo menos com o surgimento da Constituição Federal de 1988, da Lei 7583/89, da Constituição Mundial sobre ausências Básicas de Aprendizagem, aprovada em Jomtien/Tailândia em 1990 e do Plano Decenal de Educação para todos (1993/2003), têm sido registradas intenções e determinações sobre a importância e a necessidade de uma escola para todos ou escola inclusiva. Particularmente, o autor ressalta a Política Nacional de Educação Especial – MEC 1993, a Lei 9394/96, que fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB e o Decreto 3298/99 que regulamenta a Lei 7853/89.

No entanto estes propósitos e atribuições não têm sido acompanhados de ações efetivas que as tornem realidade, a fala sobre inclusão ou integração permanece ainda no campo das ideias. Para proporcionarmos em nosso atual sistema de ensino necessitamos ainda de muitos estudos e pesquisas, para serem desenvolvidas algumas ações a respeito da inclusão.

Mendes (1999) nos coloca que, apesar da posição propicia à “escola inclusiva“, que pode ser observada nos documentos legais, parecer não haver consenso sobre as consequências pedagógicas e escolares implícitas no princípio da inclusão. Ela mesma nos evidencia que:

 As propostas não garantem competência à escola para ensinar alunos com necessidades educativas especiais. Elas até podem favorecer a inserção desses alunos nas classes regulares, mas não garantem que eles irão permanecer, ou que irão aprender o que lá será ensinado, e muito menos que terão equiparadas suas oportunidades de desenvolver todas as suas necessidades (Mendes, 1999:14).

Verifica-se que, se a educação é importante, como fator de mudanças para todos os indivíduos, uma educação de qualidade, que atenda suas necessidades educativas especiais, torna-se de suma importância para os indivíduos com déficit mental, pois eles configuram uma condição intelectual analógica a uma construção incompleta, tendo uma demora significativa no processo intelectual. Contudo não se pode continuar defendendo de que tem de ser a criança a se adaptar às exigências escolares, mas sim o contrário, ou seja, a escola é que deve de adaptar às condições das crianças.

O sistema de ensino não pode continuar a excluir a totalidade das crianças com deficiência, “… estigmatizando-as com a desgraça, rotulando-as com uma doença incurável ou marcando-as com o sinal de inferioridade permanente”. (Martins, apud Fonseca, 1987, p.86). Já se reconhece que não existe criança ineducável.

O tema inclusão explicitado acima, é o episodio mais recente no debate de discussões no país, no que se refere ao delineamento das relações entre a sociedade brasileira e o segmento populacional de brasileiros com necessidades especiais. Processo mais amplo e complexo do que o proposto pela integração, já que bidirecional, exige mudanças não somente na pessoa com deficiência, mas principalmente no contexto social, de forma a poder atender às necessidades especiais das pessoas com deficiência também, estejam ela nessas condições definitiva ou temporariamente.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (33.9 Kb)   pdf (224.9 Kb)   docx (25.2 Kb)  
Continuar por mais 20 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com