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A Relação entre auto estima e aprendizagem

Por:   •  7/5/2018  •  Artigo  •  2.689 Palavras (11 Páginas)  •  214 Visualizações

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A RELAÇÃO ENTRE A AUTO-ESTIMA E A APRENDIZAGEM

                                                                                             

RESUMO

Vive-se um momento em que instituições como as famílias parecem estar se deteriorando com muita rapidez, em que o egoísmo, a violência e a mesquinhez estão banindo a bondade nas relações sociais. Os efeitos disso podem ser devastadores na vida de crianças e adolescentes em idade escolar. Neste trabalho, busca-se conseguir maior compreensão sobre a relação entre auto-estima e a dificuldade de aprendizagem, fatores estes que devem estar ligados e, sintonizados para obter-se um resultado satisfatório. A Auto-estima é percepção que o ser humano tem de seu próprio valor. Este conceito é formando a partir do momento em que a criança estabelece contanto com o mundo externo e se modifica com passar do tempo. Para delimitar o que pensar sofre si mesmo, a pessoa baseia-se no que os outro relevam a seu respeito. Para a criança é fundamental que as atitudes dos outros sobre si sejam positivas e a coloquem em elevado conceito. Do contrario, a aprendizagem e desenvolvimento escolar estão prejudicados. O aluno pode desenvolver sua inteligência se não acreditar em sua capacidade.

Palavras Chaves: Aprendizagem – Ensino – Inteligência.

1. INTRODUÇÃO

Estudos teóricos comprovaram que auto-estima tem o poder de influenciar em todo o rendimento escolar, desde as séries iniciais, ate a universidade. Mas da mesma maneira, o autoconceito que o aluno faz de si pode ser abalado pelo fracasso escolar.

Este artigo tem a finalidade de evidenciar a importância de o professor trabalhar a auto-estima do aluno de que forma que esta se torne aliada aprendizagem.

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Trabalho apresentado à Faculdade de Rolim de Moura – FAROL, como requisito final de avaliação para conclusão do curso de Pós-Graduação em Gestão, Orientação e Supervisão Escolar, sob orientação do Professor José Ricardo Feitosa.

Pois a compreensão que o educador tem do que venha a ser auto-estima é fundamental na orientação da sua prática.

Para tanto, alguns caminhos serão apontados. Um deles é o respeito pelas diferenças individuais. O professor precisa compreender as individualidades do aluno e ao invés de evidenciar suas fraquezas, apontar as suas qualidades.

2. CONCEITO DE AUTO-ESTIMA

Falar de auto-estima se tornou uma atividade obrigatória para quem trabalha em educação. Não é a toa que a literatura mais procurada hoje nas livrarias diz respeito ao assunto. Apesar do sentido atualmente prostituído do termo, a matéria é de total interesse da classe educadora.

Os primeiros estudos sobre auto-estima surgiram em 1890, a apartir das idéias de William James, mas estas conjecturas só ganharam notoriedade no século seguinte, entre 1970 e 1980. Desde estão, vários autores tem apresentado o conceito de auto-estima e apesar da divergência, todos eles concordam no ponto em que encaram o termo como “a percepção que o ser humano tem de seu próprio valor”.

De acordo com Moysés, em sua obra “A auto-estima se constrói passo a passo”.

Como todo processo de percepção, está sujeito a uma série de fatores externos e internos à própria pessoa. Informações que vamos colhendo aqui e ali, a nosso respeito, fruto de opiniões alheias, formam, possivelmente, os primeiros rudimentos do nosso autoconceito. A essas informações vão se somando aquelas originais das ações, das habilidades e características pessoais. (“...) Aquilo que achamos que somos, tanto do ponto de vista físico quanto do social e psicológico, vai assim ganhando corpo” (p. 18).

O sentimento de valor que acompanha essa percepção que se tem de si mesmo se constitui na própria auto-estima. Isso quer dizer que ela é a resposta no plano afetivo de um processo originado no plano cognitivo. É a avaliação daquilo que se sabe a respeito de si mesmo. A auto-estima revela-se como a disposição que o ser humano tem para ser ver como pessoa merecedora e capaz de enfrentar os desafios básicos da vida.

Vigotsky afirma que o processo se inicia quando a criança se relaciona com o mundo externo, ou seja, com pessoas ou situações sociais. Com o passar do tempo e o estreitamento de contato, esse processo, que era interpessoal, passa a ser internalizado, tornando-se intrapessoal.

O autor explica que aquilo que a criança houve sobre si, após certo período de tempo e com as repetições, baseadas em padrões de comportamento, incorpora-se à estrutura cognitiva da criança. O que surgiu de um processo interpessoal torna-se pessoal. Ela própria passa a acreditar em si mesmo diante dos maiores desafios, ou se estremece ante o fracasso, de acordo com o estimulo recebido do mundo externo.

É com esta perspectiva que a auto-estima tem total relevância no âmbito educacional. É na escola que acriança recebe as mais variadas influências, a começar pelos contextos socioeconômico e cultural. “É algo que passa pelo próprio grupo, pela familia e pelas interações existentes interpares, até chegar à organização da classe grupo”, afirma Moysés (p. 22).

3. A IMPORTANCIA DA AUTO-ESTIMA

Em idade escolar a capacidade aprendizagem é uma das primeiras a ficar afetada sempre que haja uma perturbação emocional da criança. Dois tipos de perturbação emocional podem ocorrer:

  • Transitória – como alterações reactivas a circunstâncias sentidas como adversas, como o nascimento de um irmão ou separação conflitual dos pais.
  • Permanente – quando as dificuldades são mais estruturais.

A maioria destas crianças tem estruturas depressivas do seu funcionamento psíquico, isto é, são:

  • Desvalorizadas na sua auto imagem (são vulgares expressões do tipo: “sou burro”, “não sou nada bom”, “não faço nada bem”).
  • Inseguras ( são vulgares expressões do tipo: “não sei se consigo, faço isto ou faço aquilo?”).
  • Têm pouca tolerância à frustração, desistindo rapidamente à primeira contrariedade ou respondendo agressivamente contra os outros.
  • Antecipam negativamente as situações escolares, sobretudo de teste ou avaliação formal (são vulgares expressões do tipo: “vou falhar, amanhã não vou conseguir”).
  • Tem dificuldades em interpor pensamento entre o sentir e o agir, pólo que a alteração dos comportamentos (instabilidade, hiperatividade ou agressividade ou, mais raramente, pela inibição e retirada) é a melhor imagem de marca desta situação.

Estão assim criadas as condições para um círculo vicioso negativo, já que as dificuldades na escola reforçam a má imagem que as crianças têm de si própria.

4. A RELAÇÃO ENTRE AUTO-ESTIMA E A EDUCAÇÃO.

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