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A UTOPIA DA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA

Por:   •  26/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  503 Palavras (3 Páginas)  •  1.623 Visualizações

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RESUMO

A UTOPIA DA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA

        Neste texto, Vitor Henrique Paro, expõe que a gestão democrática da escola pública de 1º e 2º graus para se efetivar precisa da participação de pais, educadores, alunos e funcionários da escola, deixando de vê-la como uma utopia.

O autor expõe o ponto de vista do trabalhador, consciente de que ele tem interesses (de classe) antagônicos aos da classe dominante. A palavra trabalhador não pretende se referir apenas aos trabalhador braçal, ou aquele envolvido exclusivamente no trabalho industrial, mas a todo aquele que, nesta sociedade, para sobreviver, tem que vender a um empregador sua força de trabalho física ou mental. Também quando falamos classe dominante, isto implica uma generalização dos grupos dominantes, na medida em que estes não são homogêneos sob todos os pontos de vista. Mas, têm interesses coincidentes quando contrapostos aos interesses dos trabalhadores.

Não há dúvida de que podemos pensar na escola como instituição que pode contribuir para a transformação social. Uma coisa é ter a idéia de escola levar as classes trabalhadoras a se apropriarem do conhecimento histórico desenvolvendo a consciência crítica, buscando a transformação social, outra coisa bem diferente é considerar que a escola que já conseguir cumprir essa função. Por isso é preciso, com elas, buscar a reorganização da autoridade no interior da escola.

A este respeito é preciso aprofundar as reflexões de modo a que se perceba que, ao se distribuir a autoridade entre os vários setores da escola, o diretor não estará perdendo poder - já que não se pode perder o que não se tem - mas dividindo responsabilidade. E, ao acontecer isso, quem estará ganhando poder é a própria escola.

É neste sentido, portanto, que o autor entende que a escola precisa se organizar democraticamente com vistas ao alcance de objetivos transformadores. Nesse sentido, portanto, cada escola deverá constituir-se em um núcleo de pressão a exigir o atendimento dos direitos das camadas trabalhadoras e a defender seus interesses em termos educacionais.

Assim, uma medida constitucional de caráter geral poderia concorrer para que a escola, enquanto instituição articulada com os interesses dominados tivesse facilitada sua atividade de pressão junto ao Estado, na medida em que, por meio de uma associação de pais ou entidade semelhante, pudesse defender mais efetivamente seus direitos com relação ao ensino.

Se a transformação da autoridade no interior da escola for entendida como uma quimera, se a participação efetiva da classe trabalhadora nos destinos da educação escolar for uma utopia no sentido apenas de um sonho irrealizável, e não no sentido que demos à palavra no início de nossa fala, então de nada adianta continuarmos falando de escola como algo que possa contribuir par a transformação social e, definitivamente, devemos deixar caírem às máscaras e as ilusões com relação à escola que aí está e partir para outras soluções, ou, então, cruzar os braços e esperar passivamente que a classe dominante, através de sua "reformas" e "acomodações" de interesses, continue fazendo-nos engolir as soluções paliativas que a mantêm perenemente no poder.

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